"O Brasil perdia por dois a zero para o Uruguai no mais acirrado jogo do Sul-Americano de 1919, no Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro, quando o meia-esquerda Neco fez valer toda a sua raça. Marcou um gol no final do primeiro tempo e outro, de sem-pulo, a dois minutos do término da partida.
O resultado obrigou a realização de um jogo desempate. E de novo Neco se fez presente. Construiu toda a jogada que culminou no gol de Friedenreich, gol da vitória e também do primeiro título da Seleção Brasileira."
Manuel Nunes (popularmente conhecido como Neco) nasceu em 7/3/1895 em São Paulo, e faleceu na mesma cidade em 31/5/1977. Foi o primeiro ídolo do Sport Club Corinthians Paulista, atuando como ponta-esquerda, centroavante e meio-campo, começando no terceiro quadro corintiano, em 1911.
Em 1914, Neco foi campeão paulista pela primeira vez, e artilheiro com 12 gols, feito que repetiria em 1920 com 24 gols. Em 1915, o Corinthians não disputou torneios oficiais e quase fechou as portas, ameaçado a ter a sede tomada e todos os seus móveis penhorados. Neco esteve emprestado ao Mackenzie, mas não esqueceu o seu time do coração.
Em 1916, o timão volta à Liga de Futebol Paulista. E lá está Neco sendo outra vez campeão paulista. O fato se repetiria em 1922, 1923, 1924, 1928 e 1930. Foi também o primeiro corintiano convocado para a Seleção Brasileira, ao lado de Amílcar Barbuy.
Foi o primeiro jogador do Corinthians a ter um busto no Parque São Jorge. Neco ficou por durante 17 anos defendendo o alvinegro paulista. Neco disputou 296 jogos (215 vitórias, 35 empates e 46 derrotas), marcou 235 gols e venceu os Campeonatos Paulistas de 1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928 e 1930 pelo Corinthians.
Neco foi quem ajudou a levar o nome do Corinthians para o interior do estado de São Paulo a partir de 1915, pois foi o primeiro grande ídolo do futebol a desfilar seu estilo e marcar gols por várias cidades do interior paulista como: Campinas, São Carlos, Caçapava, Jundiaí, Amparo, e outras.
Atuou em dezesseis jogos pela Seleção Brasileira ganhando o Campeonato Sul-americano de 1919 e 1920 e a Taça Rodrigues Alves (1922), marcando impressionantes dez gols, um verdadeiro craque, que tem faro de gol.
Manoel Nunes, o Neco, era assim: raçudo, driblador e eficiente nas conclusões. Não jogava por dinheiro, mas por prazer e paixão. Por isso, passou toda sua carreira no timão, recusando seguidas propostas do Fluminense.
Fontes: Wikipédia; Revista Placar.
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