"Vim ver Pelé, mas acabei vendo Rivelino", disse Beckenbauer, depois de ver o meia-esquerda driblar três e meter a bola por baixo das suas pernas numa jogada impressionante, o "elástico". Rivelino ainda marcou um gol em Iashin naquele jogo Brasil 2 x Seleção da Fifa 1, no Maracanã. em 1968. O futebol de Roberto Rivelino realmente era de impressionar. Tanto que os mexicanos, na Copa de 1970, o chamaram de "Patada Atômica" por causa de seus chutes violentos e venenosos.
Mas não dependia apenas do chute, que usava como poucos para bater faltas precisas e fazer lançamentos perfeitos. Driblava curto e com rapidez estonteante. Sua condição de craque, entretanto, não conseguiu trazer um título para o Corinthians, clube que o revelou. Depois de perder uma decisão para o Palmeiras, em 1974, foi crucificado pela torcida e pelo dirigente Vicente Matheus, sendo vendido ao Fluminense.
Roberto Rivellino nasceu no bairro da Aclimação, em São Paulo, em 10/1/1946. Caçula de três filhos de um técnico de telefonia e pequeno empresário passou a infância e a adolescência no bairro do Brooklin, jogando futebol nos campos de várzea da região. Estudou até o ginásio. Aos 16 anos, entrou para o juvenil do Corinthians, chegando a titular desse clube três anos mais tarde, vestindo a camisa 10.
Foi campeão dos torneios Rio-São Paulo (1966), do Povo (1971) e Laudo Natel (1973), sem conquistar nenhum campeonato paulista. Em 1966 foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez, para um amistoso contra a Hungria. Participou de todas as seleções entre 1968 e 1978, vestiu a camisa brasileira 121 vezes e jogou três Copas do Mundo (1970/1974/1978).
Na Copa do Mundo de 1970, no México, atuou fora de posição, pela ponta esquerda. Em 1974 deixou o Corinthians e foi para o Fluminense. No tricolor foi bicampeão carioca em 1975 e 1976, além de ganhar a Taça Guanabara em 1975.
Em 1978 foi comprado pelo El Helal, da Arábia Saudita, no qual jogou até encerrar a carreira, em 1982. Pelo time árabe foi bicampeão regional e campeão da Copa do Rei (campeonato nacional). Após abandonar a carreira, tornou-se comentarista esportivo e abriu uma escolinha de futebol em São Paulo.
Fontes: Revista Placar; Algo Sobre.
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