O Santos estava perdendo por dois a zero para o Milan, da Itália, no Maracanã, na decisão do bicampeonato mundial interclubes em 1963. Ao Peixe não restava outra opção que não fosse a vitória, pois já havia sido derrotado na primeira partida. Para piorar, não contava com Pelé, machucado. Mas o Santos tinha José Macia, o Pepe, dono de uma bomba no pé esquerdo. E ele fez a diferença naquele jogo histórico, no qual o Santos virou a partida para quatro a dois, com dois gols de falta de Pepe. Ponta esquerda goleador, é o segundo maior artilheiro da história do Santos, com 405 gols em 25 jogos. Só perde mesmo para o Rei. O Canhão da Vila Belmiro marcou 22 gols em quarenta jogos com a camisa amarela.
José Macia nasceu na cidade de Santos, SP, em 25 de fevereiro de 1935 e é um ex-jogador e técnico de futebol. Com 405 gols marcados em 750 partidas, é o segundo maior artilheiro da história do Santos, perdendo apenas para Pelé. Ele alega ser "o maior artilheiro humano da história do Santos - porque Pelé veio de Saturno". Em 15 anos de clube (1954 a 1969), ganhou o apelido de "Canhão da Vila", por seu fortíssimo chute de esquerda. Também ganhou duas Copas do Mundo pela Seleção Brasileira em 1958 e 1962.
Pepe é considerado um dos maiores ponta-esquerda da história do futebol. Mesmo jogando com artilheiros natos como Pelé e Coutinho, conseguiu marcar 405 gols com a camisa do Santos. Para se ter uma idéia, tirando Pelé, apenas dois jogadores marcaram mais gols que Pepe por um único clube: Roberto Dinamite pelo Vasco da Gama marcou 620 gols e Zico pelo Flamengo que marcou 500 gols.
Um dos seus pontos fortes eram suas cobranças de falta que o colocam entre os maiores cobradores de falta de todos os tempos. Exímio cobrador ficou conhecido por derrubar seus adversários que se arriscavam formando barreiras. Pepe tinha tamanha precisão nas cobranças de falta que, em 1963, na final do Mundial de Clubes contra o Milan, marcou duas vezes em tiros livres no segundo jogo da decisão.
Era para ser o titular da Seleção Brasileira nas campanhas de 1958-1962, mas por duas vezes sofreu contusões às vésperas da Copa e foi substituído por Zagallo. Da primeira vez, sofreu uma pancada no tornozelo num amistoso na Itália. Na segunda, teve uma torção no joelho num jogo amistoso no Morumbi.
Recordes
Pepe é o maior vencedor do Campeonato Paulista com 13 títulos conquistados; Segundo jogador que mais atuou com a camisa do Santos Futebol Clube com 750 jogos; Segundo maior artilheiro do Santos Futebol Clube com 405 gols; Quarto maior artilheiro dos clubes brasileiros ficando atras de Pelé com 1091, Roberto Dinamite com 620 e Zico com 500 gols; Vigésimo terceiro maior artilheiro da Seleção Brasileira de Futebol com 22 gols; Décimo quinto maior artilheiro da história do Torneio Rio-São Paulo.
Artilharia
Mundial de Clubes: 1963; Torneio Rio-São Paulo: 1961
Títulos
Como jogador:
Santos - Copa Intercontinental: 1962 e 1963; Libertadores da América: 1962 e 1963; Recopa Sul-Americana: 1968; Recopa Mundial: 1968; Taça Brasil - Campeonato Brasileiro: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965; Torneio Roberto Gomes Pedrosa - Campeonato Brasileiro: 1968; Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966; Campeonato Paulista: 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969.
Seleção - Copa do Mundo: 1958 e 1962; Copa Rocca: 1957 e 1963; Taça Bernardo O'Higgins: 1961; Taça do Atlântico: 1956 e 1960; Taça Oswaldo Cruz: 1961 e 1962.
Como treinador:
Fortaleza - Campeonato Cearense: 1985.
Internacional de Limeira - Campeonato Brasileiro Série B: 1988; Campeonato Paulista: 1986.
Santos - Campeonato Paulista: 1973.
São Paulo - Campeonato Brasileiro: 1986.
Verdy Kawazaki - Campeonato Japonês: 1991-92.
Atlético Paranaense - Campeonato Brasileiro Série B: 1995.
Fontes: Revista Placar; Wikipédia.
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