tag:blogger.com,1999:blog-37809469784303149632024-03-13T15:47:12.632-03:00Gato PretoAqui tem humor, crônicas, contos, futebol das antigas, gibis, mpb, biografias de artistas e atrizes de hollywood. Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.comBlogger1236125tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-45988122143045679622022-10-02T17:06:00.000-03:002022-10-02T17:06:44.458-03:00Ontem ao Luar (Choro e Poesia)<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYmKJ-gvUAwaRT7hb5IDjAQthjnhWVTo963PoORNWlZX7vEzLUln76XoT_tZrPuKNgzkJlkz-jBjCXBWAow6RlMETcAOW5k1r0_lpgxBjceYLkanxSw4PyxLpepInqDGU6Tr_SabNFMmkOnRxBE-OyasvLkyhZSDUobFdUt-dtGXnYpKo7tA/s500/ao-luar-4.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYmKJ-gvUAwaRT7hb5IDjAQthjnhWVTo963PoORNWlZX7vEzLUln76XoT_tZrPuKNgzkJlkz-jBjCXBWAow6RlMETcAOW5k1r0_lpgxBjceYLkanxSw4PyxLpepInqDGU6Tr_SabNFMmkOnRxBE-OyasvLkyhZSDUobFdUt-dtGXnYpKo7tA/s400/ao-luar-4.jpg"/></a></div><div align="justify"><span style="font-size: medium;">Ontem ao luar - Por sua semelhança com a canção "Love Story", do filme homônimo, a polca "Choro e Poesia" voltou a ser sucesso na década de 1970. Esse retorno rendeu-lhe mais de dez gravações, só que com um detalhe: todas traziam apenas o título "Ontem ao Luar", que recebeu de <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/02/catulo-o-poeta-popular-do-brasil.html">Catulo da Paixão Cearense</a> quando, em 1913, o poeta lhe pôs uma letra, à revelia do autor.</span><br />
<br />
E o que é pior, várias dessas gravações tal como edições da partitura, somente registravam o nome de Catulo, omitindo o de <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/03/pedro-de-alcntara.html">Pedro de Alcântara</a>. <br>
<br />
Em 1976, graças aos esforços de uma neta de Alcântara, sua autoria foi restabelecida através de uma decisão judicial. "Choro e Poesia" tem duas partes, ambas construídas com variações de um mesmo motivo, usado com muita engenhosidade especialmente na segunda parte, em tom maior.<br>
<br />
<b>Ontem ao Luar</b> (Choro e Poesia) (polca, <a href="http://cifrantiga2.blogspot.com.br/2013/09/sucessos-de-1907.html">1907</a>) - Pedro de Alcântara e Catulo da P. Cearense - Interpretação: <a href="http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/vicente-celestino.html">Vicente Celestino</a>
</div>
<br />
<audio controls="">
<source src="https://www.dropbox.com/s/vtmheqfn1tph7an/Ontem%20ao%20luar%20-%20Vicente%20Celestino.mp3?dl=1" type="audio/mpeg"></source>
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</audio>
<br />
<br />
<i><span style="color: white;">----</span>Am<span style="color: white;">-------------------------- </span>B7<br />
Ontem ao luar / Nós dois em plena solidão<br />
E7<br />
Tu me perguntaste<br />
<span style="color: white;">-----------------</span>Am<br />
O que era a dor de uma paixão<br />
A7 <span style="color: white;">-------------------</span>Dm<br />
Nada respondi, calmo assim fiquei<br />
B7 <span style="color: white;">-----------------------------------</span>(E7)<br />
Mas fitando o azul / Do azul do céu a lua azul<br />
<span style="color: white;">-------------</span>Am<span style="color: white;">---------------------------- </span>B7<br />
Eu te mostrei, mostrando a ti os olhos meus<br />
<span style="color: white;">------------------------</span>E7<span style="color: white;">---------------</span> Am<br />
Correr sem ti uma nívea lágrima e assim te respondi<br />
A7<span style="color: white;">-----------------</span> Dm<span style="color: white;">--------------------</span> Am<br />
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágrima<br />
<span style="color: white;">---</span>(B7)<span style="color: white;">--</span> (E7)<span style="color: white;">---</span> Am<span style="color: white;">---</span> E7<br />
Dos olhos a sofrer<br />
<br />
A<span style="color: white;">--------------------- </span>B7<br />
A dor da paixão, não tem explicação<br />
E7<span style="color: white;">------------------</span> A<br />
Como definir o que só sei sentir<br />
Dm <span style="color: white;">------------</span>A <span style="color: white;">------------</span>Gbm<br />
É mister sofrer, para se saber<br />
<span style="color: white;">---------------</span>Bm<span style="color: white;">------ </span>E7 <span style="color: white;">------</span>A<span style="color: white;"> -----</span>E7<br />
O que no peito o coração não quer dizer<br />
A<span style="color: white;">----------------------</span> B7<br />
Pergunta ao luar, travesso e tão taful<br />
E7 <span style="color: white;">-----------------------</span>A<br />
De noite a chorar na onda toda azul<br />
<span style="color: white;">-------</span>Dm<span style="color: white;">-------------- </span>A<span style="color: white;">--------</span> Gbm<br />
Pergunta ao luar, do mar a canção<br />
<span style="color: white;">--------------</span>B7<span style="color: white;">------- </span>E7<span style="color: white;">---------- </span>(A) (E7) (A) (E7)<br />
Qual o mistério que há na dor de uma paixão<br />
<span style="color: white;">-----</span>A<span style="color: white;">----------- </span>Gb7<span style="color: white;">------------ </span>Bm<br />
Se tu desejas saber o que é o amor e sentir<br />
<span style="color: white;">----------</span>E7<span style="color: white;">------------------</span> A<span style="color: white;">------------ </span>Dbm7<br />
O seu calor o amaríssimo travor do seu dulçor<br />
<span style="color: white;">------------</span>C°<span style="color: white;">------ </span>E7<br />
Sobe o monte a beira mar ao luar<br />
<span style="color: white;">------------</span>E7<span style="color: white;">--------</span> A<br />
Ouve a onda sobre a areia lacrimar<br />
<span style="color: white;">--------------</span>A<span style="color: white;">------</span>Gb7<span style="color: white;">------ </span>Bm<span style="color: white;">------------------</span> E7<br />
Ouve o silêncio a falar na solidão do calado coração<br />
<span style="color: white;">----------------</span>A<span style="color: white;"> -----------</span>A7<br />
A pena a derramar os prantos seus<br />
D <span style="color: white;">----------</span>Dm <span style="color: white;">-----</span>A<span style="color: white;"> -----------</span>Gb7<span style="color: white;">-------</span> Bm<br />
Ouve o choro perenal / A dor silente universal<br />
<span style="color: white;">-------------</span>E7<span style="color: white;">----------------</span> A F A<br />
E a dor maior que é a dor de Deus</i><br />
<br />
<hr>
Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora Publifolha; A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34
Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-610322580612474372016-05-12T13:52:00.001-03:002016-05-12T13:52:57.723-03:00A Origem dos Mitos sobre Gatos Pretos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-d7I9NalMC80/VzS0tH9Y0pI/AAAAAAAAHVI/TofMQ-5CF0k6o3dkEorAPHp6Mt096F8yQCLcB/s1600/black%2Bcat.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-d7I9NalMC80/VzS0tH9Y0pI/AAAAAAAAHVI/TofMQ-5CF0k6o3dkEorAPHp6Mt096F8yQCLcB/s1600/black%2Bcat.JPG" /></a></div>
<i><br /></i>
<i>“Para se transformar num mago, você deve amarrar um gato preto e jogá-lo vivo dentro de uma panela de água fervente. Deixe-o cozinhar até que a pele descole totalmente dos ossos.”</i> - Infâmia localizada na internet.<br />
<br />
A história de vida do gato preto é impressionante. Adorado por uns, sacrificado por outros, o gato preto sobreviveu a tudo apenas para reclamar o lugar que mais gosta de ocupar: um lugar quente, junto à janela.<br />
<br />
As superstições acerca dos gatos nasceram desde cedo. Um dos primeiros povos a atribuir uma aura mística ao gato foram os egípcios que o idolatravam, tendo mesmo um Deus com a sua forma física, Bast. Em honra desta divindade, os egípcios mantinham gatos pretos em casa e davam-lhes honras reservadas a faraós, mumificando-os depois de mortos.<br />
<br />
Mas foi na Idade Média que o gato viu a sua sorte mudar. Apesar de prestarem um importante serviço ao homem, caçando os ratos que eram considerados uma praga, a verdade é que havia uma legião de gatos vadios que faziam das cidades o seu território. A superpopulação terá sido o primeiro motivo pelo qual o gato deixou de cair em graça para passar a cair em desgraça.<br />
<br />
A Idade Média ficou marcada pela superstição, bruxaria e febre religiosa. O gato, como animal independente e solitário, captou a atenção tanto de pagãos como cristãos.<br />
<br />
No paganismo, o gato representa sabedoria e proteção, mas na magia negra, o gato preto macho personifica o diabo. No tarot, no baralho de Rider Waite , a Rainha de Paus é representada com um gato preto aos seus pés, significando energia instintiva, mas domesticada.<br />
<br />
O gato é um animal que caça durante a noite e era na Idade Média acolhido por pessoas solitárias. Os gatos vadios eram os animais de estimação de mendigos e pobres, o que não abonou em relação à imagem do gato. Os olhos penetrantes que iluminam as noites contribuíram provavelmente para a catalogação do gato como espírito demoníaco. A cor preta era a cor das trevas e do mal, o que tornou os gatos desta pelagem os mais perseguidos pelos cristão e inquisidores. A sua associação às práticas pagãs, apenas provocou um maior distanciamento entre os cristãos e o gato. O facto de o gato ser muitas vezes sacrificado em rituais pagãos tornou-o num símbolo a combater.<br />
<br />
Depressa começaram a surgir histórias que ligavam os gatos à bruxaria. Reza a lenda que por volta de 1560, em Linconshire, filho e pai foram assuntados por um gato preto que lhes cruzou à frente. O animal mancava e tinha vários arranhões e dirigiu-se para a casa de uma mulher que os habitantes da região suspeitavam que fosse bruxa. No dia seguinte, a mulher apareceu com uma ligadura no braço e tinha passado a mancar.<br />
<br />
Outra história relatada conta que um agricultor cortou a orelha de um gato durante a noite. O homem acreditava que o gato estava assombrando a sua propriedade. No dia seguinte, o agricultor regressou ao local e encontrou parte da orelha de um humano. Na Alemanha, as histórias sobre a dualidade bruxa/gato preto são comuns. Uma mulher após ter sido acusada de bruxaria e condenada à fogueira, transformou-se em gato preto enquanto ardia. Foi assim que surgiu o mito de que as bruxas se transformam em gatos pretos durante a noite. É foi também desta forma que se encontrou justificação para perseguir estes animais.<br />
<br />
Em paralelo com as lendas surgem também outros fatos históricos que na altura serviam de base de sustentação a muitas superstições. O Rei Carlos I de Inglaterra tinha um gato preto. O monarca acreditava que o seu gato lhe trazia sorte. Coincidência ou não, o gato morreu um dia antes de o Carlos I ter sido preso por Oliver Crommwell. O monarca foi acusado de traição e mais tarde decapitado.<br />
<br />
Surpreendentemente, o gato preto sobreviveu a décadas, se não séculos de perseguição. A sua pelagem negra, pela qual era perseguido, era também uma vantagem quando caçava à noite, fundindo-se com a escuridão. Naquele tempo, não faltava alimento para os gatos, uma vez que os ratos abundavam pelas cidades e campos.<br />
<br />
Pela altura do Renascimento, a Igreja Católica tinha já abrandado a caça aos hereges. Esta foi uma boa notícia para o gato por duas razões: por um lado os cristãos tinham conseguido reduzir a prática do sacrifício de animais, e em particular dos gatos com pelagem preta e por outro, deixaram de ser perseguidos pelos próprios cristãos.<br />
<br />
Mas, da Idade Média resistiram as superstições profundamente enraizadas na cultura popular. Apesar de em alguns países ser mais comum associar o gato preto a um mau presságio, são várias as superstições que lhe são favoráveis em outros.<br />
<br />
<hr class="linha" />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.anda.jor.br/12/05/2011/sexta-feira-13-cuidados-redobrados-na-doacao-de-gatos-pretos">ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais</a></div>
Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-50036495323777261222016-04-08T01:38:00.000-03:002016-05-12T13:53:28.846-03:00Gatos "Católicos" Enforcados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-ifZ84ZnUU9s/VwcypmVrU7I/AAAAAAAAHDc/1etmagGjJdoj31ZXjVjQIBfVJbEs9o8IA/s1600/Cat-being-hanged-at-Cheape-as-a-priest.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-ifZ84ZnUU9s/VwcypmVrU7I/AAAAAAAAHDc/1etmagGjJdoj31ZXjVjQIBfVJbEs9o8IA/s1600/Cat-being-hanged-at-Cheape-as-a-priest.jpg" /></a></div>
<br />
<b>A ignorância humana, da qual nos ocupamos agora aqui, é a da "Grande Renascença" na Europa do século XVI, a "tal Reforma", quando os protestantes usaram gatos, bichanos enfeitados com vestimentas de bispos católicos e os enforcavam.</b><br />
<br />
Quando em 1517 Martin Luther pregou suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, um movimento de reforma surgiu, o protestantismo. Os gatos, de alguma forma, "representantes" do catolicismo, e sempre vítimas do abuso do homem, tornaram-se um símbolo chave para os protestos de ingleses reformistas. Muitas vezes os gatos representavam sacerdotes e clérigos, como em um episódio terrível que envolveu a crueldade ocorrida em Cheape, Inglaterra, como nos conta uma crônica do tempo:<br />
<br />
"Em 08 de abril, sendo então domingo, um gato vestido com um traje de clérigo católico, com suas patas dianteiras amarradas, foi enforcado em Cheape, perto da cruz na freguesia de São Mateus" (Stow Chronicle p. 623 notas de rodapé, Jardine, 1847, p.46 ).<br />
<br />
Os protestantes também queimaram efígies do papa recheadas com gatos vivos que, coitados, gritavam de dor e espanto, que agradavam demais as multidões loucas.<br />
<br />
Então, nós éramos representantes da Igreja Católica? A mesma religião que nos dizimou na época daquele papa Gregório IX em 1227?<br />
<br />
Faz favor! Até no Carnaval, todos os anos, a gente se esconde pra não virar couro de tamborim ... Humanos?<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: <a href="http://www.thegreatcat.org/cats-reformation/">Cats in the Reformation</a>Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-32355565640033839212016-04-01T17:26:00.001-03:002016-04-01T17:26:42.320-03:00O Moleque Festeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/--fxW8mYz5ls/Vv7ZX2AEAKI/AAAAAAAAHBA/rdfvyHL6INoZLEovHlt9hjmcNSZLbQSvA/s1600/tmp2BD6-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/--fxW8mYz5ls/Vv7ZX2AEAKI/AAAAAAAAHBA/rdfvyHL6INoZLEovHlt9hjmcNSZLbQSvA/s1600/tmp2BD6-1.jpg" /></a></div>
<br />
Na encosta de uma serra muito alta e a pique, de Santa Maria de Taguatinga, entre barrocas e cardos, morava um homem muito rico e mau, que fizera voto de entoar uma ladainha, todas as noites pela passagem de São João.<br />
<br />
Eram verdadeiras festas, muito concorridas, em que o pecado das danças livres excedia à devoção religiosa. O homem residia só e jamais conhecera os carinhos de uma esposa ou a alegria do sorriso de um filho …<br />
<br />
Como companheiro tinha apenas um molecote, um cão e um gato preto. O menino era o emissário perpétuo por quem mandava os convites para as festas de São João. Era só nessa ocasião que abria a bolsa e deixava os patacões correrem a mãos cheias; nos outros dias não aliviava a lágrima de um pobre ou de uma viúva necessitada.<br />
<br />
Certa vez, o pequeno mestiço partiu em busca dos convivas e voltou só: ninguém o acompanhara. As casas dos amigos estavam fechadas e ninguém respondera a seu chamamento.<br />
<br />
O homem indignou-se e disse ao menino que fosse buscar quem quer que fosse, rico ou pobre, até mesmo o Pé-de-Garrafa, se o encontrasse. Era imprescindível o cumprimento do voto. No caminho apareceu um cavaleiro elegante, muito bem vestido, tinha esporas de prata e estava em traje de festa.<br />
<br />
Ao convite do emissário do homem rico, respondeu afirmativamente e acompanhou-o ao sítio das barrocas e dos cardos. Era um só convidado, porém a festa começou logo.<br />
<br />
Depois da ladainha dançou muito, fazendo tinir as esporas, que tiravam fogo no assoalho. Nunca o homem rico e miserável vira um convidado assim: só ele enchia a sala, devorava todos os manjares e dançava por uma súcia inteira. Acabada a festa, o cavalheiro misterioso convidou o homem rico para uma festa em seu palácio e desapareceu, quando a aurora vinha raiando.<br />
<br />
Um mês depois um pajem veio buscar o homem rico para a festa do dançador misterioso do São João. Os olhos do homem rico foram vendados e os dois se puseram a caminho. Chegariam à meia-noite. O palácio do anfitrião não era longe de Santa Maria de Taguatinga. Barrancos e valados, brenhas e barrocais, matas e tabuleiros transpuseram os dois caminhantes.<br />
<br />
Afinal chegaram, a venda caiu e uma elegante habitação maravilhou o hóspede da casa da encosta ao sopé da serra da Taguatinga.<br />
<br />
Atravessado o pórtico dourado, penetraram em um grande salão e ali, maliciosamente, estavam enfileirados os vestidos curtos e os sapatinhos de salto alto de Formosa, as impudicas "toilettes" da Baía e os "maillots" cariocas. Noutra sala o homem rico viu uma porção de cavalheiros conhecidos: o Cel. F. F., o Major C. B. e Sr. H. M., etc., etc., pessoas há muito falecidas. Um cheiro de enxofre espalhou-se neste momento, por todo o palácio …<br />
<br />
E o homem rico compreendeu tudo:<br />
<br />
Estava no palácio do diabo …<br />
<br />
<hr class="linha" />
<br />
<span style="font-size: x-small;">I. G. Americano do Brasil: Lendas e Encantamentos do Sertão. - Edições e Publicações Brasil, São Paulo, 1938, pp. 49-50. - Fonte: Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Seleção de Regina Lacerda. Desenhos de J. Lanzelotti. Ed. Literat. 1962.</span>Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-83799734656722746432016-03-31T22:33:00.000-03:002016-03-31T22:37:58.520-03:00Gato Preto Atravessando na sua Frente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-KLTcFv-gbbc/Vv3OsjTSflI/AAAAAAAAG_Q/6F8eTpqvkbslhn_vPydmWyGQc1tefI3kQ/s1600/black%2BCatsBroom706.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-KLTcFv-gbbc/Vv3OsjTSflI/AAAAAAAAG_Q/6F8eTpqvkbslhn_vPydmWyGQc1tefI3kQ/s1600/black%2BCatsBroom706.jpg" /></a></div>
<i><br /></i>
<i>Na Europa medieval os gatos tinham má reputação, pois eram associados com bruxas e hereges, e acreditava-se que o diabo poderia se transformar em um gato preto (Socorro! Sou um pobre gato preto). Em seu artigo “Heretical Cats: Animal Symbolism in Religious Discourse” (Gatos Heréticos: Simbolismo Animal no Discurso Religioso), Irina Metzler analisa a forma de como este ponto de vista sobre os felinos surgiu. </i><br />
<br />
Assim discorre o artigo, do qual traduzo, adaptando, livremente do meu jeito, algumas partes: <br />
<br />
Os gatos tiveram um papel muito importante para os seres humanos na Idade Média: eles caçavam ratos, evitando um sério incômodo para as pessoas, que naquela época, não tinham o mínimo conceito de higiene, e preservando alimentos estocados. No entanto, alguns escritores medievais ainda viam essa atividade em tons negativos, muitas vezes comparando a forma de como eles capturavam ratos com a forma de como o diabo poderia capturar as almas das pessoas.<br />
<br />
Por volta do século XII, essa associação com o diabo se tornou ainda mais arraigada. Por volta de 1180, Walter Map explicava em uma de suas obras que, durante rituais satânicos "o diabo desce como um gato preto diante de seus devotos. Os adoradores apagam a luz e se aproximam do lugar de onde viram o seu mestre. Sentam-se atrás dele e quando este levanta sua cauda, começam a beijar o local debaixo desta" (esse gatinho morrendo de rir ...).<br />
<br />
Grupos religiosos heréticos, como os cátaros e valdenses, foram acusados por clérigos católicos de se associarem e até mesmo adorarem gatos. Quando os Templários foram levados a julgamento no começo do século XIV, uma das acusações contra eles foi que permitiam que gatos fizessem o seu papel na rotina dos seus serviços e até mesmo "rezavam" por seus felinos diabólicos de estimação. A grande maioria foi chacinada ou mesma julgada e queimada junto com os bichanos.<br />
<br />
As mulheres, muitas das quais camponesas (quase todas com um gatinho lindo, negro, como eu), que praticavam curas com ervas em enfermos de algumas vilas, coisa tradicional, arraigada, passada por gerações, muitas descendentes do povo celta, eram "bruxas" nas cabecinhas infelizes de muitos cléricos da santinha inquisição e também foram acusadas de se transformarem em forma de gatos, o que levou o Papa Inocêncio VIII (Lembram-se dessa criatura?) declarar em 1484 que "o gato era o animal do diabo e o ídolo favorito de todas as bruxas."<br />
<br />
Nem todos os europeus medievais odiavam os gatos. Há muitos relatos de gatos sendo mantidos como animais de estimação, incluindo freiras. Além disso, os muçulmanos medievais gostavam muito de gatos. Afinal de contas, o Islã sugere que o Profeta Maomé e outros representantes dessa religião gostavam de gatos e os tratavam muito bem. Talvez a limpeza desses animais era altamente atraente para os muçulmanos.<br />
<br />
Nas cidades medievais do Oriente Médio você poderia mesmo encontrar instituições de caridade que cuidavam de gatos de rua (peleques que nem eu... eh eh eh eh). Um peregrino europeu que viajou para o Oriente Médio ainda observou que entre as diferenças entre muçulmanos e cristãos era que "Eles gostam de gatos, enquanto nós gostamos de cães".<br />
<br />
Artigo traduzido, adaptado, porém não modificado no seu sentido. Estou publicando aqui, nesse meu blog quase extinto, esquecido.<br />
<br />
Dedico à Nakano Aline, pelo seu amor aos gatos. Beijos felinos! <br />
<br />
<hr class="linha" />
Fontes: <a href="http://www.medievalists.net/2013/10/02/why-cats-were-hated-in-medieval-europe/">Mediavalists.Net</a>.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-23228396157767643952014-02-19T19:31:00.002-03:002014-02-19T19:35:30.779-03:00Ouro maldito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-nZ1VXxteCis/UwUvGxdhS6I/AAAAAAAAF5g/QELQeTAcOt8/s1600/ouro+1a.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-nZ1VXxteCis/UwUvGxdhS6I/AAAAAAAAF5g/QELQeTAcOt8/s1600/ouro+1a.png" /></a></div>
<br />
“Chegara eu a Pirapora, nas margens do caudaloso São Francisco, em noite quente, mas de chuva forte, que me não permitiu sair do hotel. Após o jantar, servido o café, levantei-me da mesa juntamente com outro hóspede, que ali morava e que comigo havia palestrado durante a refeição. Parecia ele homem viajado e experimentado nas coisas do sertão mineiro.<br />
<br />
Para mim, que ali ia pela primeira vez, a palestra era instrutiva e convinha mantê-la. Indagando o nome, disse-me ele que se chamava João José de Freitas, mas que era conhecido em todo o sertão como Januário, por ter nascido na cidade de Januária, que, rio abaixo, dista de Pirapora cerca de 40 léguas.<br />
<br />
Dando-lhe também o meu nome, convidei-o a passarmos a uma larga varanda que dava para o lado do rio. Mas Januário preferiu uma sacada que dava para a mata, justamente em sentido oposto ao rio.<br />
<br />
Acompanhei-o sem protestar, mas estranhando intimamente aquela preferência. O arguto olhar do sertanejo, não escapou, porém, a minha estranheza íntima.<br />
<br />
Logo que nos sentamos em cômodas cadeiras com fundo tecido em cordas de palha de milho, ofereceu-me um cigarro da mesma palha, e, em preâmbulos, foi dizendo:<br />
<br />
— Seu doutor está estranhando eu não querer ficar do lado do rio ... Mas é que o rio me entristece muito, principalmente à noitinha.<br />
<br />
— Mas por que lhe acontece isto, seu Januário?! ... ao senhor, que parece homem habituado ao sertão e aos caudalosos rios deste grande vale!<br />
<br />
— É por isto mesmo, seu doutor. Quem vê essas águas não sabe quanta coisa triste elas escondem. Vou lhe contar um fato que se passou comigo e que mostra a razão por que me entristeço quando estou à beira dum rio.<br />
<br />
Há dez anos, éramos três amigos: eu, o Raimundo e o Celestino; todos três muito unidos pela luta constante na vida que levávamos como faiscadores e garimpeiros. A busca ao ouro e ao diamante, nas cabeceiras deste grande rio e nos seus afluentes, era nossa única ambição. Onde havia notícias dessas coisas preciosas, lá estávamos nós trabalhando, algumas vezes em vão; outras, porém, ganhando muito, mas sempre gastando muito, também. O que vem fácil, fácil vai.<br />
<br />
Um dia soubemos que neste rio São Francisco, um pouco abaixo daqui, entre as bocas das Velhas e do Jequitahy, havia naufragado uma embarcação que vinha de longe, lá do Paraúna, e ia para Juazeiro, na Bahia, levando pesada carga de ouro e de diamantes.<br />
<br />
Um parente do Raimundo tinha assistido ao naufrágio e marcou o lugar certo em que afundou o barco. Era junto a um grande penedo a pique, que forçava o rio a fazer uma volta ligeira e perigosa, em garganta apertada com muita correnteza.<br />
<br />
Nós três vimos logo ocasião de fazer fortuna. E resolvemos empreitar o salvamento do tesouro, com a vantagem de metade do que pudéssemos arrancar do fundo do rio.<br />
<br />
No momento, porém, era impossível. O rio estava de enchente e as chuvas turvavam muito as águas. Tivemos que esperar mais de mês pela vazante.<br />
<br />
Já sabíamos, porém, que o lugar era fundo e dava muita piranha, de modo que o trabalho só podia ser feito com escafandro. Por isso, enquanto esperávamos a vazante, o Celestino foi ao Juazeiro buscar um escafandro de um amigo dele, que o havia comprado a um embarcadiço em São Salvador.<br />
<br />
Mas o escafandro tinha os tubos de borracha vermelha, cor que atrai a piranha, porque ela pensa que tudo que é vermelho é carne. Resolvemos, entretanto, o caso, cobrindo os tubos com tiras de metim preto.<br />
<br />
E quando as águas baixaram e clarearam, lá fomos nós rio abaixo, com o nosso barco bem equipado para trabalhar o escafandro.<br />
<br />
A princípio, custamos a encontrar sinais do barco naufragado. Mas, descendo um pouco, a uns trezentos metros abaixo do lugar marcado pelo cunhado do Raimundo, conseguimos ver a proa de um barco atolado no fundo. Não podia ser outro.<br />
<br />
Como prevíamos, o lugar era muito fundo. Só mesmo com escafandro se podia chegar lá.<br />
<br />
Amarramos o barco com espias em terra, porque a poita não tinha firmeza para aquela corrente e precisávamos fixar bem o barco, porque o trabalho era demorado.<br />
<br />
Feito isso, tiramos a sorte qual de nós três tinha que descer no escafandro. Caiu para o Raimundo, que não fez cara-feia. Era assim que nós trabalhávamos.<br />
<br />
A princípio, tudo ia muito bem. Mas, quando o Raimundo fez o sinal de que tinha tocado o fundo, dando dois puxões no cabo, depois de o afrouxar duas vezes, o metim preto, devido ao roçar do cabo, soltou-se num pedaço, descobrindo o tubo vermelho. E logo apareceu uma piranha assanhada. Bati na água com o remo para espantar o peixe. Mas o Celestino achou melhor mergulhar na água para tornar a cobrir o tubo. Não achei bom: disse a ele que as piranhas podiam vir em maior número.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-gjQb5QSkjV4/UwUv54x9m1I/AAAAAAAAF5s/Rmw-ufiiD-Q/s1600/ouro+2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-gjQb5QSkjV4/UwUv54x9m1I/AAAAAAAAF5s/Rmw-ufiiD-Q/s1600/ouro+2.png" height="320" width="140" /></a></div>
Celestino espiou bem, e, vendo que era uma só, perigosa para o tubo e não para ele, resolveu mergulhar, com o que acabei concordando.<br />
<br />
Mas, tão logo ele caiu n’água e pegou o tubo, o rio empreteceu... Saia piranha de todo lado. . . Não se via mais nada. . . Bati com os remos n’água, sem resultado. . . Em vez de subir o Celestino só subia sangue.<br />
<br />
Experimentei o tubo: já estava cortado. . . Puxei o cabo: estava partido.<br />
<br />
Larguei a bomba de ar ... larguei tudo, para pegar nos dois remos, ... e entrei bater na água como um possesso.<br />
<br />
Bati muito, bati até não poder mais, não sei por quanto tempo. . . Em um ponto que a luz era mais forte, vi, no meio do bando de piranhas esfaimadas, os ossos do Celestino, já quase esqueleto só! ... os pelos me arrepiaram em todo o corpo e eu não vi mais nada!<br />
<br />
Quando voltei a mim, estava deitado no fundo do barco, que, tendo quebrado as amarras, vogava rio abaixo, volteando em um remanso.<br />
<br />
Tinha perdido um remo ... estava escurecendo ... fiquei apavorado!<br />
<br />
Com o remo que ficou, remei febrilmente para terra, e conseguindo encostar o barco na praia do remanso, saltei horrorizado, fugindo a todo fôlego daquelas águas tenebrosas.<br />
<br />
Andei algumas léguas, sem rumo, até que, perdendo as forças cai sem sentidos. Só acordei ao amanhecer, como quem acorda de terrível pesadelo. Não queria acreditar no que tinha acontecido.<br />
<br />
Procurei, mais calmo um pouco, tomar alturas, para saber onde estava. Fiquei satisfeito quando vi que estava na estrada que vai da Barra do Jequitahy a Guaicuhy, cidade em que morava um amigo nosso, o Zé Vicente. Para lá fui, mais morto do que vivo.<br />
<br />
Em duas palavras, contei o caso ao Zé, bebi um trago, comi um pouco, sem saber o que ... e só fui descansar no barco do Zé, com quem desci o rio novamente, até o lugar sinistro.<br />
<br />
Mas não podíamos ver mais nada. Por ter chovido nas cabeceiras dos rios, a água, que na véspera era clara, estava agora barrenta. Deitamos garateias a tarrafa, para ver se agarrávamos qualquer coisa: o Raimundo no escafandro ou os ossos do Celestino. Nada conseguimos.<br />
<br />
Todos os dois ficaram lá, e o tesouro também. Ninguém tentou tirar do fundo aquele ouro maldito!<br />
<br />
Depois dessa luta em vão, seu doutor, me veio um febrão, que durou mais de 15 dias. E a toda hora eu via o Celestino e o Raimundo lutando com as piranhas, ao mesmo tempo que uma voz me dizia que aquilo era o prêmio da ambição.<br />
<br />
Que horror! seu doutor! Nunca mais peguei na bateia, nunca mais entrei num vau ...<br />
<br />
— Mudou de vida, então, seu Januário? — perguntei eu para mudar a conversa.<br />
<br />
— Mudei, sim, senhor. Agora só compro e vendo ouro e pedras, com pequeno lucro ... E vou bem, graças a Deus. Só quando me lembro dessas coisas é que ainda me arrepio todo, como o senhor está vendo.<br />
<br />
— Mas, seu Januário, para que recorda essas coisas tristes?<br />
<br />
— É a sina, seu doutor! ...<br />
<br />
— Mas vamos esquecer ‘— concluí eu. — Vamos tomar um trago e jogar um pouco ...<br />
<br />
— Ah! o senhor gosta do trago ?!. Então vai beber produto da minha terra.,. Oh! Quincas! (Grita o Januário para o copeiro). Traz aí uma “Januária” ... daquela que a tia Zeferina mandou no Natal! ...<br />
<br />
Servida a bebida, pura de cana, fomos jogar, tendo eu desviado a conversa do caso macabro. Mas, quando acabamos e nos demos o “boa-noite”, o Januário falou:<br />
<br />
— Seu doutor, quero um favorzinho seu.<br />
<br />
— !?! ...<br />
<br />
— Reze um Pai-nosso pro Raimundo mais o Celestino ... Eles merecem.”<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
(Original de Felix Sampaio)</div>
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: revista semanal "Carioca", de 12/09/1936.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-66570946076910122152013-12-27T01:29:00.000-02:002013-12-27T01:29:26.839-02:00O Reveillon, segundo Jaguar <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-azL_vQemMII/UrzwuyWFBjI/AAAAAAAAF4o/ijnHsNaa-yM/s1600/revellon.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-azL_vQemMII/UrzwuyWFBjI/AAAAAAAAF4o/ijnHsNaa-yM/s1600/revellon.png" /></a></div>
<br /><BR>
<hr class="linha" />
Fonte: "O Capitão" - Editorial e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora".Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-75182428961922338822013-12-20T17:51:00.000-02:002013-12-20T17:53:31.922-02:00A metamorfose<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/--kHOhtwJ89s/UrSdowTDQfI/AAAAAAAAF3o/2eKD82yHmyc/s1600/o+capit%C3%A3o+26101963+18.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/--kHOhtwJ89s/UrSdowTDQfI/AAAAAAAAF3o/2eKD82yHmyc/s400/o+capit%C3%A3o+26101963+18.png" width="400" /></a></div>
Ao despertar Gregório Santos uma manhã, após um sono intranquilo, encontrou-se em sua cama convertido em um Boeing 707. Achava-se meio bambo sobre o trem de aterragem e ao tentar alçar a cabeça notou que ela estava perfeitamente fixa como todas as aeronaves, mormente as de procedência estrangeira. Ao seu redor, reminiscências das casas de seus vizinhos, sombreadas por suas possantes asas bimotor jatadas. De seu polpudo leito, somente a recordação envolta nos escombros de sua vasta mansão, onde, na certa, seus velhos haviam se soporiferizado sonhando com leões.<br />
<br />
— Que me aconteceu, senhor dos desgraçados?<br />
<br />
Apesar de Castro Alves “approach” nada ouviu senão um tonitruar de turbinas à jato e uma vozinha dentro de si:<br />
<br />
— Senhores passageiros, favor apertar os cintos de segurança e não fumar durante a decolagem.<br />
<br />
Não era sonho. Havia se convertido realmente em colosso aéreo e muito provavelmente da TAP. Não muito satisfeito em sua condição luso-aeroplana, Gregório refletiu:<br />
<br />
— “E se eu dormisse um pouco? E’ bem possível que, ao acordar, tudo volte ao normal”.<br />
<br />
Mas, Gregório havia se acostumado a dormir do lado direito, e à primeira tentativa de inclinar suas reluzentes asas, ocasionou o que se chama de uma celeuma. Gritos irromperam de seu ventre, gente correu à volta, e um carrinho vermelho fez evoluções e se aproximou langorando um sirenear. Gregório percebeu angustiado que iam decolar.<br />
<br />
No ar sentiu-se melhor e roncou satisfeito. No céu estava mais perto de sua santa família. Fitou os urubus com desprezo e pensou, já cônscio de suas novas responsabilidades:<br />
<br />
— “Muito pior seria se eu fosse um helicóptero”, e recitou o soneto “Círculo vicioso” tão machadianamente, que foi sua também a surpresa que fez a aeromoça mandar os passageiros apertar o cintos ante tamanho rugido.<br />
<br />
— Este avião está louco! — bradou o comandante.<br />
<br />
Pelo que pouco tempo depois foi vendido às “Aerolineas Argentinas” sendo, hoje em dia, mundialmente conhecido, como “El Niño Roncador”.<br />
<div style="text-align: right;">
(Por Ildázio Tavares)</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-RqwjEhkUEak/UrSfPkle0BI/AAAAAAAAF30/3UPk5bGMC3o/s1600/o+capit%C3%A3o+26101963+18+2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-RqwjEhkUEak/UrSfPkle0BI/AAAAAAAAF30/3UPk5bGMC3o/s640/o+capit%C3%A3o+26101963+18+2.png" width="510" /></a></div>
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 18 - Editorial e desenhos de Jaguar e Max - Jornal "Última Hora", de 26/10/1963.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-72264483678584655222013-12-09T01:16:00.003-02:002013-12-09T01:18:09.171-02:00Os sintomas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OkK25N7uqig/UqU19aaJ5rI/AAAAAAAAF3M/49horXPKl0c/s1600/rosamundo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-OkK25N7uqig/UqU19aaJ5rI/AAAAAAAAF3M/49horXPKl0c/s200/rosamundo.png" width="159" /></a></div>
Há dias que vinha sentindo uma dorzinha fina na virilha. Rosamundo, com aquela distração que é a sua bandeira de comando, só começou a senti-la provavelmente depois de muito tempo, pois até parador o Rosa é distraído. Na tarde em que percebeu a dorzinha, pensou: "Devo ter me contundido durante o futebol", sem se lembrar de um detalhe importante, ou seja, nunca jogou futebol.<br />
<br />
À noitinha a dor diminuíra. Devia ser íngua. Mas Rosamundo é um sujeito muito impressionável. Para se sugestionar é quase um botafoguense, embora torça pelo Andaraí, time que já saiu da liga, mas ele ainda não percebeu.<br />
<br />
Dias depois, visitando um amigo, com o qual estava brigado mas não se lembrava, encontrou-o acamado, sob a ameaça de seguir a qualquer momento para uma casa de saúde, onde seria operado, em regime de urgência, de uma hérnia.<br />
<br />
Entre gemidos o amigo explicava como aquilo começara. Sentira uma dorzinha na virilha. Logo que começou pensou que era uma íngua e nem deu importância. Já nem se lembrava mais da dorzinha quando ela voltou com uma violência quase insuportável. Sentiu primeiro a impressão de que as calças estavam lhe apertando, mas as calças que vestia eram até folgadinhas. A impressão, no entanto, ficara, até dar naquilo: ali deitado, à espera do médico para entrar na faca.<br />
<br />
E o amigo gemia. Foi quando chegou o médico, examinou assim por alto e sentenciou: "Temos de operar imediatamente. É uma hérnia estrangulada". E lá fora o amigo de Rosamundo a caminho do hospital. O Rosa, por sua vez, foi para casa, mas não tirava da cabeça a lembrança da dorzinha que sentira, parecidíssima com a do doente.<br />
<br />
Sua suspeita transformou-se em pânico na manhã seguinte. Acordara tarde e atrasado para um encontro. Vestira-se no quarto escuro, para não acordar a mulher, e se mandara. Ainda não chegara ao encontro e todos os sintomas que levaram o outro para a operação de emergência começaram ase manifestar nele. Até aquele detalhe da calça que parecia apertar, mas estava folgada a olhos vistos, ele sentia.<br />
<br />
Disparou para casa e foi logo pedindo o médico. Estava com hérnia. Deitou-se vestido mesmo, com medo de piorar, e a mulher apavorada começou a telefonar para o médico. Chamado assim às pressas, veio imediatamente. Entrou no quarto, olhou para a cara impressionantemente pálida de Rosamundo e mandou que ele se despisse para o exame.<br />
<br />
E foi aí que o Rosa percebeu que, em vez de cueca, vestira de manhã a calcinha da mulher.<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: "Gol de Padre e Outras Crônicas" — Stanislaw Ponte Preta — Editora Ática.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-35980824431465106922013-12-07T20:34:00.001-02:002013-12-07T20:34:23.847-02:00Dicionário Enciclopédico da Noite<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-igQtsc8QNww/UqOh8o4QmMI/AAAAAAAAF28/jrB0STSa27U/s1600/noite2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-igQtsc8QNww/UqOh8o4QmMI/AAAAAAAAF28/jrB0STSa27U/s1600/noite2.png" /></a></div>
Dicionário Enciclopédico da Noite, sabem lá o que é isso? Pois trata-se de obra de peso, desde já fadada a um êxito estrondoso, pois que é assinada por Stanislaw Ponte Preta (e ao escrever este nome, as teclas da nossa intemerata remington semi-portátil ficam embargadas de emoção).<br />
<br />
O fero cronista, sempre no seu crescente desejo de melhor informar — porque não dizer? de melhor faturar na caixa deste vespertino, resolveu escrever com o auxílio de sua prodigiosa memória, a qual é capaz mesmo de dizer quantas vezes o Francisco Landi tirou terceiro lugar em corridas internacionais, um dicionário enciclopédico da noite, e com nomes de gente, nomes de lugares, nomes de coisas, comidas, bebidas, música, tudo aqui enfim que rebola pela noite a fora.<br />
<br />
Cumpre esclarecer que a ortografia adotada em toda a obra é decorrente, não só do acordo ortográfico de 1943, celebrado entre o Brasil e Portugal, como também do acordo pornográfico, celebrado entre os cafés e boates desta cidade. E’ nosso dever também explicar que o “Dicionário Enciclopédico da Noite” cumpre religiosamente as “Instruções para a organização do vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa”, aprovadas unanimemente (até o Olegário aprovou) pela Academia Brasileira de Letras, na sessão de 12 de agosto de 1943 e que não transcrevemos porque não foram redigidas por Stanislaw Hushi Ku-Roy (é assim que nos chamam em Tóquio) e, consequentemente, seria fastidioso para vocês lerem.<br />
<br />
A título de amostra, para dar exemplo, aos que, menos afortunados pela sutil deusa da inteligência, ainda não compreenderam, Stanislaw Puente Negra (é assim que nos chamam em Barcelona), vai fazer uma pequena demonstração.<br />
<br />
Na letra “P”, por exemplo, encontramos:<br />
<br />
PETIT CLUB — Restaurante dirigido por Mirtes Paranhos. Fica na esquina das ruas Cinco de Julho com Constante Ramos em Copacabana. Tem uma galinha assada pontepretana.<br />
<br />
Na letra “C”, por exemplo, temos:<br />
<br />
CLÔ PRADO — Senhora da sociedade paulista, que faz umas peças fraquinhas, fraquinhas, mas que tem muito público.<br />
<br />
Na letra “B” podemos encontrar:<br />
<br />
BORORÓ — Veterano boêmio desta praça. Meirinho de dia e compositor de noite. Autor de um dos mais célebres choros do mundo: “Da cor do pecado”, ou seja, a cor de Luana (Teu cenário é uma beleza!). O epigrafado tem cabelos brancos e está geralmente acompanhado pela polícia, isto é, o delegado Melo Moraes (vide letra “M”), seu mais dileto amigo.<br />
<br />
Na letra “P”, entre outros vocábulos e citações, estão:<br />
<br />
PIPOCA — Coisa que criança adora e que serve também pra gente beber mais. Alguns bares do Rio costumam servir pratinhos sub-reptícios de pipoca com as bebidas. A gente vai comendo distraído, fica com a língua salgada e pede mais bebida.<br />
<br />
PICADINHO — Um dos pratos mais servidos nas boates do Rio. O picadinho foi imposto à freguesia por ser um prato econômico: o filé de ontem é o picadinho de hoje e a almôndega de amanhã.<br />
<br />
Na letra “A” — e esta é a última que damos como exemplo — encontramos: <br />
<br />
AURY CAHET — “Show-girl’, irmã de Auny Cahet.<br />
<br />
AUNY C’HFT Show-girl”, irmã de Aury Cahet.<br />
<br />
<b>Esquema</b><br />
<br />
Com o auxílio — repetimos — de sua invejável memória, faceta marcante de sua exuberante personalidade, o maior baluarte da imprensa sadia colecionou, com a displicência que o caracteriza, 1.200 páginas que serão publicadas paulatinamente nesta coluna, à medida que o tempo for passando e o assunto for faltando.<br />
<br />
Brasileirismo e regionalismos da noite, expressões idiomáticas, termos populares e de gíria, gente que vive nos “riversides” da vida, gente que aproveita a noite para beber, gente que aproveita a noite para trabalhar (garçons, “maitres”, “cabareties”, músicos, cantores, coristas, atores, produtores, contrarregras, cenógrafos, fotógrafos, “taxis-girls”, etc.), estrangeirismos usuais, abreviaturas, frases elucidativas, explicações sobre expressões anômalas (gente anômala também), o étimo de grande número de palavras usadas mais à noite, pronúncia em casos duvidosos, tudo com esclarecimentos do campeão mundial da crônica.<br />
<br />
<b>Aguardem pois</b><br />
<br />
Assim sendo, Stanislaw Scwartz Brik (é assim que nos chamam em Jerusalém) pede aos leitores universais que tenham calma e aguardem a breve publicação parcelada do “Dicionário Enciclopédico da Noite”.<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: Última Hora, de 27/04/1956 — Reportagem de Bolso - Stanislaw Ponte PretaGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-7448569599775675592013-12-07T20:01:00.000-02:002013-12-07T20:01:46.220-02:00Zezinho e o coronel<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-CaK7IiwlsLc/UqOacFZMfhI/AAAAAAAAF2s/ufV2PsPo0EQ/s1600/goldepadre1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-CaK7IiwlsLc/UqOacFZMfhI/AAAAAAAAF2s/ufV2PsPo0EQ/s200/goldepadre1.png" width="220" /></a></div>
O coronel Iolando sempre foi a fera do bairro. Quando a patota do Zezinho era tudo criança, jogar futebol na rua era uma temeridade, porque o Coronel, mal começava a bola a rolar no asfalto, saía lá de dentro de sabre na mão e furava a coitadinha.<br />
<br />
Teve um dia que Zezinho vinha atacando pela esquerda e ia fazer o gol, quando o Coronel da Polícia Militar, naquele tempo ainda capitão, saiu e cercou o atacante, de braços abertos. Parecia um beque lateral direito, tentando impedir o avanço adversário. Por amor ao futebol, Zezinho não resistiu, driblou o garboso militar e entrou no gol com bola e tudo. Ah! rapaziada ... foi fogo.<br />
<br />
O então Capitão Iolando ficou que parecia uma onça com sinusite. Ali mesmo, jurou que nunca mais vagabundo nenhum jogaria bola outra vez em frente de sua casa. E, com a sua autoridade ferida pelo drible moleque do Zezinho, botou um policial de plantão em cada esquina, durante meses e meses. No bairro havia assalto toda noite, mas o Coronel preferia botar dois guardas chateando os garotos a deslocá-los da esquina para perseguir ladrão. Isto eu só estou contando para que vocês sintam o drama e morem na ferocidade do Coronel Iolando.<br />
<br />
Prosseguindo: ninguém na redondeza conseguia entender como é que aquele Frankenstein de farda podia ter uma filha como a Irene, tão lindinha, tão meiga, tão redondinha. E entre os que não entendiam estava o mesmo Zezinho, cuja patota, noutros tempos, batia bola na rua.<br />
<br />
Muito amante da pesquisa, Zezinho foi devagarinho pro lado da Irene. Primeiro um cumprimento, na porta do cinema, depois um papinho rápido ao cruzar com ela na porta da sorveteria e foi-se chegando, se chegando epimba... desembarcou os comandos. Quando a Irene percebeu, estava babada por Zezinho. Se ele quisesse ela seria até o chiclete dele. Claro, o namoro foi sempre à revelia do Coronel Iolando, que não admitia nem a possibilidade de a filha olhar pro lado, quanto mais para o Zezinho, aquele vagabundo, cachorro, comunista. Sem paqueração não há repressão.<br />
<br />
O pai não sabia de nada e a filha foi folgando, até que chegou um dia, ou melhor, chegou uma noite a Irene tinha saído para ir à casa da Margaridinha, de araque, naturalmente, e na volta, depois de ficar quase duas horas agarrada com Zezinho debaixo de uma jaqueira, na segunda transversal à direita, permitiu que o rapaz a acompanhasse até o portão. Coincidência desgraçada: o Coronel Iolando estava se preparando para sair e ir comandar um batalhão no combate à passeata de estudantes. Chegou à janela justamente na hora em que Irene e aquele safado chegavam ao portão. Tirou o trabuco do coldre e desceu a escada de quatro em quatro degraus, botando fumacinha pelas ventas arreganhadas. Pareciaum búfalo no inverno. Não deixou que o inimigo abrisse a boca. Berrou para Irene:<br />
<br />
— Entre, sua sem-vergonha — e a mocinha escafedeu-se. Virou-separa o pobre do Zezinho, mais murcho que boca de velha, ali encolhidinho, e agarrou-o pelo cangote, suspendendo-o quase a um palmo do chão, e o rapaz ia até dizer "Coronel, o senhor tirou o chão de baixo de mim", pra ver se com a piadinha melhorava o ambiente, mas não teve tempo:<br />
<br />
— Seu cretino — berrou Iolando — está vendo este revólver?(Zezinho estava). Pois eu lhe enfio o cano no olho e descarrego a arma dentro da sua cabeça, seu cafajeste. Está entendendo?(Zezinho estava). E vou lhe dizer uma coisa: está proibido de continuar morando neste bairro. Amanhã eu irei pessoalmente à sua casa para verificar se o senhor se mudou, está ouvindo?(Zezinho estava). Se o senhor não tiver, pelo menos, a cinquenta quilômetros longe desta área, eu passarei a enviar uma escolta diariamente à sua casa, para lhe dar uma surra. Agora suma-se, seu inseto.<br />
<br />
O Coronel soltou Zezinho, que, sentindo-se em terra firme, tratou de se mandar o mais depressa possível. O Coronel, por sua vez, deu meia-volta, entrou em casa, vestiu o dólmã e avisou à filha que quando voltasse ia ter. O Coronel Iolando foi cercar os estudantes na passeata, houve aquela coisa toda que os senhores leram nos jornais e, quando retornou ao lar, encontrou a esposa muito apreensiva:<br />
<br />
— Não precisa ficar com esse olhar de coelho acuado, sua molenga — avisou Iolando — Eu só vou dar uns tapas na sem-vergonha da nossa filha.<br />
<br />
— Eu não estou apreensiva por isso não, Ioiô (ela chamava o Coronel de Ioiô), Eu estou com pena é de você.<br />
<br />
— De mim??? — o Coronel estranhou.<br />
<br />
— É que a Irene e o Zezinho saíram agora mesmo para casar na igreja do Bispo de Maura. Deixaram um abraço pra você.<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: "Gol de Padre e Outras Crônicas" — Stanislaw Ponte Preta — Editora Ática.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-82520217982148293552013-12-06T13:21:00.001-02:002013-12-06T13:21:41.179-02:00Doenças transmitidas em salões de beleza<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Tu4IvMYruFc/UqHq9HiBqUI/AAAAAAAAF00/s6r-u_OIlu8/s1600/beleza.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-Tu4IvMYruFc/UqHq9HiBqUI/AAAAAAAAF00/s6r-u_OIlu8/s200/beleza.png" width="118" /></a></div>
<b>Muitas pessoas não se dão conta das doenças que podem ser transmitidas em salões de beleza. Caso não sejam observados cuidados relacionados à higiene, o risco de contrair doenças é grande.</b><br />
<br />
Segundo a terapeuta capilar Sandra de Assis Maia, da clínica Alto Stima, o número de doenças causadas pelo uso compartilhado de objetos vêm crescendo a cada dia: "As pessoas estão sempre com horários corridos, e isso impede que elas percebam que ao usar objetos compartilhados nos salões de beleza podem estar adquirindo algumas doenças, principalmente quando falamos em objetos cortantes. A pessoa pode ser infectada por fungos, bactérias e até mesmo vírus ao cuidar dos cabelos no salão", afirma a terapeuta.<br />
<br />
Mas calma, não se desespere. Também existem muitos mitos quando se fala sobre o uso de objetos compartilhados nos salões. Não é preciso deixar de frequentar o salão, mas é hora de ficar mais atenta. Veja o que é mito e o que é verdade:<br />
<br />
Escova de cabelo pode transmitir doenças - Verdade. O compartilhamento desse objeto contaminado pode levar a uma infecção fúngica (micose) conhecida como pitiríase versicolor.<br />
<br />
Retirar os fios de cabelos da escova é o bastante para que ela fique limpa - Mito. É recomendado que a limpeza seja feita por meio da lavagem com água e detergente, tanto nas escovas quanto nos pentes.<br />
<br />
Água sanitária também pode ser usada na hora de higienizar escovas e pentes - Verdade. O uso de água sanitária também é indicado para retirar todas as impurezas dos objetos.<br />
<br />
Escovas de metais não precisam ser higienizadas - Mito. Qualquer tipo de escova seja ela metálica, porcelana, plástica e almofadada deve ser higienizada corretamente, principalmente quando se fala em uso compartilhado.<br />
<br />
Tesouras e lâminas de barbear podem transmitir hepatite - Verdade. O risco de transmissão da hepatite através de instrumentos compartilhados tais como lâminas de barbear e tesouras podem transmitir a doença. Principalmente homens que fazem a barba, esses devem checar atentamente sobre a higienização do material que será utilizado.<br />
<br />
Pode se pegar piolhos somente se pentear os cabelos com pentes e escovas que não foram esterilizados - Mito. Este parasita são dificilmente visíveis e são transmitidos facilmente de pessoa para pessoa através do contato corpóreo e do compartilhamento de vestimentas (capas utilizadas na hora de cortar o cabelo) e objetos como: pentes, escovas e toucas. A infestação por piolhos causa coceira intensa e pode afetar qualquer área da pele, em especial o couro cabeludo.<br />
<br />
Usar o mesmo lavabo sem higienizar pode transmitir alguma doença capilar - Mito. Doenças capilares só se pegam quando há contato direto com o couro cabeludo, no caso do lavabo a pessoa está mais propícia a ter uma doença de pele. Algumas pessoas vão de bermudas para o salão, com isso o contato da pele com cadeiras e lavabos pode ocasionar doenças de pele e não capilares. O correto é passar um pano com álcool para limpar toda a área.<br />
<br />
Dermatite Seborreica pode ser contraída por meio de escovas de cabelos - Verdade. A dermatite seborreica pode ser contraída por meio de pentes e escovas. A doença é uma inflamação crônica da pele. Ela ataca o couro cabeludo sob a forma de lesões avermelhadas que descamam e coçam. Para tratar a doença existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo capazes de controlar os sintomas.<br />
<br />
A Anvisa liberou o uso do formol somente nas escovas progressivas feitas pelos salões de beleza - Mito. A quantidade permitida pela Anvisa é de 0,2%, com a função de conservante. Todo cliente deve checar com o cabeleireiro qual a quantidade que será utilizada na hora do procedimento.<br />
<br />
Escova progressiva pode causar câncer - Verdade. A inalação pode causar câncer no aparelho respiratório, dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. O contato com a pele (couro cabeludo) causa irritação, dor e queimaduras.<br />
<br />
As máquinas de cortar cabelo tem algum risco de se contrair o vírus do HIV - Verdade. Os objetos cortantes ou perfurantes contaminados com sangue fresco visível podem ser um risco se cortarem ou perfurarem a pele - ou seja se a máquina foi utilizada num soropositivo e fez um corte ficando contaminada com sangue e logo a seguir for utilizada noutra pessoa e também fizer um corte acidental, existe um risco de exposição ao HIV nesta pessoa. Segundo Sandra, uma máquina de barbear ou cortar cabelo faz apenas uma ferida superficial na pele, o risco é menor, mas existe.<br />
<br />
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Fonte: Vila Mulher / Texto: Jessica MoraesGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-5813188111747825662013-12-06T12:29:00.000-02:002013-12-06T12:29:11.164-02:00A pneumonia e a velhice da população mundial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7eYANkYmGUM/UqHe4UtbkYI/AAAAAAAAF0k/o6iUwyI7XGc/s1600/pneumonia.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-7eYANkYmGUM/UqHe4UtbkYI/AAAAAAAAF0k/o6iUwyI7XGc/s200/pneumonia.png" width="140" /></a></div>
<i>"A pneumonia ainda não ganhou o respeito que merece”. Essa é a frase que Orin Levine, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, tem na ponta da língua quando começa a falar da doença. Líder do esforço mundial por fundos para a pesquisa de vacinas, Levine lamenta que ainda persista a idéia de que se trata “apenas” de uma ameaça aos idosos. Segundo ele, isso ajudou a jogar a pneumonia para segundo plano. “A verdade é que muita gente não se dá conta de que esse é um problema de saúde global”, lamenta.</i><br />
<br />
Em todo o planeta, a inflamação pulmonar é uma das principais causas de morte de milhões de idosos e crianças. “A população mundial está envelhecendo, o que certamente levará ao aumento explosivo de casos. Além disso, os agentes do mal estão ficando muito resistentes e isso torna o tratamento cada vez mais difícil”, explica Keith Klugman, professor de Saúde Global da Universidade Emory, também nos Estados Unidos.<br />
<br />
Há quem diga que a pneumonia não é uma única doença, e sim várias. Os inúmeros agentes que ocasionam a inflamação dos pulmões, a dificuldade de descobrir qual deles levou ao mal e a crescente resistência aos antibióticos são hoje os grandes desafios da Medicina frente à encrenca. “Diagnosticar os sintomas é fácil. O difícil é saber qual microorganismo é o culpado”, justifica Levine. “Não há como coletar espécimes dos pulmões. Além disso, os testes feitos nas vias aéreas superiores e no sangue falham em quase metade dos episódios.”<br />
<br />
Para Peter Appelbaum, especialista americano em resistência a antibióticos da Pennsylvania State University, a grande dificuldade é tratar a pneumonia bacteriana. “Além do pneumococo, uma série de outras bactérias pode causar a doença. Por isso, a terapia com antibióticos muitas vezes é empírica para ser capaz de cobrir uma grande variedade de organismos”, explica.<br />
<br />
<b>Veja como a pneumonia se desenvolve</b><br />
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Ataque impiedoso<br />
<br />
A infecção ataca um ou ambos os pulmões, sobretudo quando o sistema de defesa foi debilitado por outra doença, como gripe, tuberculose, alcoolismo, fumo, diabete e males do coração<br />
<br />
Abrigo nos alvéolos<br />
<br />
Basta um espirro de alguém infectado para que o agente da doença — vírus, bactéria ou fungo solto no ar — chegue aos pulmões. Mas esses microorganismos também podem se alojar ali depois de pegar carona na corrente sangüínea. Uma vez nos pulmões, encontram abrigo nos alvéolos, pequenas estruturas em forma de saco onde acontecem as trocas gasosas.<br />
<br />
Muco barra o ar<br />
<br />
Eles se reproduzem rapidamente, causando uma infecção. Em resposta, o corpo produz pus e plasma, que se acumulam dentro dos alvéolos, prejudicando a troca de gases. Daí a dificuldade para respirar, que, nos casos graves, pode levar à internação.<br />
<br />
As bactérias se espalham<br />
<br />
As complicações mais comuns são o derrame pleural, que é o acúmulo de líquido entre as camadas da membrana que reveste os pulmões e a cavidade torácica. Outra encrenca é a bacteremia, quando as bactérias infestam a corrente sangüínea. Aí, podem provocar a morte.<br />
<br />
E fique de olho nos sintomas:<br />
<br />
- Calafrios<br />
- Febre alta<br />
- Suor intenso<br />
- Dor no peito e dificuldade para respirar<br />
- Falta de ar<br />
- Tosse com ou sem catarro<br />
- Fadiga, moleza, prostração<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: Saúde / M de Mulher / Texto: Vanessa de SáGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-52022223927555159292013-12-06T12:14:00.000-02:002013-12-06T12:14:11.992-02:00Pintas: nem todas são perigosas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-diLnXQP4OjU/UqHbcBsBuSI/AAAAAAAAF0Y/ggiOseJ0qb8/s1600/pinta.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-diLnXQP4OjU/UqHbcBsBuSI/AAAAAAAAF0Y/ggiOseJ0qb8/s200/pinta.jpg" width="140" /></a></div>
<i>Nem todas as pintas são perigosas, nem é necessário extraí-las, mas é preciso avaliá-las constantemente. Elas preocupam, mas não deixam de ser charmosas, dependendo do lugar em que apareçam. Mas, devido à relação com o câncer de pele, vale a pena conservar as pintas? Se ocorrer uma análise regular dos sinais, realizados pelo médico dermatologista, não existe problema em mantê-las. </i><br />
<br />
Nem todas as pintas oferecem perigos. Pessoas que têm muitos sinais sofrem mais riscos de contrair tumores na pele, inclusive o melanona, que pode sofrer metástese. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, porém o melanoma representa apenas 4% desses tumores. O melanoma pode se desenvolver a partir de uma pinta perigosa, ou exposição exagerada ao sol. Já os tipos mais brandos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e espinocelular, não têm relação com pintas.<br />
<br />
As associações médicas desenvolveram o padrão ABCDE para análise. A de assimetria, quando um lado difere muito do outro; B de bordas, em que os contornos são irregulares, há reentrâncias para dentro e para fora; C de cor, quando a coloração é irregular; D de diâmetro, em que acima de 6 milímetros o risco de melanoma aumenta; e E de evolução, as que possuem crescimento acelerado.<br />
<br />
O exame é realizado em consultório, através do dermatoscópio, aparelho portátil com lentes que aumentam de 10 a 70 vezes o tamanho da pinta e que identifica sinais precoces de câncer de pele.<br />
<br />
Mas o diagnóstico final só é dado após o exame no laboratório das células removidas da lesão. Se o câncer for detectado, o médico irá extrair a pinta e o tecido ao redor. A aplicação de quimioterapia e imunoterapia dependerá do estágio do tumor.
<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: Bem StarGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-62153232980433297792013-12-05T19:41:00.002-02:002013-12-05T19:41:54.672-02:00Perito vendedor de vaga em liquidação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-4ZAs90LDESE/UqDzBFJlFJI/AAAAAAAAF0I/IjNxeLDhJ4w/s1600/sus.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-4ZAs90LDESE/UqDzBFJlFJI/AAAAAAAAF0I/IjNxeLDhJ4w/s200/sus.png" width="196" /></a></div>
De repente ficou sem emprego. Tinha nove anos de casa. O patrão era desses muito bonzinhos, que preferem indenizar e botar no olho da rua, baseado na Lei, enfim... essas bossas. O que eu sei é que ficou desempregado e me conta as virações em que tem se metido para arrumar, enquanto a situação estiver assim, mais pra urubu do que pra colibri.<br />
<br />
— Com o dinheirinho da indenização, meu caro Stan... já quebrei galho às pampas. Ninguém tem erva viva, meu querido. Tá tudo <i>with the face and the rage</i>.<br />
<br />
Ele fala muito bem inglês e, por isso, <i>returning to the cold cow</i>, gosta de traduzir para a língua de Robert Field as expressões do nosso idioma. Mas deixa isso pra lá e prossigamos com o raciocínio lá dele.<br />
<br />
— Tá tudo duro, Stan... com o dinheirinho da indenização, vendi meu carro, por cinco milhões a prazo e, no dia seguinte, fui lá na agência onde vendera e comprei por três milhões à vista. Eles aceitaram logo.<br />
<br />
— Mas como é possível! Em menos de 24h ficaram devendo a você dois milhões de cruzeiros, à-toa?<br />
<br />
— Claro... É aí que <i>the pork twist the tall</i>. A bagunça é tão grande que ninguém se importa de dever. Todo mundo quer é segurar no dinheiro vivo para sentir no tato que ele ainda existe.<br />
<br />
— Sim... mas vem cá... Não há de ser só com isso que você consegue se sustentar.<br />
<br />
— Ora, claro que não. Stan, por favor, <i>put the horse out of the rain</i>... Há outras maneiras da gente ir se aguentando. Eu acabo de descobrir uma excelente colocação para mim.<br />
<br />
— Emprego público?<br />
<br />
— De certa forma sim, já que a colocação é na via pública. Eu sou “Perito Vendedor de Vaga”.<br />
<br />
— ???<br />
<br />
— Pois é. Chego à porta de uma loja, de madrugada, e fico parado em frente. Vai logo formando uma fila atrás de mim, pensando que no dia seguinte haverá “queima geral”, "grande liquidação”, essas besteiras que eles inventam para enganar a plebe ignara. Ai, quando chega de manhã e a loja vai abrir, eu grito: “Quem quer comprar a minha vaga?”. Aparece logo uma porção de gente querendo comprar. Outro dia, à porta do tal de “Ponto Frio” vendi a vaga por cem contos.
<br />
<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: Jornal "Última Hora", de 01/04/1965 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-86615288585536723012013-12-05T15:11:00.001-02:002013-12-05T15:11:07.490-02:00As bichinhas pescando<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-RqfZq6xNGn4/UqCy-PmauvI/AAAAAAAAFz4/9kO0LGDvMQs/s1600/jacare.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-RqfZq6xNGn4/UqCy-PmauvI/AAAAAAAAFz4/9kO0LGDvMQs/s200/jacare.png" width="100" /></a></div>
Duas bichinhas resolveram pescar às margens do rio. Quando a noite chegou, resolveram dormir por lá mesmo. A bichinha prevenida tinha levado um saco de dormir que tinha comprado exclusivamente para o camping, a outra bichinha levou uma barraca. Começaram as provocações:<br />
<br />
— Bom, eu que sou uma mulher inteligente! Vou apreciar a luz das estrelas e ficar aqui fora mesmo... às margens do rio.<br />
<br />
— Euzinha que não sou uma bichinha burra. Vou dormir aqui no aconchego de minha barraquinha. Boa noite!<br />
<br />
— Boa noite, Mona!<br />
<br />
A bichinha dormia às margens do rio até que um imenso jacaré, literalmente a comeu.<br />
<br />
Quando o sol nasceu, a outra bichinha saiu feliz e falante de dentro da barraca.<br />
<br />
— Bom dia flores, bom dia sol, bom dia natureza, bom dia peixinhos... peixinhos?<br />
<br />
Nessa hora ela viu nadando pelo rio o imenso jacaré, só com a cabeça da bicha pra fora da boca. Então gritou:<br />
<br />
— Bicha, Bicha... tô passada! Esse seu saco de dormir da Lacoste é um escândalo!<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
------------------------------------------</div>
<br />
Uma bichinha comprou um fusquinha. Ficou toda serelepe, mandou pintar o fusca de rosa e trocar a buzina. Ao invés de fazer Biiiip Biiiip a buzina agora fazia wuuuwuuuu. Logo ela foi chamar a Karlinha (outra bichinha) para passear de fusca. A cada bofe que passava elas buzinavam: wuuuuuwuuuuuu!.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
------------------------------------------</div>
<br />
<b>As bichas no céu</b><br />
<br />
Quatro bichas morreram num acidente de carro. Quando chegaram no céu, já começou o preconceito. São Pedro falou:<br />
<br />
— Vamos lá façam uma fila. Bicha 1, Bicha 2, Bicha 3 e Bicha 4.<br />
<br />
Depois de formada a fila, com as bichas na devida ordem, São Pedro começou a perguntar os pecados das bichas:<br />
<br />
— Bicha 1, qual e o seu pecado?<br />
<br />
— Eu coloquei a mão no pênis de um homem<br />
<br />
— Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada. Bicha 2, qual e o seu pecado?<br />
<br />
— Eu coloquei as duas mãos no pênis de um homem<br />
<br />
— Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada.<br />
<br />
De repente, as outras duas bichas começaram a brigar:<br />
<br />
— Quem vai na frente sou eu, não, sou eu quem vou, não, quem vai sou eu! e por aí vai.<br />
<br />
São Pedro falou:<br />
<br />
— Parem de brigar, o que esta havendo Bicha 4, por que você quer passar a frente?<br />
<br />
Ai a Bicha 4 responde:<br />
<br />
— Eu não vou gargarejar de jeito nenhum a água que ela vai lavar a bunda...<br />
<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fontes: Sacizento - O Melhor blog de humor; www.piadasnet.com.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-89544976872858524312013-12-04T23:16:00.004-02:002013-12-04T23:16:58.106-02:00Água em garrafa plástica pode provocar enxaqueca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-mwPKNemPJzA/Up_TrKlQYGI/AAAAAAAAFzk/HcPugoBENh0/s1600/garrafa+plastica.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-mwPKNemPJzA/Up_TrKlQYGI/AAAAAAAAFzk/HcPugoBENh0/s200/garrafa+plastica.jpg" width="100" /></a></div>
<i>A reportagem à seguir, tem seu valor, sua "solidez científica", no entanto, sempre preferi beber água, um suco, ou mesmo um refrigerante em um recipiente de vidro já manufaturado há cerca de dois mil anos e bem seguro (até a coca-cola numa garrafinha de vidro é mais saborosa!). Mas vamos lá:</i><br />
<br />
Beber água em garrafas ou copos de plástico pode ser um hábito responsável por fortes dores de cabeça, diz um novo estudo da University of Kansas. Com informações do site do jornal britânico Daily Mail. A pesquisa indica que o composto químico Bisfenol (BPA), presente em embalagens sintéticas, pode desencadear enxaquecas – que atingem um em cada sete adultos no Reino Unido.<br />
<br />
Em pesquisas anteriores, o plástico já foi relacionado com outros problemas de saúde como obesidade, infertilidade e ataques cardíacos. Os especialistas alertam às pessoas que sofrem deste mal evitarem outras fontes do composto, como tampas de plástico para micro-ondas e coolers. Eles analisaram o comportamento de ratos. Metade deles foi exposta ao composto químico uma vez a cada três dias. Entre estes, ficou notável um comportamento menos ativo. Além disso, evitaram barulho e luz muito forte, além de se assustarem facilmente.<br />
<br />
A enxaqueca também tem sido associada às mudanças nos níveis do hormônio sexual feminino. As conclusões mostram que muitos dos comportamentos evidenciados pelos ratos podem ser replicados pelos humanos. “Estes resultados sugerem que o BPA tem a capacidade de amplificar sintomas que diagnosticam a doença em pacientes humanos”, diz o relatório. Cerca de 5 milhões de britânicos sofrem de enxaqueca, sendo que as mulheres são três vezes mais propensas a ter o problema.<br />
<br />
O besfenol é comumente encontrado em vários tipos de produtos e vários lugares ao redor do mundo, incluindo alguns estados europeus, o Canadá e a China, já o baniram da composição de mamadeiras.<br />
<br />
<hr class="linha" />
Fonte: TerraGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-77824201654423882232013-12-04T22:32:00.001-02:002013-12-04T22:34:01.393-02:00Paracetamol e seus riscos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-WK9ZRglhVgA/Up_IaJIECjI/AAAAAAAAFzU/jnrxa-k5ezc/s1600/paracetamol.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-WK9ZRglhVgA/Up_IaJIECjI/AAAAAAAAFzU/jnrxa-k5ezc/s1600/paracetamol.JPG" /></a></div>
<i>Os medicamentos à base de paracetamol estão entre os mais vendidos no Brasil e no mundo e são indicados para o tratamento de febre e dores leves ou moderadas, especialmente com fraca ação anti-inflamatória. Apesar disso, alguns estudos têm colocado em cheque a segurança desse tipo de medicação.</i><br />
<br />
Um recente levantamento feito pela organização ProPublica, dos Estados Unidos, mostrou que, entre os anos de 2001 e 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano devido a intoxicações após o consumo de paracetamol. De acordo com o farmacêutico e professor da Universidade Federal do Piauí, Dr. Lívio César C. Nunes, tal relação pode realmente existir, mas algumas ressalvas devem ser feitas.<br />
<br />
"O acetaminophen, como é conhecido o paracetamol nos EUA, é um dos fármacos mais utilizados no país, segundo o órgão regulador local. O uso indiscriminado de medicamentos oferece perigos à saúde do homem, mesmo com um medicamento como o paracetamol, que não é potencialmente tóxico, desde que seja usado sob as dosagens terapêuticas indicadas e tendo-se todo o cuidado com as interações medicamentosas", afirma Dr. Lívio Nunes.<br />
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Atualmente, várias são as indicações do paracetamol para adultos, entre elas dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas e dores associadas a artrites e cólicas menstruais. Para o professor, uma associação entre baixo custo e eficácia é o principal fator que aumenta a procura pelo remédio.<br />
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"O medicamento tem início de efeito cerca de 15 a 30 minutos mais rápido do que o seu principal concorrente no Brasil, além de ser seguro em doses terapêuticas, possuir baixo custo e ser de venda livre, o que facilita o acesso. Nos EUA, até pouco tempo atrás, ele era o único antipirético e analgésico indicado, o que provocou falsa sensação de segurança", completa Dr. Lívio Nunes.<br />
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<b>Riscos do paracetamol</b><br />
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A hepatotoxicidade é o principal risco do uso do paracetamol, especialmente em situações de maior suscetibilidade, como o consumo de álcool, idade, etnia e interações medicamentosas com outros fármacos nocivos ao fígado. No entanto, mesmo na presença desses fatores, o perigo é raro, desde que a administração medicamentosa seja feita em doses terapêuticas.<br />
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"A toxicidade pode resultar da ingestão de uma única dose tóxica, de ingestão repetida de grandes doses e de ingestão crônica da droga. A necrose do fígado é o efeito tóxico agudo mais grave associado à superdosagem e é potencialmente fatal. Ela se manifesta por náuseas, vômitos e dor abdominal, geralmente ocorrendo 2 a 3 horas após a ingestão de doses tóxicas. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. O diabético também deve estar atento, pois algumas apresentações comerciais contêm sacarose", alerta o professor.<br />
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O paracetamol também deve ser evitado em outras condições, como hipersensibilidade ao medicamento ou aos outros componentes da fórmula. Além disso, a administração repetida é contraindicada em pacientes com anemia, doença cardíaca, pulmonar, renal ou hepática.<br />
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"A possibilidade de ocorrência de toxicidade hepática é um dado importante em pacientes pediátricos que recebem doses múltiplas e excessivas de paracetamol. A dose pediátrica deve sempre ser calculada segundo o peso corporal, não se excedendo a dose máxima permitida. Os idosos são mais susceptíveis aos efeitos tóxicos no fígado. Atenção também às apresentações, pois os comprimidos revestidos (500 e 750mg) são contraindicados para menores de 12 anos", destaca Dr. Lívio Nunes.<br />
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<b>Regulamentação</b><br />
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O Conselho Federal de Farmácia, por meio da resolução nº 586, de 29 de agosto de 2013, regulamentou a prescrição farmacêutica de medicamentos, pois não só o paracetamol, mas inúmeras outras drogas isentas de prescrição necessitam ser bem orientadas quanto ao seu uso. Por isso, é importante lembrar que existem medicamentos isentos de prescrição, mas que estes não estão isentos de diagnóstico preciso da enfermidade para a qual eles serão usados.<br />
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"Um medicamento, mesmo isento de prescrição, pode levar a problemas, como a intoxicação medicamentosa, podendo assim representar graves perigos à saúde se usado incorretamente. Uma solução a longo prazo seria a implantação de uma política de educação voltada para a população na atenção básica, através da inserção do profissional farmacêutico junto ao programa da estratégia da família, no qual ele poderia levar a informação diretamente a toda a população, promovendo o uso racional de medicamentos", finaliza o especialista.<br />
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Fonte: Idmed / Texto: Dr. Lívio César Cunha Nunes Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-86143652010665547172013-12-04T22:09:00.002-02:002013-12-04T22:09:41.738-02:00O humor de Jaguar - I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/--uuCFBcI6y8/Up--fZ96-OI/AAAAAAAAFzE/vtn1OIQaDrQ/s1600/jaguar+3b.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/--uuCFBcI6y8/Up--fZ96-OI/AAAAAAAAFzE/vtn1OIQaDrQ/s1600/jaguar+3b.png" /></a></div>
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"Como o personagem de Max (do qual tomou emprestado o título de a personalidade), o Capitão é cheio de truques. Vai apresentar cada sábado uma história completa do Capitão propriamente dito, sujeito anti-social e agressivo que vocês vão adorar. E mais: fotos com legendas que merecem concursos, humor internacional e entrevistas com os profissionais da falta de seriedade (estamos nos referindo aos humoristas, não aos políticos). Entrevistas. O público gosta de entrevistadores mais ainda porque assim não precisam dar duro para ganhar dinheiro.<br />
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Enfim, uma revistinha de humor que se divertir muitos e irritar a não poucos (como os editoriais de certo vespertino) terá atingido plenamente sua finalidade." (Última Hora, 22/06/1963).
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Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 1 e 14 - Editorial e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 22/06/1963 e 14/9/1963.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-27779702544686953742013-12-04T20:58:00.000-02:002013-12-04T21:00:53.498-02:00O dente mais caro do mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-WkRZkUiulmk/Up-zLDJDjzI/AAAAAAAAFyc/ZRF9aX2pvbU/s1600/dentista+de+pobre.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="http://2.bp.blogspot.com/-WkRZkUiulmk/Up-zLDJDjzI/AAAAAAAAFyc/ZRF9aX2pvbU/s320/dentista+de+pobre.png" width="320" /></a></div>
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Aqui no Brasil tem cada médico, que eu vou te contar: para cobrar uma conta eles são melhores do que o Pepe para cobrar uma penalidade. Tem médico pela aí que, para ajeitar um bocadinho o nariz mal lançado de uma senhora vaidosa, apresenta uma conta cujo total dava até para comprar um porto particular para a Hanna.<br />
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Mas nem todo médico é assim. Em Madri, por exemplo, dois médicos deram uma bela lição de desprendimento, quando um atendeu o outro sem querer cobrar nada. Deu-se no consultório do Dr. Fernandez Rico, que além de esculápio é dentista. O distinto recebeu a visita do coleguinha lá dele, Dr. Samuel Vaillamon, que estava com um dente doendo que só saudade de mulher amada. O Dr. Rico extraiu o dente do Dr. Samuel e não quis cobrar nada.<br />
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O paciente estranhou e achou que o outro merecia, nesse caso, um presente. Livre do molar que o amolava (desculpem), o Dr. Samuel mostrou-se muito jovial e disse para o Dr. Rico:<br />
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— Tenho aqui um bilhete da Loteria Nacional. Fique com ele.<br />
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Como nenhum dos dois acreditava em azar, por isso, o presenteado guardou o bilhete e não se falou mais nisso. Ou melhor, não se falou mais nisso até o Dia de Reis, quando correu a Loteria Nacional da Espanha e o bilhete do Dr. Rico (presente do Dr. Samuel) saiu premiado com 20 milhões de pesetas, cerca de 335 mil dólares.<br />
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Vocês façam o obséquio de fazer a conversão monetária, que eu não sei para quanto baixou hoje o cruzeiro, mas — desde já — podem estar certos de que foi a extração de molar mais cara do mundo, barrando qualquer médico brasileiro de endireitar nariz. Tanto que o Dr. Rico está mais rico do que nunca e o Dr. Samuel Vaillamon, apesar de já ter extraído o dente há quase duas semanas, continua de boca aberta até agora.<br />
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Fonte: Jornal "Última Hora", de 14/01/1965 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-15445536632397469772013-11-30T02:53:00.001-02:002013-11-30T02:53:47.507-02:00Vem aí a esperada “Cachaçabrás”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AAbSfjR47NQ/UplvE4GU3-I/AAAAAAAAFyE/bcxzOLIUBG4/s1600/beb92.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-AAbSfjR47NQ/UplvE4GU3-I/AAAAAAAAFyE/bcxzOLIUBG4/s200/beb92.png" width="150" /></a></div>
Depois que um deputado mineiro propôs que os parlamentares trabalhassem só de noite e de graça, depois que um deputado campineiro propôs a Lei Seca, depois que um deputado carioca propôs o aportuguesamento dos menus, depois que se apresentou o projeto importantíssimo de regulamentado do jogo de bingo, vem mais um deputado — desta vez o Sr. Luís Correia — com um projeto de lei que, em síntese, cria a “Cachaçabrás”. Trata-se de proposição que regulamenta a distribuição de bebida alcoólica e institui o monopólio do pileque, ou antes, da distribuição do pileque. Aqui estão alguns artigos propostos pelo ilustre parlamentar:<br />
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Art. 1. ° — Fica instituído o monopólio estadual da distribuição de bebidas alcoólicas, com exclusão apenas da cerveja. (Portanto, caríssimo, como o Estado é honesto, vamos ter uísque escocês legítimo feito aqui, e não o uísque falsificado sujeito à desonestidade das destilarias particulares).<br />
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Art. 2. ° — O Governo do Estado organizará um sistema de armazéns para distribuição de bebida. (Isto é que é incentivar o porte, companheiros. Em vez dos tradicionais armazéns de secos & molhados, armazéns só de molhados pra turma molhar o bico).<br />
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Art. 3. ° — Fica proibida a venda de bebidas alcoólicas em copo, antes das 12 horas. (Se isto tem a intenção de refrear o ímpeto dos levantadores de copo que costumam enfiar o pé no jacã desde cedo, essa intenção está gorada, pois, se antes do melodia não se serve bebida em copo, a plebe ignara vai castigar pelo gargalo. Isto não tem nem conversa).<br />
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Art. 4. ° — A receita líquida proveniente deste monopólio, a ser calculada a base de 25% sobre o movimento bruto, será entregue a Secretaria de Assistência Social e destinará à velhice desamparada”. (Levando-se em conta de que quem vende bebida não tem renda bruta, pois a renda é sempre líquida, chegamos à conclusão de que a velhice desamparada vai enriquecer com o pileque dos outros, razão pela qual desde já propomos um “slogan” para ajudar a publicidade da cachaça estadual: Encha a sua caveira para salvar a caveira alheia).<br />
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Fonte: Jornal "Última Hora", de 14/05/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-49459636065079300122013-11-27T01:48:00.000-02:002013-11-27T01:48:19.070-02:00Intestino preguiçoso e a batata yacon<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-3pAmaLn6XYU/UpVqBqcveiI/AAAAAAAAFxs/M7WDTqNhKrg/s1600/batata+yacon.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-3pAmaLn6XYU/UpVqBqcveiI/AAAAAAAAFxs/M7WDTqNhKrg/s1600/batata+yacon.png" width="140" /></a></div>
<i>Muitas mulheres reclamam de intestino preguiçoso. Algumas receitas caseiras, no entanto, podem ajudar a soltá-lo. Se você já tentou incluir na alimentação ameixa seca, mamão, linhaça e mesmo assim não conseguiu soltar o intestino, aposte em três receitas saborosas que levam um ingrediente diferente e eficiente: a batata yacon.</i><br />
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A batata yacon traz muitos benefícios à saúde: controla a diabetes, ajuda o intestino a funcionar e garante o bom humor. A nutricionista da Clínica Super Healthy, Paola Moreira, deu a dica de três receitas fáceis com o tubérculo.<br />
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Receita contra intestino preguiçoso: salada de frutas com batata yacon<br />
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Ingredientes<br />
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1 batata yacon;<br />
8 unidades de uva rubi<br />
1 mexerica<br />
1 banana<br />
1 pera<br />
1 colher (café) canela em pó<br />
1 colher (sopa) quinoa em flocos<br />
Modo de preparo<br />
<br />
Corte a batata e as frutas em pedaços pequenos. Na hora de comer, acrescente uma colher de canela e a quinoa em flocos.<br />
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Suco laxante de melão com yacon<br />
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Ingredientes<br />
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2 xícaras (chá) melão orange picado<br />
1 batata yacon média<br />
2 colheres (sobremesa) folha hortelã<br />
1 xícara de água de coco<br />
Modo de preparo<br />
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Bata tudo no liquidificador com pedrinha de gelo. Beba sem seguida.<br />
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Receita caseira contra intestino preso: salada com batata yacon<br />
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Ingredientes<br />
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400 g de batata yacon<br />
1 pé de de alface cortada<br />
2 pepinos japoneses<br />
1 pé de agrião<br />
12 tomates cereja;<br />
10 azeitonas pretas sem caroço<br />
Modo de preparo<br />
<br />
Lave bem todos os ingredientes. Descasque e corte batata yacon e o pepino. Separe as folhas da alface e do agrião e reserve. Utilize algumas gotas de molho shoyo para temperar.<br />
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Fonte: Bolsa de Mulher / Texto: Marina LopesGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-3880557863180897452013-11-27T01:17:00.000-02:002013-11-27T01:17:15.240-02:00Bebidas vegetais substituem o leite?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-StcrnlUYCvY/UpVkBfH68CI/AAAAAAAAFxU/_BVbXumAd_U/s1600/bebida+vegetal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-StcrnlUYCvY/UpVkBfH68CI/AAAAAAAAFxU/_BVbXumAd_U/s1600/bebida+vegetal.jpg" height="200" width="144" /></a></div>
<i>Bebidas produzidas à base de soja, arroz ou aveia podem ser chamadas de "leite"? Qual é a semelhança entre elas e o leite tradicional? Elas podem substituir o leite de vaca? Quem tem intolerância à lactose tem aí uma solução para seus problemas?</i><br />
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Muitas dúvidas costumam cercar as bebidas vegetais, nome que alguns nutricionistas preferem utilizar para evitar a palavra "leite". Isso porque o que une os dois alimentos nas prateleiras dos supermercados é basicamente a semelhança física.<br />
<br />
O leite tradicional tem origem animal, enquanto as outras versões são extratos de grãos, cereais ou oleaginosas, esclarece Daniela Boulos, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Há, portanto, muitas diferenças e uma das mais comentadas é ausência da lactose, um açúcar presente no leite que depende de uma enzima produzida no intestino delgado para ser digerida.<br />
<br />
Assim, quem sofre com intolerância à lactose pode consumir essas bebidas no café da manhã e em outras ocasiões em que o leite normalmente estaria presente. No entanto, em termos nutricionais, será preciso trazer outros alimentos à mesa e até recorrer ao uso de fórmulas ou suplementos vitamínicos, dependendo do caso, para chegar a uma equivalência.<br />
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<b>Oferta de cálcio e proteínas</b><br />
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De acordo com a nutricionista Raquel Bráz Assunção Botelho, o leite de vaca é naturalmente rico em cálcio, elemento que, geralmente, precisa ser adicionado às bebidas vegetais. "Além disso, o tipo de cálcio acrescentado pode não ser de tão boa absorção quanto o do leite tradicional", esclarece a especialista, que também é professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UBN), no Distrito Federal.<br />
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Sempre ressaltando que cada caso deve ser avaliado por um profissional, a nutricionista Silvia Andréa Guimarães, do Hospital Santa Isabel, que integra o complexo da Santa Casa de São Paulo, afirma que aqueles com restrição ao alimento devem incluir na dieta ingredientes como gergelim e folhas verdes escuras, como a couve, que são fontes do nutriente essencial para a saúde dos ossos.<br />
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<b>Substituição</b><br />
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As bebidas vegetais também não substituem o leite do ponto de vista nutricional porque o tipo e a quantidade de proteínas são diferentes, acrescenta Botelho. Por isso, elas são recomendadas para quem tem alergia à proteína do leite de vaca (APLV), um distúrbio de origem genética, mas que também pode ser desenvolvido ao longo da vida. <br />
<br />
Lembrando a importância do leite para o desenvolvimento adequado de crianças e adolescentes, Boulos afirma que, nesses casos, uma alternativa é ingerir fórmulas infantis especiais à base de proteínas extensamente hidrolisadas. "Nesse processo, a proteína é fragmentada e tem menor chance de causar a reação alérgica", diz. As fórmulas especiais compostas de aminoácidos livres – também disponíveis no mercado – são opções nesses casos.<br />
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<b>Versatilidade de uso</b><br />
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Embora os alimentos não sejam comparáveis, os leites vegetais podem sim "quebrar um galho" na cozinha daqueles que não podem ou não querem ingerir o alimento de origem animal, como é o caso dos vegetarianos estritos.<br />
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O lado bom é que eles oferecem vitaminas e minerais, incluindo potássio, selênio, cobre, zinco, manganês, magnésio e ferro, como afirma a nutricionista do Sírio-Libanês, e ainda são livres de gordura saturada e colesterol, segundo Botelho.<br />
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A professora do Departamento de Nutrição da UNB garante que é possível preparar molho branco e até bolos. "Muitas vezes, é preciso diminuir um pouco a quantidade de farinha de trigo ou de amido de milho, pois as bebidas vegetais têm mais amido", detalha.<br />
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No laboratório da universidade, onde foram testadas algumas receitas, também já foram preparados leites vegetais condensados e até brigadeiro. "Não ficam iguais, mas tem sabor agradável", conta. Guimarães também sugere utilizá-los no preparo de vitaminas com frutas, em sopas, purês e panquecas.<br />
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Com exceção daqueles que têm alergia aos ingredientes utilizados e dos celíacos, que não podem consumir o leite de aveia em função do glúten, as bebidas vegetais podem ser ingeridas sem contraindicações pelos adultos. Já as crianças podem fazer uso delas a partir dos dois anos de idade. "Antes dessa fase, recomenda-se o aleitamento materno – exclusivo até sexto mês de vida e prolongado até os dois anos de idade, com alimentação complementar", fala Boulos.<br />
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Fonte: Uol / Texto: Marina KuzuyabuGato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-37685833318499217122013-11-26T23:19:00.000-02:002013-11-26T23:25:09.274-02:00A interpretação dos caracteres japoneses<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-dANeKLQjsO4/UpVHBtbg13I/AAAAAAAAFxE/Ha0m3kSM6ps/s1600/caracteres+japoneses3.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-dANeKLQjsO4/UpVHBtbg13I/AAAAAAAAFxE/Ha0m3kSM6ps/s640/caracteres+japoneses3.png" width="510" /></a></div>
<br />
A interpretação dos intrincados caracteres japoneses (Kanji) transformou-se numa verdadeira epidemia, entre as tropas norte-americanas, durante a ocupação. O joguinho recebeu o nome de "nipponoodles" e, ao que consta, foi inventado por um certo coronel, de nome Bryant W. Line.<br />
<br />
Segundo um relatório oficial, milhares de homens-horas foram perdidas em gigantescos concursos entre os aficionados. Apresentamos algumas amostras, acompanhadas do real significado Kanji.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-T0Q7DQrQ-vE/UpVEmd23b0I/AAAAAAAAFw4/-aVkl2ThxJA/s1600/caracteres+japoneses2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-T0Q7DQrQ-vE/UpVEmd23b0I/AAAAAAAAFw4/-aVkl2ThxJA/s640/caracteres+japoneses2.png" width="510" /></a></div>
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Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 14 - Artigo e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 28/9/1963.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3780946978430314963.post-86612329682875190432013-11-26T22:23:00.001-02:002013-11-26T22:23:55.504-02:00Por causa de uma salsicha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-5KC5qPajK3M/UpU6p1rAeuI/AAAAAAAAFwk/7boH6JYgEoQ/s1600/general.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-5KC5qPajK3M/UpU6p1rAeuI/AAAAAAAAFwk/7boH6JYgEoQ/s200/general.png" width="194" /></a></div>
Sonhou a noite inteira. Pesadelos tremendos, pesadelo com dragão, caída em abismos profundos, estas bossas. Bem que a mulher avisou que não devia comer salsicha no jantar. Se havia duas coisas que não combinavam era salsicha e seu estômago.<br />
<br />
Quando comia salsicha no almoço, sentia que a distinta passava o dia inteiro no estômago, agora vocês façam uma ideia do que acontecia quando comia e ia dormir. Os pesadelos vinham um atrás do outro. Acordava suado, a tremer de medo. Era obrigado a levantar-se várias vezes durante a noite, tomar antiácidos.<br />
<br />
Desta vez a salsicha levou-o a um estranho sonho. Talvez ande muito preocupado com a revolução, não sei. O fato é que, depois de uma das muitas vezes em que se levantou agitado, tornou a deitar e dormiu para sonhar que não havia mais emprego civil no país. Eram todos militares: os chefes de serviço nas repartições, os presidentes de autarquia, os ocupantes de cargos públicos.<br />
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Mas isto era o de menos: em seu pesadelo percebia que todos eram militares: a orquestra da boate era uma banda militar, o porteiro do restaurante era um general, o homem do elevador era um capitão e assim por diante.<br />
<br />
De repente, mesmo dormindo, deu uma gargalhada. A mulher sacudiu-o para acordar, pensando que ele tinha ficado maluco. Acordou e contou o estranho sonho à mulher:<br />
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— Todo mundo era militar — explicou ele, ainda estremunhado.<br />
<br />
— Mas você riu de que? — quis saber a mulher.<br />
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— É que no sonho, eu passei em frente a uma boate e tinha um cartaz na porta escrito: “Hoje sensacional “strip-tease”, com o Major Pereira”.<br />
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<hr class="linha" />
Fonte: Jornal "Última Hora", de 23/04/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.Gato Pretohttp://www.blogger.com/profile/06255799592549931939noreply@blogger.com0