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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
A metamorfose
Ao despertar Gregório Santos uma manhã, após um sono intranquilo, encontrou-se em sua cama convertido em um Boeing 707. Achava-se meio bambo sobre o trem de aterragem e ao tentar alçar a cabeça notou que ela estava perfeitamente fixa como todas as aeronaves, mormente as de procedência estrangeira. Ao seu redor, reminiscências das casas de seus vizinhos, sombreadas por suas possantes asas bimotor jatadas. De seu polpudo leito, somente a recordação envolta nos escombros de sua vasta mansão, onde, na certa, seus velhos haviam se soporiferizado sonhando com leões.
— Que me aconteceu, senhor dos desgraçados?
Apesar de Castro Alves “approach” nada ouviu senão um tonitruar de turbinas à jato e uma vozinha dentro de si:
— Senhores passageiros, favor apertar os cintos de segurança e não fumar durante a decolagem.
Não era sonho. Havia se convertido realmente em colosso aéreo e muito provavelmente da TAP. Não muito satisfeito em sua condição luso-aeroplana, Gregório refletiu:
— “E se eu dormisse um pouco? E’ bem possível que, ao acordar, tudo volte ao normal”.
Mas, Gregório havia se acostumado a dormir do lado direito, e à primeira tentativa de inclinar suas reluzentes asas, ocasionou o que se chama de uma celeuma. Gritos irromperam de seu ventre, gente correu à volta, e um carrinho vermelho fez evoluções e se aproximou langorando um sirenear. Gregório percebeu angustiado que iam decolar.
No ar sentiu-se melhor e roncou satisfeito. No céu estava mais perto de sua santa família. Fitou os urubus com desprezo e pensou, já cônscio de suas novas responsabilidades:
— “Muito pior seria se eu fosse um helicóptero”, e recitou o soneto “Círculo vicioso” tão machadianamente, que foi sua também a surpresa que fez a aeromoça mandar os passageiros apertar o cintos ante tamanho rugido.
— Este avião está louco! — bradou o comandante.
Pelo que pouco tempo depois foi vendido às “Aerolineas Argentinas” sendo, hoje em dia, mundialmente conhecido, como “El Niño Roncador”.
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 18 - Editorial e desenhos de Jaguar e Max - Jornal "Última Hora", de 26/10/1963.
— Que me aconteceu, senhor dos desgraçados?
Apesar de Castro Alves “approach” nada ouviu senão um tonitruar de turbinas à jato e uma vozinha dentro de si:
— Senhores passageiros, favor apertar os cintos de segurança e não fumar durante a decolagem.
Não era sonho. Havia se convertido realmente em colosso aéreo e muito provavelmente da TAP. Não muito satisfeito em sua condição luso-aeroplana, Gregório refletiu:
— “E se eu dormisse um pouco? E’ bem possível que, ao acordar, tudo volte ao normal”.
Mas, Gregório havia se acostumado a dormir do lado direito, e à primeira tentativa de inclinar suas reluzentes asas, ocasionou o que se chama de uma celeuma. Gritos irromperam de seu ventre, gente correu à volta, e um carrinho vermelho fez evoluções e se aproximou langorando um sirenear. Gregório percebeu angustiado que iam decolar.
No ar sentiu-se melhor e roncou satisfeito. No céu estava mais perto de sua santa família. Fitou os urubus com desprezo e pensou, já cônscio de suas novas responsabilidades:
— “Muito pior seria se eu fosse um helicóptero”, e recitou o soneto “Círculo vicioso” tão machadianamente, que foi sua também a surpresa que fez a aeromoça mandar os passageiros apertar o cintos ante tamanho rugido.
— Este avião está louco! — bradou o comandante.
Pelo que pouco tempo depois foi vendido às “Aerolineas Argentinas” sendo, hoje em dia, mundialmente conhecido, como “El Niño Roncador”.
(Por Ildázio Tavares)
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 18 - Editorial e desenhos de Jaguar e Max - Jornal "Última Hora", de 26/10/1963.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Os sintomas
Há dias que vinha sentindo uma dorzinha fina na virilha. Rosamundo, com aquela distração que é a sua bandeira de comando, só começou a senti-la provavelmente depois de muito tempo, pois até parador o Rosa é distraído. Na tarde em que percebeu a dorzinha, pensou: "Devo ter me contundido durante o futebol", sem se lembrar de um detalhe importante, ou seja, nunca jogou futebol.
À noitinha a dor diminuíra. Devia ser íngua. Mas Rosamundo é um sujeito muito impressionável. Para se sugestionar é quase um botafoguense, embora torça pelo Andaraí, time que já saiu da liga, mas ele ainda não percebeu.
Dias depois, visitando um amigo, com o qual estava brigado mas não se lembrava, encontrou-o acamado, sob a ameaça de seguir a qualquer momento para uma casa de saúde, onde seria operado, em regime de urgência, de uma hérnia.
Entre gemidos o amigo explicava como aquilo começara. Sentira uma dorzinha na virilha. Logo que começou pensou que era uma íngua e nem deu importância. Já nem se lembrava mais da dorzinha quando ela voltou com uma violência quase insuportável. Sentiu primeiro a impressão de que as calças estavam lhe apertando, mas as calças que vestia eram até folgadinhas. A impressão, no entanto, ficara, até dar naquilo: ali deitado, à espera do médico para entrar na faca.
E o amigo gemia. Foi quando chegou o médico, examinou assim por alto e sentenciou: "Temos de operar imediatamente. É uma hérnia estrangulada". E lá fora o amigo de Rosamundo a caminho do hospital. O Rosa, por sua vez, foi para casa, mas não tirava da cabeça a lembrança da dorzinha que sentira, parecidíssima com a do doente.
Sua suspeita transformou-se em pânico na manhã seguinte. Acordara tarde e atrasado para um encontro. Vestira-se no quarto escuro, para não acordar a mulher, e se mandara. Ainda não chegara ao encontro e todos os sintomas que levaram o outro para a operação de emergência começaram ase manifestar nele. Até aquele detalhe da calça que parecia apertar, mas estava folgada a olhos vistos, ele sentia.
Disparou para casa e foi logo pedindo o médico. Estava com hérnia. Deitou-se vestido mesmo, com medo de piorar, e a mulher apavorada começou a telefonar para o médico. Chamado assim às pressas, veio imediatamente. Entrou no quarto, olhou para a cara impressionantemente pálida de Rosamundo e mandou que ele se despisse para o exame.
E foi aí que o Rosa percebeu que, em vez de cueca, vestira de manhã a calcinha da mulher.
Fonte: "Gol de Padre e Outras Crônicas" — Stanislaw Ponte Preta — Editora Ática.
À noitinha a dor diminuíra. Devia ser íngua. Mas Rosamundo é um sujeito muito impressionável. Para se sugestionar é quase um botafoguense, embora torça pelo Andaraí, time que já saiu da liga, mas ele ainda não percebeu.
Dias depois, visitando um amigo, com o qual estava brigado mas não se lembrava, encontrou-o acamado, sob a ameaça de seguir a qualquer momento para uma casa de saúde, onde seria operado, em regime de urgência, de uma hérnia.
Entre gemidos o amigo explicava como aquilo começara. Sentira uma dorzinha na virilha. Logo que começou pensou que era uma íngua e nem deu importância. Já nem se lembrava mais da dorzinha quando ela voltou com uma violência quase insuportável. Sentiu primeiro a impressão de que as calças estavam lhe apertando, mas as calças que vestia eram até folgadinhas. A impressão, no entanto, ficara, até dar naquilo: ali deitado, à espera do médico para entrar na faca.
E o amigo gemia. Foi quando chegou o médico, examinou assim por alto e sentenciou: "Temos de operar imediatamente. É uma hérnia estrangulada". E lá fora o amigo de Rosamundo a caminho do hospital. O Rosa, por sua vez, foi para casa, mas não tirava da cabeça a lembrança da dorzinha que sentira, parecidíssima com a do doente.
Sua suspeita transformou-se em pânico na manhã seguinte. Acordara tarde e atrasado para um encontro. Vestira-se no quarto escuro, para não acordar a mulher, e se mandara. Ainda não chegara ao encontro e todos os sintomas que levaram o outro para a operação de emergência começaram ase manifestar nele. Até aquele detalhe da calça que parecia apertar, mas estava folgada a olhos vistos, ele sentia.
Disparou para casa e foi logo pedindo o médico. Estava com hérnia. Deitou-se vestido mesmo, com medo de piorar, e a mulher apavorada começou a telefonar para o médico. Chamado assim às pressas, veio imediatamente. Entrou no quarto, olhou para a cara impressionantemente pálida de Rosamundo e mandou que ele se despisse para o exame.
E foi aí que o Rosa percebeu que, em vez de cueca, vestira de manhã a calcinha da mulher.
Fonte: "Gol de Padre e Outras Crônicas" — Stanislaw Ponte Preta — Editora Ática.
sábado, 7 de dezembro de 2013
Dicionário Enciclopédico da Noite
Dicionário Enciclopédico da Noite, sabem lá o que é isso? Pois trata-se de obra de peso, desde já fadada a um êxito estrondoso, pois que é assinada por Stanislaw Ponte Preta (e ao escrever este nome, as teclas da nossa intemerata remington semi-portátil ficam embargadas de emoção).
O fero cronista, sempre no seu crescente desejo de melhor informar — porque não dizer? de melhor faturar na caixa deste vespertino, resolveu escrever com o auxílio de sua prodigiosa memória, a qual é capaz mesmo de dizer quantas vezes o Francisco Landi tirou terceiro lugar em corridas internacionais, um dicionário enciclopédico da noite, e com nomes de gente, nomes de lugares, nomes de coisas, comidas, bebidas, música, tudo aqui enfim que rebola pela noite a fora.
Cumpre esclarecer que a ortografia adotada em toda a obra é decorrente, não só do acordo ortográfico de 1943, celebrado entre o Brasil e Portugal, como também do acordo pornográfico, celebrado entre os cafés e boates desta cidade. E’ nosso dever também explicar que o “Dicionário Enciclopédico da Noite” cumpre religiosamente as “Instruções para a organização do vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa”, aprovadas unanimemente (até o Olegário aprovou) pela Academia Brasileira de Letras, na sessão de 12 de agosto de 1943 e que não transcrevemos porque não foram redigidas por Stanislaw Hushi Ku-Roy (é assim que nos chamam em Tóquio) e, consequentemente, seria fastidioso para vocês lerem.
A título de amostra, para dar exemplo, aos que, menos afortunados pela sutil deusa da inteligência, ainda não compreenderam, Stanislaw Puente Negra (é assim que nos chamam em Barcelona), vai fazer uma pequena demonstração.
Na letra “P”, por exemplo, encontramos:
PETIT CLUB — Restaurante dirigido por Mirtes Paranhos. Fica na esquina das ruas Cinco de Julho com Constante Ramos em Copacabana. Tem uma galinha assada pontepretana.
Na letra “C”, por exemplo, temos:
CLÔ PRADO — Senhora da sociedade paulista, que faz umas peças fraquinhas, fraquinhas, mas que tem muito público.
Na letra “B” podemos encontrar:
BORORÓ — Veterano boêmio desta praça. Meirinho de dia e compositor de noite. Autor de um dos mais célebres choros do mundo: “Da cor do pecado”, ou seja, a cor de Luana (Teu cenário é uma beleza!). O epigrafado tem cabelos brancos e está geralmente acompanhado pela polícia, isto é, o delegado Melo Moraes (vide letra “M”), seu mais dileto amigo.
Na letra “P”, entre outros vocábulos e citações, estão:
PIPOCA — Coisa que criança adora e que serve também pra gente beber mais. Alguns bares do Rio costumam servir pratinhos sub-reptícios de pipoca com as bebidas. A gente vai comendo distraído, fica com a língua salgada e pede mais bebida.
PICADINHO — Um dos pratos mais servidos nas boates do Rio. O picadinho foi imposto à freguesia por ser um prato econômico: o filé de ontem é o picadinho de hoje e a almôndega de amanhã.
Na letra “A” — e esta é a última que damos como exemplo — encontramos:
AURY CAHET — “Show-girl’, irmã de Auny Cahet.
AUNY C’HFT Show-girl”, irmã de Aury Cahet.
Esquema
Com o auxílio — repetimos — de sua invejável memória, faceta marcante de sua exuberante personalidade, o maior baluarte da imprensa sadia colecionou, com a displicência que o caracteriza, 1.200 páginas que serão publicadas paulatinamente nesta coluna, à medida que o tempo for passando e o assunto for faltando.
Brasileirismo e regionalismos da noite, expressões idiomáticas, termos populares e de gíria, gente que vive nos “riversides” da vida, gente que aproveita a noite para beber, gente que aproveita a noite para trabalhar (garçons, “maitres”, “cabareties”, músicos, cantores, coristas, atores, produtores, contrarregras, cenógrafos, fotógrafos, “taxis-girls”, etc.), estrangeirismos usuais, abreviaturas, frases elucidativas, explicações sobre expressões anômalas (gente anômala também), o étimo de grande número de palavras usadas mais à noite, pronúncia em casos duvidosos, tudo com esclarecimentos do campeão mundial da crônica.
Aguardem pois
Assim sendo, Stanislaw Scwartz Brik (é assim que nos chamam em Jerusalém) pede aos leitores universais que tenham calma e aguardem a breve publicação parcelada do “Dicionário Enciclopédico da Noite”.
Fonte: Última Hora, de 27/04/1956 — Reportagem de Bolso - Stanislaw Ponte Preta
O fero cronista, sempre no seu crescente desejo de melhor informar — porque não dizer? de melhor faturar na caixa deste vespertino, resolveu escrever com o auxílio de sua prodigiosa memória, a qual é capaz mesmo de dizer quantas vezes o Francisco Landi tirou terceiro lugar em corridas internacionais, um dicionário enciclopédico da noite, e com nomes de gente, nomes de lugares, nomes de coisas, comidas, bebidas, música, tudo aqui enfim que rebola pela noite a fora.
Cumpre esclarecer que a ortografia adotada em toda a obra é decorrente, não só do acordo ortográfico de 1943, celebrado entre o Brasil e Portugal, como também do acordo pornográfico, celebrado entre os cafés e boates desta cidade. E’ nosso dever também explicar que o “Dicionário Enciclopédico da Noite” cumpre religiosamente as “Instruções para a organização do vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa”, aprovadas unanimemente (até o Olegário aprovou) pela Academia Brasileira de Letras, na sessão de 12 de agosto de 1943 e que não transcrevemos porque não foram redigidas por Stanislaw Hushi Ku-Roy (é assim que nos chamam em Tóquio) e, consequentemente, seria fastidioso para vocês lerem.
A título de amostra, para dar exemplo, aos que, menos afortunados pela sutil deusa da inteligência, ainda não compreenderam, Stanislaw Puente Negra (é assim que nos chamam em Barcelona), vai fazer uma pequena demonstração.
Na letra “P”, por exemplo, encontramos:
PETIT CLUB — Restaurante dirigido por Mirtes Paranhos. Fica na esquina das ruas Cinco de Julho com Constante Ramos em Copacabana. Tem uma galinha assada pontepretana.
Na letra “C”, por exemplo, temos:
CLÔ PRADO — Senhora da sociedade paulista, que faz umas peças fraquinhas, fraquinhas, mas que tem muito público.
Na letra “B” podemos encontrar:
BORORÓ — Veterano boêmio desta praça. Meirinho de dia e compositor de noite. Autor de um dos mais célebres choros do mundo: “Da cor do pecado”, ou seja, a cor de Luana (Teu cenário é uma beleza!). O epigrafado tem cabelos brancos e está geralmente acompanhado pela polícia, isto é, o delegado Melo Moraes (vide letra “M”), seu mais dileto amigo.
Na letra “P”, entre outros vocábulos e citações, estão:
PIPOCA — Coisa que criança adora e que serve também pra gente beber mais. Alguns bares do Rio costumam servir pratinhos sub-reptícios de pipoca com as bebidas. A gente vai comendo distraído, fica com a língua salgada e pede mais bebida.
PICADINHO — Um dos pratos mais servidos nas boates do Rio. O picadinho foi imposto à freguesia por ser um prato econômico: o filé de ontem é o picadinho de hoje e a almôndega de amanhã.
Na letra “A” — e esta é a última que damos como exemplo — encontramos:
AURY CAHET — “Show-girl’, irmã de Auny Cahet.
AUNY C’HFT Show-girl”, irmã de Aury Cahet.
Esquema
Com o auxílio — repetimos — de sua invejável memória, faceta marcante de sua exuberante personalidade, o maior baluarte da imprensa sadia colecionou, com a displicência que o caracteriza, 1.200 páginas que serão publicadas paulatinamente nesta coluna, à medida que o tempo for passando e o assunto for faltando.
Brasileirismo e regionalismos da noite, expressões idiomáticas, termos populares e de gíria, gente que vive nos “riversides” da vida, gente que aproveita a noite para beber, gente que aproveita a noite para trabalhar (garçons, “maitres”, “cabareties”, músicos, cantores, coristas, atores, produtores, contrarregras, cenógrafos, fotógrafos, “taxis-girls”, etc.), estrangeirismos usuais, abreviaturas, frases elucidativas, explicações sobre expressões anômalas (gente anômala também), o étimo de grande número de palavras usadas mais à noite, pronúncia em casos duvidosos, tudo com esclarecimentos do campeão mundial da crônica.
Aguardem pois
Assim sendo, Stanislaw Scwartz Brik (é assim que nos chamam em Jerusalém) pede aos leitores universais que tenham calma e aguardem a breve publicação parcelada do “Dicionário Enciclopédico da Noite”.
Fonte: Última Hora, de 27/04/1956 — Reportagem de Bolso - Stanislaw Ponte Preta
Zezinho e o coronel
O coronel Iolando sempre foi a fera do bairro. Quando a patota do Zezinho era tudo criança, jogar futebol na rua era uma temeridade, porque o Coronel, mal começava a bola a rolar no asfalto, saía lá de dentro de sabre na mão e furava a coitadinha.
Teve um dia que Zezinho vinha atacando pela esquerda e ia fazer o gol, quando o Coronel da Polícia Militar, naquele tempo ainda capitão, saiu e cercou o atacante, de braços abertos. Parecia um beque lateral direito, tentando impedir o avanço adversário. Por amor ao futebol, Zezinho não resistiu, driblou o garboso militar e entrou no gol com bola e tudo. Ah! rapaziada ... foi fogo.
O então Capitão Iolando ficou que parecia uma onça com sinusite. Ali mesmo, jurou que nunca mais vagabundo nenhum jogaria bola outra vez em frente de sua casa. E, com a sua autoridade ferida pelo drible moleque do Zezinho, botou um policial de plantão em cada esquina, durante meses e meses. No bairro havia assalto toda noite, mas o Coronel preferia botar dois guardas chateando os garotos a deslocá-los da esquina para perseguir ladrão. Isto eu só estou contando para que vocês sintam o drama e morem na ferocidade do Coronel Iolando.
Prosseguindo: ninguém na redondeza conseguia entender como é que aquele Frankenstein de farda podia ter uma filha como a Irene, tão lindinha, tão meiga, tão redondinha. E entre os que não entendiam estava o mesmo Zezinho, cuja patota, noutros tempos, batia bola na rua.
Muito amante da pesquisa, Zezinho foi devagarinho pro lado da Irene. Primeiro um cumprimento, na porta do cinema, depois um papinho rápido ao cruzar com ela na porta da sorveteria e foi-se chegando, se chegando epimba... desembarcou os comandos. Quando a Irene percebeu, estava babada por Zezinho. Se ele quisesse ela seria até o chiclete dele. Claro, o namoro foi sempre à revelia do Coronel Iolando, que não admitia nem a possibilidade de a filha olhar pro lado, quanto mais para o Zezinho, aquele vagabundo, cachorro, comunista. Sem paqueração não há repressão.
O pai não sabia de nada e a filha foi folgando, até que chegou um dia, ou melhor, chegou uma noite a Irene tinha saído para ir à casa da Margaridinha, de araque, naturalmente, e na volta, depois de ficar quase duas horas agarrada com Zezinho debaixo de uma jaqueira, na segunda transversal à direita, permitiu que o rapaz a acompanhasse até o portão. Coincidência desgraçada: o Coronel Iolando estava se preparando para sair e ir comandar um batalhão no combate à passeata de estudantes. Chegou à janela justamente na hora em que Irene e aquele safado chegavam ao portão. Tirou o trabuco do coldre e desceu a escada de quatro em quatro degraus, botando fumacinha pelas ventas arreganhadas. Pareciaum búfalo no inverno. Não deixou que o inimigo abrisse a boca. Berrou para Irene:
— Entre, sua sem-vergonha — e a mocinha escafedeu-se. Virou-separa o pobre do Zezinho, mais murcho que boca de velha, ali encolhidinho, e agarrou-o pelo cangote, suspendendo-o quase a um palmo do chão, e o rapaz ia até dizer "Coronel, o senhor tirou o chão de baixo de mim", pra ver se com a piadinha melhorava o ambiente, mas não teve tempo:
— Seu cretino — berrou Iolando — está vendo este revólver?(Zezinho estava). Pois eu lhe enfio o cano no olho e descarrego a arma dentro da sua cabeça, seu cafajeste. Está entendendo?(Zezinho estava). E vou lhe dizer uma coisa: está proibido de continuar morando neste bairro. Amanhã eu irei pessoalmente à sua casa para verificar se o senhor se mudou, está ouvindo?(Zezinho estava). Se o senhor não tiver, pelo menos, a cinquenta quilômetros longe desta área, eu passarei a enviar uma escolta diariamente à sua casa, para lhe dar uma surra. Agora suma-se, seu inseto.
O Coronel soltou Zezinho, que, sentindo-se em terra firme, tratou de se mandar o mais depressa possível. O Coronel, por sua vez, deu meia-volta, entrou em casa, vestiu o dólmã e avisou à filha que quando voltasse ia ter. O Coronel Iolando foi cercar os estudantes na passeata, houve aquela coisa toda que os senhores leram nos jornais e, quando retornou ao lar, encontrou a esposa muito apreensiva:
— Não precisa ficar com esse olhar de coelho acuado, sua molenga — avisou Iolando — Eu só vou dar uns tapas na sem-vergonha da nossa filha.
— Eu não estou apreensiva por isso não, Ioiô (ela chamava o Coronel de Ioiô), Eu estou com pena é de você.
— De mim??? — o Coronel estranhou.
— É que a Irene e o Zezinho saíram agora mesmo para casar na igreja do Bispo de Maura. Deixaram um abraço pra você.
Fonte: "Gol de Padre e Outras Crônicas" — Stanislaw Ponte Preta — Editora Ática.
Teve um dia que Zezinho vinha atacando pela esquerda e ia fazer o gol, quando o Coronel da Polícia Militar, naquele tempo ainda capitão, saiu e cercou o atacante, de braços abertos. Parecia um beque lateral direito, tentando impedir o avanço adversário. Por amor ao futebol, Zezinho não resistiu, driblou o garboso militar e entrou no gol com bola e tudo. Ah! rapaziada ... foi fogo.
O então Capitão Iolando ficou que parecia uma onça com sinusite. Ali mesmo, jurou que nunca mais vagabundo nenhum jogaria bola outra vez em frente de sua casa. E, com a sua autoridade ferida pelo drible moleque do Zezinho, botou um policial de plantão em cada esquina, durante meses e meses. No bairro havia assalto toda noite, mas o Coronel preferia botar dois guardas chateando os garotos a deslocá-los da esquina para perseguir ladrão. Isto eu só estou contando para que vocês sintam o drama e morem na ferocidade do Coronel Iolando.
Prosseguindo: ninguém na redondeza conseguia entender como é que aquele Frankenstein de farda podia ter uma filha como a Irene, tão lindinha, tão meiga, tão redondinha. E entre os que não entendiam estava o mesmo Zezinho, cuja patota, noutros tempos, batia bola na rua.
Muito amante da pesquisa, Zezinho foi devagarinho pro lado da Irene. Primeiro um cumprimento, na porta do cinema, depois um papinho rápido ao cruzar com ela na porta da sorveteria e foi-se chegando, se chegando epimba... desembarcou os comandos. Quando a Irene percebeu, estava babada por Zezinho. Se ele quisesse ela seria até o chiclete dele. Claro, o namoro foi sempre à revelia do Coronel Iolando, que não admitia nem a possibilidade de a filha olhar pro lado, quanto mais para o Zezinho, aquele vagabundo, cachorro, comunista. Sem paqueração não há repressão.
O pai não sabia de nada e a filha foi folgando, até que chegou um dia, ou melhor, chegou uma noite a Irene tinha saído para ir à casa da Margaridinha, de araque, naturalmente, e na volta, depois de ficar quase duas horas agarrada com Zezinho debaixo de uma jaqueira, na segunda transversal à direita, permitiu que o rapaz a acompanhasse até o portão. Coincidência desgraçada: o Coronel Iolando estava se preparando para sair e ir comandar um batalhão no combate à passeata de estudantes. Chegou à janela justamente na hora em que Irene e aquele safado chegavam ao portão. Tirou o trabuco do coldre e desceu a escada de quatro em quatro degraus, botando fumacinha pelas ventas arreganhadas. Pareciaum búfalo no inverno. Não deixou que o inimigo abrisse a boca. Berrou para Irene:
— Entre, sua sem-vergonha — e a mocinha escafedeu-se. Virou-separa o pobre do Zezinho, mais murcho que boca de velha, ali encolhidinho, e agarrou-o pelo cangote, suspendendo-o quase a um palmo do chão, e o rapaz ia até dizer "Coronel, o senhor tirou o chão de baixo de mim", pra ver se com a piadinha melhorava o ambiente, mas não teve tempo:
— Seu cretino — berrou Iolando — está vendo este revólver?(Zezinho estava). Pois eu lhe enfio o cano no olho e descarrego a arma dentro da sua cabeça, seu cafajeste. Está entendendo?(Zezinho estava). E vou lhe dizer uma coisa: está proibido de continuar morando neste bairro. Amanhã eu irei pessoalmente à sua casa para verificar se o senhor se mudou, está ouvindo?(Zezinho estava). Se o senhor não tiver, pelo menos, a cinquenta quilômetros longe desta área, eu passarei a enviar uma escolta diariamente à sua casa, para lhe dar uma surra. Agora suma-se, seu inseto.
O Coronel soltou Zezinho, que, sentindo-se em terra firme, tratou de se mandar o mais depressa possível. O Coronel, por sua vez, deu meia-volta, entrou em casa, vestiu o dólmã e avisou à filha que quando voltasse ia ter. O Coronel Iolando foi cercar os estudantes na passeata, houve aquela coisa toda que os senhores leram nos jornais e, quando retornou ao lar, encontrou a esposa muito apreensiva:
— Não precisa ficar com esse olhar de coelho acuado, sua molenga — avisou Iolando — Eu só vou dar uns tapas na sem-vergonha da nossa filha.
— Eu não estou apreensiva por isso não, Ioiô (ela chamava o Coronel de Ioiô), Eu estou com pena é de você.
— De mim??? — o Coronel estranhou.
— É que a Irene e o Zezinho saíram agora mesmo para casar na igreja do Bispo de Maura. Deixaram um abraço pra você.
Fonte: "Gol de Padre e Outras Crônicas" — Stanislaw Ponte Preta — Editora Ática.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Doenças transmitidas em salões de beleza
Muitas pessoas não se dão conta das doenças que podem ser transmitidas em salões de beleza. Caso não sejam observados cuidados relacionados à higiene, o risco de contrair doenças é grande.
Segundo a terapeuta capilar Sandra de Assis Maia, da clínica Alto Stima, o número de doenças causadas pelo uso compartilhado de objetos vêm crescendo a cada dia: "As pessoas estão sempre com horários corridos, e isso impede que elas percebam que ao usar objetos compartilhados nos salões de beleza podem estar adquirindo algumas doenças, principalmente quando falamos em objetos cortantes. A pessoa pode ser infectada por fungos, bactérias e até mesmo vírus ao cuidar dos cabelos no salão", afirma a terapeuta.
Mas calma, não se desespere. Também existem muitos mitos quando se fala sobre o uso de objetos compartilhados nos salões. Não é preciso deixar de frequentar o salão, mas é hora de ficar mais atenta. Veja o que é mito e o que é verdade:
Escova de cabelo pode transmitir doenças - Verdade. O compartilhamento desse objeto contaminado pode levar a uma infecção fúngica (micose) conhecida como pitiríase versicolor.
Retirar os fios de cabelos da escova é o bastante para que ela fique limpa - Mito. É recomendado que a limpeza seja feita por meio da lavagem com água e detergente, tanto nas escovas quanto nos pentes.
Água sanitária também pode ser usada na hora de higienizar escovas e pentes - Verdade. O uso de água sanitária também é indicado para retirar todas as impurezas dos objetos.
Escovas de metais não precisam ser higienizadas - Mito. Qualquer tipo de escova seja ela metálica, porcelana, plástica e almofadada deve ser higienizada corretamente, principalmente quando se fala em uso compartilhado.
Tesouras e lâminas de barbear podem transmitir hepatite - Verdade. O risco de transmissão da hepatite através de instrumentos compartilhados tais como lâminas de barbear e tesouras podem transmitir a doença. Principalmente homens que fazem a barba, esses devem checar atentamente sobre a higienização do material que será utilizado.
Pode se pegar piolhos somente se pentear os cabelos com pentes e escovas que não foram esterilizados - Mito. Este parasita são dificilmente visíveis e são transmitidos facilmente de pessoa para pessoa através do contato corpóreo e do compartilhamento de vestimentas (capas utilizadas na hora de cortar o cabelo) e objetos como: pentes, escovas e toucas. A infestação por piolhos causa coceira intensa e pode afetar qualquer área da pele, em especial o couro cabeludo.
Usar o mesmo lavabo sem higienizar pode transmitir alguma doença capilar - Mito. Doenças capilares só se pegam quando há contato direto com o couro cabeludo, no caso do lavabo a pessoa está mais propícia a ter uma doença de pele. Algumas pessoas vão de bermudas para o salão, com isso o contato da pele com cadeiras e lavabos pode ocasionar doenças de pele e não capilares. O correto é passar um pano com álcool para limpar toda a área.
Dermatite Seborreica pode ser contraída por meio de escovas de cabelos - Verdade. A dermatite seborreica pode ser contraída por meio de pentes e escovas. A doença é uma inflamação crônica da pele. Ela ataca o couro cabeludo sob a forma de lesões avermelhadas que descamam e coçam. Para tratar a doença existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo capazes de controlar os sintomas.
A Anvisa liberou o uso do formol somente nas escovas progressivas feitas pelos salões de beleza - Mito. A quantidade permitida pela Anvisa é de 0,2%, com a função de conservante. Todo cliente deve checar com o cabeleireiro qual a quantidade que será utilizada na hora do procedimento.
Escova progressiva pode causar câncer - Verdade. A inalação pode causar câncer no aparelho respiratório, dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. O contato com a pele (couro cabeludo) causa irritação, dor e queimaduras.
As máquinas de cortar cabelo tem algum risco de se contrair o vírus do HIV - Verdade. Os objetos cortantes ou perfurantes contaminados com sangue fresco visível podem ser um risco se cortarem ou perfurarem a pele - ou seja se a máquina foi utilizada num soropositivo e fez um corte ficando contaminada com sangue e logo a seguir for utilizada noutra pessoa e também fizer um corte acidental, existe um risco de exposição ao HIV nesta pessoa. Segundo Sandra, uma máquina de barbear ou cortar cabelo faz apenas uma ferida superficial na pele, o risco é menor, mas existe.
Fonte: Vila Mulher / Texto: Jessica Moraes
Segundo a terapeuta capilar Sandra de Assis Maia, da clínica Alto Stima, o número de doenças causadas pelo uso compartilhado de objetos vêm crescendo a cada dia: "As pessoas estão sempre com horários corridos, e isso impede que elas percebam que ao usar objetos compartilhados nos salões de beleza podem estar adquirindo algumas doenças, principalmente quando falamos em objetos cortantes. A pessoa pode ser infectada por fungos, bactérias e até mesmo vírus ao cuidar dos cabelos no salão", afirma a terapeuta.
Mas calma, não se desespere. Também existem muitos mitos quando se fala sobre o uso de objetos compartilhados nos salões. Não é preciso deixar de frequentar o salão, mas é hora de ficar mais atenta. Veja o que é mito e o que é verdade:
Escova de cabelo pode transmitir doenças - Verdade. O compartilhamento desse objeto contaminado pode levar a uma infecção fúngica (micose) conhecida como pitiríase versicolor.
Retirar os fios de cabelos da escova é o bastante para que ela fique limpa - Mito. É recomendado que a limpeza seja feita por meio da lavagem com água e detergente, tanto nas escovas quanto nos pentes.
Água sanitária também pode ser usada na hora de higienizar escovas e pentes - Verdade. O uso de água sanitária também é indicado para retirar todas as impurezas dos objetos.
Escovas de metais não precisam ser higienizadas - Mito. Qualquer tipo de escova seja ela metálica, porcelana, plástica e almofadada deve ser higienizada corretamente, principalmente quando se fala em uso compartilhado.
Tesouras e lâminas de barbear podem transmitir hepatite - Verdade. O risco de transmissão da hepatite através de instrumentos compartilhados tais como lâminas de barbear e tesouras podem transmitir a doença. Principalmente homens que fazem a barba, esses devem checar atentamente sobre a higienização do material que será utilizado.
Pode se pegar piolhos somente se pentear os cabelos com pentes e escovas que não foram esterilizados - Mito. Este parasita são dificilmente visíveis e são transmitidos facilmente de pessoa para pessoa através do contato corpóreo e do compartilhamento de vestimentas (capas utilizadas na hora de cortar o cabelo) e objetos como: pentes, escovas e toucas. A infestação por piolhos causa coceira intensa e pode afetar qualquer área da pele, em especial o couro cabeludo.
Usar o mesmo lavabo sem higienizar pode transmitir alguma doença capilar - Mito. Doenças capilares só se pegam quando há contato direto com o couro cabeludo, no caso do lavabo a pessoa está mais propícia a ter uma doença de pele. Algumas pessoas vão de bermudas para o salão, com isso o contato da pele com cadeiras e lavabos pode ocasionar doenças de pele e não capilares. O correto é passar um pano com álcool para limpar toda a área.
Dermatite Seborreica pode ser contraída por meio de escovas de cabelos - Verdade. A dermatite seborreica pode ser contraída por meio de pentes e escovas. A doença é uma inflamação crônica da pele. Ela ataca o couro cabeludo sob a forma de lesões avermelhadas que descamam e coçam. Para tratar a doença existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo capazes de controlar os sintomas.
A Anvisa liberou o uso do formol somente nas escovas progressivas feitas pelos salões de beleza - Mito. A quantidade permitida pela Anvisa é de 0,2%, com a função de conservante. Todo cliente deve checar com o cabeleireiro qual a quantidade que será utilizada na hora do procedimento.
Escova progressiva pode causar câncer - Verdade. A inalação pode causar câncer no aparelho respiratório, dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. O contato com a pele (couro cabeludo) causa irritação, dor e queimaduras.
As máquinas de cortar cabelo tem algum risco de se contrair o vírus do HIV - Verdade. Os objetos cortantes ou perfurantes contaminados com sangue fresco visível podem ser um risco se cortarem ou perfurarem a pele - ou seja se a máquina foi utilizada num soropositivo e fez um corte ficando contaminada com sangue e logo a seguir for utilizada noutra pessoa e também fizer um corte acidental, existe um risco de exposição ao HIV nesta pessoa. Segundo Sandra, uma máquina de barbear ou cortar cabelo faz apenas uma ferida superficial na pele, o risco é menor, mas existe.
Fonte: Vila Mulher / Texto: Jessica Moraes
A pneumonia e a velhice da população mundial
"A pneumonia ainda não ganhou o respeito que merece”. Essa é a frase que Orin Levine, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, tem na ponta da língua quando começa a falar da doença. Líder do esforço mundial por fundos para a pesquisa de vacinas, Levine lamenta que ainda persista a idéia de que se trata “apenas” de uma ameaça aos idosos. Segundo ele, isso ajudou a jogar a pneumonia para segundo plano. “A verdade é que muita gente não se dá conta de que esse é um problema de saúde global”, lamenta.
Em todo o planeta, a inflamação pulmonar é uma das principais causas de morte de milhões de idosos e crianças. “A população mundial está envelhecendo, o que certamente levará ao aumento explosivo de casos. Além disso, os agentes do mal estão ficando muito resistentes e isso torna o tratamento cada vez mais difícil”, explica Keith Klugman, professor de Saúde Global da Universidade Emory, também nos Estados Unidos.
Há quem diga que a pneumonia não é uma única doença, e sim várias. Os inúmeros agentes que ocasionam a inflamação dos pulmões, a dificuldade de descobrir qual deles levou ao mal e a crescente resistência aos antibióticos são hoje os grandes desafios da Medicina frente à encrenca. “Diagnosticar os sintomas é fácil. O difícil é saber qual microorganismo é o culpado”, justifica Levine. “Não há como coletar espécimes dos pulmões. Além disso, os testes feitos nas vias aéreas superiores e no sangue falham em quase metade dos episódios.”
Para Peter Appelbaum, especialista americano em resistência a antibióticos da Pennsylvania State University, a grande dificuldade é tratar a pneumonia bacteriana. “Além do pneumococo, uma série de outras bactérias pode causar a doença. Por isso, a terapia com antibióticos muitas vezes é empírica para ser capaz de cobrir uma grande variedade de organismos”, explica.
Veja como a pneumonia se desenvolve
Ataque impiedoso
A infecção ataca um ou ambos os pulmões, sobretudo quando o sistema de defesa foi debilitado por outra doença, como gripe, tuberculose, alcoolismo, fumo, diabete e males do coração
Abrigo nos alvéolos
Basta um espirro de alguém infectado para que o agente da doença — vírus, bactéria ou fungo solto no ar — chegue aos pulmões. Mas esses microorganismos também podem se alojar ali depois de pegar carona na corrente sangüínea. Uma vez nos pulmões, encontram abrigo nos alvéolos, pequenas estruturas em forma de saco onde acontecem as trocas gasosas.
Muco barra o ar
Eles se reproduzem rapidamente, causando uma infecção. Em resposta, o corpo produz pus e plasma, que se acumulam dentro dos alvéolos, prejudicando a troca de gases. Daí a dificuldade para respirar, que, nos casos graves, pode levar à internação.
As bactérias se espalham
As complicações mais comuns são o derrame pleural, que é o acúmulo de líquido entre as camadas da membrana que reveste os pulmões e a cavidade torácica. Outra encrenca é a bacteremia, quando as bactérias infestam a corrente sangüínea. Aí, podem provocar a morte.
E fique de olho nos sintomas:
- Calafrios
- Febre alta
- Suor intenso
- Dor no peito e dificuldade para respirar
- Falta de ar
- Tosse com ou sem catarro
- Fadiga, moleza, prostração
Fonte: Saúde / M de Mulher / Texto: Vanessa de Sá
Em todo o planeta, a inflamação pulmonar é uma das principais causas de morte de milhões de idosos e crianças. “A população mundial está envelhecendo, o que certamente levará ao aumento explosivo de casos. Além disso, os agentes do mal estão ficando muito resistentes e isso torna o tratamento cada vez mais difícil”, explica Keith Klugman, professor de Saúde Global da Universidade Emory, também nos Estados Unidos.
Há quem diga que a pneumonia não é uma única doença, e sim várias. Os inúmeros agentes que ocasionam a inflamação dos pulmões, a dificuldade de descobrir qual deles levou ao mal e a crescente resistência aos antibióticos são hoje os grandes desafios da Medicina frente à encrenca. “Diagnosticar os sintomas é fácil. O difícil é saber qual microorganismo é o culpado”, justifica Levine. “Não há como coletar espécimes dos pulmões. Além disso, os testes feitos nas vias aéreas superiores e no sangue falham em quase metade dos episódios.”
Para Peter Appelbaum, especialista americano em resistência a antibióticos da Pennsylvania State University, a grande dificuldade é tratar a pneumonia bacteriana. “Além do pneumococo, uma série de outras bactérias pode causar a doença. Por isso, a terapia com antibióticos muitas vezes é empírica para ser capaz de cobrir uma grande variedade de organismos”, explica.
Veja como a pneumonia se desenvolve
Ataque impiedoso
A infecção ataca um ou ambos os pulmões, sobretudo quando o sistema de defesa foi debilitado por outra doença, como gripe, tuberculose, alcoolismo, fumo, diabete e males do coração
Abrigo nos alvéolos
Basta um espirro de alguém infectado para que o agente da doença — vírus, bactéria ou fungo solto no ar — chegue aos pulmões. Mas esses microorganismos também podem se alojar ali depois de pegar carona na corrente sangüínea. Uma vez nos pulmões, encontram abrigo nos alvéolos, pequenas estruturas em forma de saco onde acontecem as trocas gasosas.
Muco barra o ar
Eles se reproduzem rapidamente, causando uma infecção. Em resposta, o corpo produz pus e plasma, que se acumulam dentro dos alvéolos, prejudicando a troca de gases. Daí a dificuldade para respirar, que, nos casos graves, pode levar à internação.
As bactérias se espalham
As complicações mais comuns são o derrame pleural, que é o acúmulo de líquido entre as camadas da membrana que reveste os pulmões e a cavidade torácica. Outra encrenca é a bacteremia, quando as bactérias infestam a corrente sangüínea. Aí, podem provocar a morte.
E fique de olho nos sintomas:
- Calafrios
- Febre alta
- Suor intenso
- Dor no peito e dificuldade para respirar
- Falta de ar
- Tosse com ou sem catarro
- Fadiga, moleza, prostração
Fonte: Saúde / M de Mulher / Texto: Vanessa de Sá
Pintas: nem todas são perigosas
Nem todas as pintas são perigosas, nem é necessário extraí-las, mas é preciso avaliá-las constantemente. Elas preocupam, mas não deixam de ser charmosas, dependendo do lugar em que apareçam. Mas, devido à relação com o câncer de pele, vale a pena conservar as pintas? Se ocorrer uma análise regular dos sinais, realizados pelo médico dermatologista, não existe problema em mantê-las.
Nem todas as pintas oferecem perigos. Pessoas que têm muitos sinais sofrem mais riscos de contrair tumores na pele, inclusive o melanona, que pode sofrer metástese. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, porém o melanoma representa apenas 4% desses tumores. O melanoma pode se desenvolver a partir de uma pinta perigosa, ou exposição exagerada ao sol. Já os tipos mais brandos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e espinocelular, não têm relação com pintas.
As associações médicas desenvolveram o padrão ABCDE para análise. A de assimetria, quando um lado difere muito do outro; B de bordas, em que os contornos são irregulares, há reentrâncias para dentro e para fora; C de cor, quando a coloração é irregular; D de diâmetro, em que acima de 6 milímetros o risco de melanoma aumenta; e E de evolução, as que possuem crescimento acelerado.
O exame é realizado em consultório, através do dermatoscópio, aparelho portátil com lentes que aumentam de 10 a 70 vezes o tamanho da pinta e que identifica sinais precoces de câncer de pele.
Mas o diagnóstico final só é dado após o exame no laboratório das células removidas da lesão. Se o câncer for detectado, o médico irá extrair a pinta e o tecido ao redor. A aplicação de quimioterapia e imunoterapia dependerá do estágio do tumor.
Fonte: Bem Star
Nem todas as pintas oferecem perigos. Pessoas que têm muitos sinais sofrem mais riscos de contrair tumores na pele, inclusive o melanona, que pode sofrer metástese. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, porém o melanoma representa apenas 4% desses tumores. O melanoma pode se desenvolver a partir de uma pinta perigosa, ou exposição exagerada ao sol. Já os tipos mais brandos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e espinocelular, não têm relação com pintas.
As associações médicas desenvolveram o padrão ABCDE para análise. A de assimetria, quando um lado difere muito do outro; B de bordas, em que os contornos são irregulares, há reentrâncias para dentro e para fora; C de cor, quando a coloração é irregular; D de diâmetro, em que acima de 6 milímetros o risco de melanoma aumenta; e E de evolução, as que possuem crescimento acelerado.
O exame é realizado em consultório, através do dermatoscópio, aparelho portátil com lentes que aumentam de 10 a 70 vezes o tamanho da pinta e que identifica sinais precoces de câncer de pele.
Mas o diagnóstico final só é dado após o exame no laboratório das células removidas da lesão. Se o câncer for detectado, o médico irá extrair a pinta e o tecido ao redor. A aplicação de quimioterapia e imunoterapia dependerá do estágio do tumor.
Fonte: Bem Star
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Perito vendedor de vaga em liquidação
De repente ficou sem emprego. Tinha nove anos de casa. O patrão era desses muito bonzinhos, que preferem indenizar e botar no olho da rua, baseado na Lei, enfim... essas bossas. O que eu sei é que ficou desempregado e me conta as virações em que tem se metido para arrumar, enquanto a situação estiver assim, mais pra urubu do que pra colibri.
— Com o dinheirinho da indenização, meu caro Stan... já quebrei galho às pampas. Ninguém tem erva viva, meu querido. Tá tudo with the face and the rage.
Ele fala muito bem inglês e, por isso, returning to the cold cow, gosta de traduzir para a língua de Robert Field as expressões do nosso idioma. Mas deixa isso pra lá e prossigamos com o raciocínio lá dele.
— Tá tudo duro, Stan... com o dinheirinho da indenização, vendi meu carro, por cinco milhões a prazo e, no dia seguinte, fui lá na agência onde vendera e comprei por três milhões à vista. Eles aceitaram logo.
— Mas como é possível! Em menos de 24h ficaram devendo a você dois milhões de cruzeiros, à-toa?
— Claro... É aí que the pork twist the tall. A bagunça é tão grande que ninguém se importa de dever. Todo mundo quer é segurar no dinheiro vivo para sentir no tato que ele ainda existe.
— Sim... mas vem cá... Não há de ser só com isso que você consegue se sustentar.
— Ora, claro que não. Stan, por favor, put the horse out of the rain... Há outras maneiras da gente ir se aguentando. Eu acabo de descobrir uma excelente colocação para mim.
— Emprego público?
— De certa forma sim, já que a colocação é na via pública. Eu sou “Perito Vendedor de Vaga”.
— ???
— Pois é. Chego à porta de uma loja, de madrugada, e fico parado em frente. Vai logo formando uma fila atrás de mim, pensando que no dia seguinte haverá “queima geral”, "grande liquidação”, essas besteiras que eles inventam para enganar a plebe ignara. Ai, quando chega de manhã e a loja vai abrir, eu grito: “Quem quer comprar a minha vaga?”. Aparece logo uma porção de gente querendo comprar. Outro dia, à porta do tal de “Ponto Frio” vendi a vaga por cem contos.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 01/04/1965 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.
— Com o dinheirinho da indenização, meu caro Stan... já quebrei galho às pampas. Ninguém tem erva viva, meu querido. Tá tudo with the face and the rage.
Ele fala muito bem inglês e, por isso, returning to the cold cow, gosta de traduzir para a língua de Robert Field as expressões do nosso idioma. Mas deixa isso pra lá e prossigamos com o raciocínio lá dele.
— Tá tudo duro, Stan... com o dinheirinho da indenização, vendi meu carro, por cinco milhões a prazo e, no dia seguinte, fui lá na agência onde vendera e comprei por três milhões à vista. Eles aceitaram logo.
— Mas como é possível! Em menos de 24h ficaram devendo a você dois milhões de cruzeiros, à-toa?
— Claro... É aí que the pork twist the tall. A bagunça é tão grande que ninguém se importa de dever. Todo mundo quer é segurar no dinheiro vivo para sentir no tato que ele ainda existe.
— Sim... mas vem cá... Não há de ser só com isso que você consegue se sustentar.
— Ora, claro que não. Stan, por favor, put the horse out of the rain... Há outras maneiras da gente ir se aguentando. Eu acabo de descobrir uma excelente colocação para mim.
— Emprego público?
— De certa forma sim, já que a colocação é na via pública. Eu sou “Perito Vendedor de Vaga”.
— ???
— Pois é. Chego à porta de uma loja, de madrugada, e fico parado em frente. Vai logo formando uma fila atrás de mim, pensando que no dia seguinte haverá “queima geral”, "grande liquidação”, essas besteiras que eles inventam para enganar a plebe ignara. Ai, quando chega de manhã e a loja vai abrir, eu grito: “Quem quer comprar a minha vaga?”. Aparece logo uma porção de gente querendo comprar. Outro dia, à porta do tal de “Ponto Frio” vendi a vaga por cem contos.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 01/04/1965 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.
As bichinhas pescando
Duas bichinhas resolveram pescar às margens do rio. Quando a noite chegou, resolveram dormir por lá mesmo. A bichinha prevenida tinha levado um saco de dormir que tinha comprado exclusivamente para o camping, a outra bichinha levou uma barraca. Começaram as provocações:
— Bom, eu que sou uma mulher inteligente! Vou apreciar a luz das estrelas e ficar aqui fora mesmo... às margens do rio.
— Euzinha que não sou uma bichinha burra. Vou dormir aqui no aconchego de minha barraquinha. Boa noite!
— Boa noite, Mona!
A bichinha dormia às margens do rio até que um imenso jacaré, literalmente a comeu.
Quando o sol nasceu, a outra bichinha saiu feliz e falante de dentro da barraca.
— Bom dia flores, bom dia sol, bom dia natureza, bom dia peixinhos... peixinhos?
Nessa hora ela viu nadando pelo rio o imenso jacaré, só com a cabeça da bicha pra fora da boca. Então gritou:
— Bicha, Bicha... tô passada! Esse seu saco de dormir da Lacoste é um escândalo!
Uma bichinha comprou um fusquinha. Ficou toda serelepe, mandou pintar o fusca de rosa e trocar a buzina. Ao invés de fazer Biiiip Biiiip a buzina agora fazia wuuuwuuuu. Logo ela foi chamar a Karlinha (outra bichinha) para passear de fusca. A cada bofe que passava elas buzinavam: wuuuuuwuuuuuu!.
As bichas no céu
Quatro bichas morreram num acidente de carro. Quando chegaram no céu, já começou o preconceito. São Pedro falou:
— Vamos lá façam uma fila. Bicha 1, Bicha 2, Bicha 3 e Bicha 4.
Depois de formada a fila, com as bichas na devida ordem, São Pedro começou a perguntar os pecados das bichas:
— Bicha 1, qual e o seu pecado?
— Eu coloquei a mão no pênis de um homem
— Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada. Bicha 2, qual e o seu pecado?
— Eu coloquei as duas mãos no pênis de um homem
— Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada.
De repente, as outras duas bichas começaram a brigar:
— Quem vai na frente sou eu, não, sou eu quem vou, não, quem vai sou eu! e por aí vai.
São Pedro falou:
— Parem de brigar, o que esta havendo Bicha 4, por que você quer passar a frente?
Ai a Bicha 4 responde:
— Eu não vou gargarejar de jeito nenhum a água que ela vai lavar a bunda...
Fontes: Sacizento - O Melhor blog de humor; www.piadasnet.com.
— Bom, eu que sou uma mulher inteligente! Vou apreciar a luz das estrelas e ficar aqui fora mesmo... às margens do rio.
— Euzinha que não sou uma bichinha burra. Vou dormir aqui no aconchego de minha barraquinha. Boa noite!
— Boa noite, Mona!
A bichinha dormia às margens do rio até que um imenso jacaré, literalmente a comeu.
Quando o sol nasceu, a outra bichinha saiu feliz e falante de dentro da barraca.
— Bom dia flores, bom dia sol, bom dia natureza, bom dia peixinhos... peixinhos?
Nessa hora ela viu nadando pelo rio o imenso jacaré, só com a cabeça da bicha pra fora da boca. Então gritou:
— Bicha, Bicha... tô passada! Esse seu saco de dormir da Lacoste é um escândalo!
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Uma bichinha comprou um fusquinha. Ficou toda serelepe, mandou pintar o fusca de rosa e trocar a buzina. Ao invés de fazer Biiiip Biiiip a buzina agora fazia wuuuwuuuu. Logo ela foi chamar a Karlinha (outra bichinha) para passear de fusca. A cada bofe que passava elas buzinavam: wuuuuuwuuuuuu!.
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As bichas no céu
Quatro bichas morreram num acidente de carro. Quando chegaram no céu, já começou o preconceito. São Pedro falou:
— Vamos lá façam uma fila. Bicha 1, Bicha 2, Bicha 3 e Bicha 4.
Depois de formada a fila, com as bichas na devida ordem, São Pedro começou a perguntar os pecados das bichas:
— Bicha 1, qual e o seu pecado?
— Eu coloquei a mão no pênis de um homem
— Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada. Bicha 2, qual e o seu pecado?
— Eu coloquei as duas mãos no pênis de um homem
— Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada.
De repente, as outras duas bichas começaram a brigar:
— Quem vai na frente sou eu, não, sou eu quem vou, não, quem vai sou eu! e por aí vai.
São Pedro falou:
— Parem de brigar, o que esta havendo Bicha 4, por que você quer passar a frente?
Ai a Bicha 4 responde:
— Eu não vou gargarejar de jeito nenhum a água que ela vai lavar a bunda...
Fontes: Sacizento - O Melhor blog de humor; www.piadasnet.com.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Água em garrafa plástica pode provocar enxaqueca
A reportagem à seguir, tem seu valor, sua "solidez científica", no entanto, sempre preferi beber água, um suco, ou mesmo um refrigerante em um recipiente de vidro já manufaturado há cerca de dois mil anos e bem seguro (até a coca-cola numa garrafinha de vidro é mais saborosa!). Mas vamos lá:
Beber água em garrafas ou copos de plástico pode ser um hábito responsável por fortes dores de cabeça, diz um novo estudo da University of Kansas. Com informações do site do jornal britânico Daily Mail. A pesquisa indica que o composto químico Bisfenol (BPA), presente em embalagens sintéticas, pode desencadear enxaquecas – que atingem um em cada sete adultos no Reino Unido.
Em pesquisas anteriores, o plástico já foi relacionado com outros problemas de saúde como obesidade, infertilidade e ataques cardíacos. Os especialistas alertam às pessoas que sofrem deste mal evitarem outras fontes do composto, como tampas de plástico para micro-ondas e coolers. Eles analisaram o comportamento de ratos. Metade deles foi exposta ao composto químico uma vez a cada três dias. Entre estes, ficou notável um comportamento menos ativo. Além disso, evitaram barulho e luz muito forte, além de se assustarem facilmente.
A enxaqueca também tem sido associada às mudanças nos níveis do hormônio sexual feminino. As conclusões mostram que muitos dos comportamentos evidenciados pelos ratos podem ser replicados pelos humanos. “Estes resultados sugerem que o BPA tem a capacidade de amplificar sintomas que diagnosticam a doença em pacientes humanos”, diz o relatório. Cerca de 5 milhões de britânicos sofrem de enxaqueca, sendo que as mulheres são três vezes mais propensas a ter o problema.
O besfenol é comumente encontrado em vários tipos de produtos e vários lugares ao redor do mundo, incluindo alguns estados europeus, o Canadá e a China, já o baniram da composição de mamadeiras.
Fonte: Terra
Beber água em garrafas ou copos de plástico pode ser um hábito responsável por fortes dores de cabeça, diz um novo estudo da University of Kansas. Com informações do site do jornal britânico Daily Mail. A pesquisa indica que o composto químico Bisfenol (BPA), presente em embalagens sintéticas, pode desencadear enxaquecas – que atingem um em cada sete adultos no Reino Unido.
Em pesquisas anteriores, o plástico já foi relacionado com outros problemas de saúde como obesidade, infertilidade e ataques cardíacos. Os especialistas alertam às pessoas que sofrem deste mal evitarem outras fontes do composto, como tampas de plástico para micro-ondas e coolers. Eles analisaram o comportamento de ratos. Metade deles foi exposta ao composto químico uma vez a cada três dias. Entre estes, ficou notável um comportamento menos ativo. Além disso, evitaram barulho e luz muito forte, além de se assustarem facilmente.
A enxaqueca também tem sido associada às mudanças nos níveis do hormônio sexual feminino. As conclusões mostram que muitos dos comportamentos evidenciados pelos ratos podem ser replicados pelos humanos. “Estes resultados sugerem que o BPA tem a capacidade de amplificar sintomas que diagnosticam a doença em pacientes humanos”, diz o relatório. Cerca de 5 milhões de britânicos sofrem de enxaqueca, sendo que as mulheres são três vezes mais propensas a ter o problema.
O besfenol é comumente encontrado em vários tipos de produtos e vários lugares ao redor do mundo, incluindo alguns estados europeus, o Canadá e a China, já o baniram da composição de mamadeiras.
Fonte: Terra
Paracetamol e seus riscos
Os medicamentos à base de paracetamol estão entre os mais vendidos no Brasil e no mundo e são indicados para o tratamento de febre e dores leves ou moderadas, especialmente com fraca ação anti-inflamatória. Apesar disso, alguns estudos têm colocado em cheque a segurança desse tipo de medicação.
Um recente levantamento feito pela organização ProPublica, dos Estados Unidos, mostrou que, entre os anos de 2001 e 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano devido a intoxicações após o consumo de paracetamol. De acordo com o farmacêutico e professor da Universidade Federal do Piauí, Dr. Lívio César C. Nunes, tal relação pode realmente existir, mas algumas ressalvas devem ser feitas.
"O acetaminophen, como é conhecido o paracetamol nos EUA, é um dos fármacos mais utilizados no país, segundo o órgão regulador local. O uso indiscriminado de medicamentos oferece perigos à saúde do homem, mesmo com um medicamento como o paracetamol, que não é potencialmente tóxico, desde que seja usado sob as dosagens terapêuticas indicadas e tendo-se todo o cuidado com as interações medicamentosas", afirma Dr. Lívio Nunes.
Atualmente, várias são as indicações do paracetamol para adultos, entre elas dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas e dores associadas a artrites e cólicas menstruais. Para o professor, uma associação entre baixo custo e eficácia é o principal fator que aumenta a procura pelo remédio.
"O medicamento tem início de efeito cerca de 15 a 30 minutos mais rápido do que o seu principal concorrente no Brasil, além de ser seguro em doses terapêuticas, possuir baixo custo e ser de venda livre, o que facilita o acesso. Nos EUA, até pouco tempo atrás, ele era o único antipirético e analgésico indicado, o que provocou falsa sensação de segurança", completa Dr. Lívio Nunes.
Riscos do paracetamol
A hepatotoxicidade é o principal risco do uso do paracetamol, especialmente em situações de maior suscetibilidade, como o consumo de álcool, idade, etnia e interações medicamentosas com outros fármacos nocivos ao fígado. No entanto, mesmo na presença desses fatores, o perigo é raro, desde que a administração medicamentosa seja feita em doses terapêuticas.
"A toxicidade pode resultar da ingestão de uma única dose tóxica, de ingestão repetida de grandes doses e de ingestão crônica da droga. A necrose do fígado é o efeito tóxico agudo mais grave associado à superdosagem e é potencialmente fatal. Ela se manifesta por náuseas, vômitos e dor abdominal, geralmente ocorrendo 2 a 3 horas após a ingestão de doses tóxicas. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. O diabético também deve estar atento, pois algumas apresentações comerciais contêm sacarose", alerta o professor.
O paracetamol também deve ser evitado em outras condições, como hipersensibilidade ao medicamento ou aos outros componentes da fórmula. Além disso, a administração repetida é contraindicada em pacientes com anemia, doença cardíaca, pulmonar, renal ou hepática.
"A possibilidade de ocorrência de toxicidade hepática é um dado importante em pacientes pediátricos que recebem doses múltiplas e excessivas de paracetamol. A dose pediátrica deve sempre ser calculada segundo o peso corporal, não se excedendo a dose máxima permitida. Os idosos são mais susceptíveis aos efeitos tóxicos no fígado. Atenção também às apresentações, pois os comprimidos revestidos (500 e 750mg) são contraindicados para menores de 12 anos", destaca Dr. Lívio Nunes.
Regulamentação
O Conselho Federal de Farmácia, por meio da resolução nº 586, de 29 de agosto de 2013, regulamentou a prescrição farmacêutica de medicamentos, pois não só o paracetamol, mas inúmeras outras drogas isentas de prescrição necessitam ser bem orientadas quanto ao seu uso. Por isso, é importante lembrar que existem medicamentos isentos de prescrição, mas que estes não estão isentos de diagnóstico preciso da enfermidade para a qual eles serão usados.
"Um medicamento, mesmo isento de prescrição, pode levar a problemas, como a intoxicação medicamentosa, podendo assim representar graves perigos à saúde se usado incorretamente. Uma solução a longo prazo seria a implantação de uma política de educação voltada para a população na atenção básica, através da inserção do profissional farmacêutico junto ao programa da estratégia da família, no qual ele poderia levar a informação diretamente a toda a população, promovendo o uso racional de medicamentos", finaliza o especialista.
Fonte: Idmed / Texto: Dr. Lívio César Cunha Nunes
Um recente levantamento feito pela organização ProPublica, dos Estados Unidos, mostrou que, entre os anos de 2001 e 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano devido a intoxicações após o consumo de paracetamol. De acordo com o farmacêutico e professor da Universidade Federal do Piauí, Dr. Lívio César C. Nunes, tal relação pode realmente existir, mas algumas ressalvas devem ser feitas.
"O acetaminophen, como é conhecido o paracetamol nos EUA, é um dos fármacos mais utilizados no país, segundo o órgão regulador local. O uso indiscriminado de medicamentos oferece perigos à saúde do homem, mesmo com um medicamento como o paracetamol, que não é potencialmente tóxico, desde que seja usado sob as dosagens terapêuticas indicadas e tendo-se todo o cuidado com as interações medicamentosas", afirma Dr. Lívio Nunes.
Atualmente, várias são as indicações do paracetamol para adultos, entre elas dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas e dores associadas a artrites e cólicas menstruais. Para o professor, uma associação entre baixo custo e eficácia é o principal fator que aumenta a procura pelo remédio.
"O medicamento tem início de efeito cerca de 15 a 30 minutos mais rápido do que o seu principal concorrente no Brasil, além de ser seguro em doses terapêuticas, possuir baixo custo e ser de venda livre, o que facilita o acesso. Nos EUA, até pouco tempo atrás, ele era o único antipirético e analgésico indicado, o que provocou falsa sensação de segurança", completa Dr. Lívio Nunes.
Riscos do paracetamol
A hepatotoxicidade é o principal risco do uso do paracetamol, especialmente em situações de maior suscetibilidade, como o consumo de álcool, idade, etnia e interações medicamentosas com outros fármacos nocivos ao fígado. No entanto, mesmo na presença desses fatores, o perigo é raro, desde que a administração medicamentosa seja feita em doses terapêuticas.
"A toxicidade pode resultar da ingestão de uma única dose tóxica, de ingestão repetida de grandes doses e de ingestão crônica da droga. A necrose do fígado é o efeito tóxico agudo mais grave associado à superdosagem e é potencialmente fatal. Ela se manifesta por náuseas, vômitos e dor abdominal, geralmente ocorrendo 2 a 3 horas após a ingestão de doses tóxicas. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. O diabético também deve estar atento, pois algumas apresentações comerciais contêm sacarose", alerta o professor.
O paracetamol também deve ser evitado em outras condições, como hipersensibilidade ao medicamento ou aos outros componentes da fórmula. Além disso, a administração repetida é contraindicada em pacientes com anemia, doença cardíaca, pulmonar, renal ou hepática.
"A possibilidade de ocorrência de toxicidade hepática é um dado importante em pacientes pediátricos que recebem doses múltiplas e excessivas de paracetamol. A dose pediátrica deve sempre ser calculada segundo o peso corporal, não se excedendo a dose máxima permitida. Os idosos são mais susceptíveis aos efeitos tóxicos no fígado. Atenção também às apresentações, pois os comprimidos revestidos (500 e 750mg) são contraindicados para menores de 12 anos", destaca Dr. Lívio Nunes.
Regulamentação
O Conselho Federal de Farmácia, por meio da resolução nº 586, de 29 de agosto de 2013, regulamentou a prescrição farmacêutica de medicamentos, pois não só o paracetamol, mas inúmeras outras drogas isentas de prescrição necessitam ser bem orientadas quanto ao seu uso. Por isso, é importante lembrar que existem medicamentos isentos de prescrição, mas que estes não estão isentos de diagnóstico preciso da enfermidade para a qual eles serão usados.
"Um medicamento, mesmo isento de prescrição, pode levar a problemas, como a intoxicação medicamentosa, podendo assim representar graves perigos à saúde se usado incorretamente. Uma solução a longo prazo seria a implantação de uma política de educação voltada para a população na atenção básica, através da inserção do profissional farmacêutico junto ao programa da estratégia da família, no qual ele poderia levar a informação diretamente a toda a população, promovendo o uso racional de medicamentos", finaliza o especialista.
Fonte: Idmed / Texto: Dr. Lívio César Cunha Nunes
O humor de Jaguar - I
"Como o personagem de Max (do qual tomou emprestado o título de a personalidade), o Capitão é cheio de truques. Vai apresentar cada sábado uma história completa do Capitão propriamente dito, sujeito anti-social e agressivo que vocês vão adorar. E mais: fotos com legendas que merecem concursos, humor internacional e entrevistas com os profissionais da falta de seriedade (estamos nos referindo aos humoristas, não aos políticos). Entrevistas. O público gosta de entrevistadores mais ainda porque assim não precisam dar duro para ganhar dinheiro.
Enfim, uma revistinha de humor que se divertir muitos e irritar a não poucos (como os editoriais de certo vespertino) terá atingido plenamente sua finalidade." (Última Hora, 22/06/1963).
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 1 e 14 - Editorial e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 22/06/1963 e 14/9/1963.
O dente mais caro do mundo
Aqui no Brasil tem cada médico, que eu vou te contar: para cobrar uma conta eles são melhores do que o Pepe para cobrar uma penalidade. Tem médico pela aí que, para ajeitar um bocadinho o nariz mal lançado de uma senhora vaidosa, apresenta uma conta cujo total dava até para comprar um porto particular para a Hanna.
Mas nem todo médico é assim. Em Madri, por exemplo, dois médicos deram uma bela lição de desprendimento, quando um atendeu o outro sem querer cobrar nada. Deu-se no consultório do Dr. Fernandez Rico, que além de esculápio é dentista. O distinto recebeu a visita do coleguinha lá dele, Dr. Samuel Vaillamon, que estava com um dente doendo que só saudade de mulher amada. O Dr. Rico extraiu o dente do Dr. Samuel e não quis cobrar nada.
O paciente estranhou e achou que o outro merecia, nesse caso, um presente. Livre do molar que o amolava (desculpem), o Dr. Samuel mostrou-se muito jovial e disse para o Dr. Rico:
— Tenho aqui um bilhete da Loteria Nacional. Fique com ele.
Como nenhum dos dois acreditava em azar, por isso, o presenteado guardou o bilhete e não se falou mais nisso. Ou melhor, não se falou mais nisso até o Dia de Reis, quando correu a Loteria Nacional da Espanha e o bilhete do Dr. Rico (presente do Dr. Samuel) saiu premiado com 20 milhões de pesetas, cerca de 335 mil dólares.
Vocês façam o obséquio de fazer a conversão monetária, que eu não sei para quanto baixou hoje o cruzeiro, mas — desde já — podem estar certos de que foi a extração de molar mais cara do mundo, barrando qualquer médico brasileiro de endireitar nariz. Tanto que o Dr. Rico está mais rico do que nunca e o Dr. Samuel Vaillamon, apesar de já ter extraído o dente há quase duas semanas, continua de boca aberta até agora.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 14/01/1965 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta.
sábado, 30 de novembro de 2013
Vem aí a esperada “Cachaçabrás”
Depois que um deputado mineiro propôs que os parlamentares trabalhassem só de noite e de graça, depois que um deputado campineiro propôs a Lei Seca, depois que um deputado carioca propôs o aportuguesamento dos menus, depois que se apresentou o projeto importantíssimo de regulamentado do jogo de bingo, vem mais um deputado — desta vez o Sr. Luís Correia — com um projeto de lei que, em síntese, cria a “Cachaçabrás”. Trata-se de proposição que regulamenta a distribuição de bebida alcoólica e institui o monopólio do pileque, ou antes, da distribuição do pileque. Aqui estão alguns artigos propostos pelo ilustre parlamentar:
Art. 1. ° — Fica instituído o monopólio estadual da distribuição de bebidas alcoólicas, com exclusão apenas da cerveja. (Portanto, caríssimo, como o Estado é honesto, vamos ter uísque escocês legítimo feito aqui, e não o uísque falsificado sujeito à desonestidade das destilarias particulares).
Art. 2. ° — O Governo do Estado organizará um sistema de armazéns para distribuição de bebida. (Isto é que é incentivar o porte, companheiros. Em vez dos tradicionais armazéns de secos & molhados, armazéns só de molhados pra turma molhar o bico).
Art. 3. ° — Fica proibida a venda de bebidas alcoólicas em copo, antes das 12 horas. (Se isto tem a intenção de refrear o ímpeto dos levantadores de copo que costumam enfiar o pé no jacã desde cedo, essa intenção está gorada, pois, se antes do melodia não se serve bebida em copo, a plebe ignara vai castigar pelo gargalo. Isto não tem nem conversa).
Art. 4. ° — A receita líquida proveniente deste monopólio, a ser calculada a base de 25% sobre o movimento bruto, será entregue a Secretaria de Assistência Social e destinará à velhice desamparada”. (Levando-se em conta de que quem vende bebida não tem renda bruta, pois a renda é sempre líquida, chegamos à conclusão de que a velhice desamparada vai enriquecer com o pileque dos outros, razão pela qual desde já propomos um “slogan” para ajudar a publicidade da cachaça estadual: Encha a sua caveira para salvar a caveira alheia).
Fonte: Jornal "Última Hora", de 14/05/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta.
Art. 1. ° — Fica instituído o monopólio estadual da distribuição de bebidas alcoólicas, com exclusão apenas da cerveja. (Portanto, caríssimo, como o Estado é honesto, vamos ter uísque escocês legítimo feito aqui, e não o uísque falsificado sujeito à desonestidade das destilarias particulares).
Art. 2. ° — O Governo do Estado organizará um sistema de armazéns para distribuição de bebida. (Isto é que é incentivar o porte, companheiros. Em vez dos tradicionais armazéns de secos & molhados, armazéns só de molhados pra turma molhar o bico).
Art. 3. ° — Fica proibida a venda de bebidas alcoólicas em copo, antes das 12 horas. (Se isto tem a intenção de refrear o ímpeto dos levantadores de copo que costumam enfiar o pé no jacã desde cedo, essa intenção está gorada, pois, se antes do melodia não se serve bebida em copo, a plebe ignara vai castigar pelo gargalo. Isto não tem nem conversa).
Art. 4. ° — A receita líquida proveniente deste monopólio, a ser calculada a base de 25% sobre o movimento bruto, será entregue a Secretaria de Assistência Social e destinará à velhice desamparada”. (Levando-se em conta de que quem vende bebida não tem renda bruta, pois a renda é sempre líquida, chegamos à conclusão de que a velhice desamparada vai enriquecer com o pileque dos outros, razão pela qual desde já propomos um “slogan” para ajudar a publicidade da cachaça estadual: Encha a sua caveira para salvar a caveira alheia).
Fonte: Jornal "Última Hora", de 14/05/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Intestino preguiçoso e a batata yacon
Muitas mulheres reclamam de intestino preguiçoso. Algumas receitas caseiras, no entanto, podem ajudar a soltá-lo. Se você já tentou incluir na alimentação ameixa seca, mamão, linhaça e mesmo assim não conseguiu soltar o intestino, aposte em três receitas saborosas que levam um ingrediente diferente e eficiente: a batata yacon.
A batata yacon traz muitos benefícios à saúde: controla a diabetes, ajuda o intestino a funcionar e garante o bom humor. A nutricionista da Clínica Super Healthy, Paola Moreira, deu a dica de três receitas fáceis com o tubérculo.
Receita contra intestino preguiçoso: salada de frutas com batata yacon
Ingredientes
1 batata yacon;
8 unidades de uva rubi
1 mexerica
1 banana
1 pera
1 colher (café) canela em pó
1 colher (sopa) quinoa em flocos
Modo de preparo
Corte a batata e as frutas em pedaços pequenos. Na hora de comer, acrescente uma colher de canela e a quinoa em flocos.
Suco laxante de melão com yacon
Ingredientes
2 xícaras (chá) melão orange picado
1 batata yacon média
2 colheres (sobremesa) folha hortelã
1 xícara de água de coco
Modo de preparo
Bata tudo no liquidificador com pedrinha de gelo. Beba sem seguida.
Receita caseira contra intestino preso: salada com batata yacon
Ingredientes
400 g de batata yacon
1 pé de de alface cortada
2 pepinos japoneses
1 pé de agrião
12 tomates cereja;
10 azeitonas pretas sem caroço
Modo de preparo
Lave bem todos os ingredientes. Descasque e corte batata yacon e o pepino. Separe as folhas da alface e do agrião e reserve. Utilize algumas gotas de molho shoyo para temperar.
Fonte: Bolsa de Mulher / Texto: Marina Lopes
A batata yacon traz muitos benefícios à saúde: controla a diabetes, ajuda o intestino a funcionar e garante o bom humor. A nutricionista da Clínica Super Healthy, Paola Moreira, deu a dica de três receitas fáceis com o tubérculo.
Receita contra intestino preguiçoso: salada de frutas com batata yacon
Ingredientes
1 batata yacon;
8 unidades de uva rubi
1 mexerica
1 banana
1 pera
1 colher (café) canela em pó
1 colher (sopa) quinoa em flocos
Modo de preparo
Corte a batata e as frutas em pedaços pequenos. Na hora de comer, acrescente uma colher de canela e a quinoa em flocos.
Suco laxante de melão com yacon
Ingredientes
2 xícaras (chá) melão orange picado
1 batata yacon média
2 colheres (sobremesa) folha hortelã
1 xícara de água de coco
Modo de preparo
Bata tudo no liquidificador com pedrinha de gelo. Beba sem seguida.
Receita caseira contra intestino preso: salada com batata yacon
Ingredientes
400 g de batata yacon
1 pé de de alface cortada
2 pepinos japoneses
1 pé de agrião
12 tomates cereja;
10 azeitonas pretas sem caroço
Modo de preparo
Lave bem todos os ingredientes. Descasque e corte batata yacon e o pepino. Separe as folhas da alface e do agrião e reserve. Utilize algumas gotas de molho shoyo para temperar.
Fonte: Bolsa de Mulher / Texto: Marina Lopes
Bebidas vegetais substituem o leite?
Bebidas produzidas à base de soja, arroz ou aveia podem ser chamadas de "leite"? Qual é a semelhança entre elas e o leite tradicional? Elas podem substituir o leite de vaca? Quem tem intolerância à lactose tem aí uma solução para seus problemas?
Muitas dúvidas costumam cercar as bebidas vegetais, nome que alguns nutricionistas preferem utilizar para evitar a palavra "leite". Isso porque o que une os dois alimentos nas prateleiras dos supermercados é basicamente a semelhança física.
O leite tradicional tem origem animal, enquanto as outras versões são extratos de grãos, cereais ou oleaginosas, esclarece Daniela Boulos, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Há, portanto, muitas diferenças e uma das mais comentadas é ausência da lactose, um açúcar presente no leite que depende de uma enzima produzida no intestino delgado para ser digerida.
Assim, quem sofre com intolerância à lactose pode consumir essas bebidas no café da manhã e em outras ocasiões em que o leite normalmente estaria presente. No entanto, em termos nutricionais, será preciso trazer outros alimentos à mesa e até recorrer ao uso de fórmulas ou suplementos vitamínicos, dependendo do caso, para chegar a uma equivalência.
Oferta de cálcio e proteínas
De acordo com a nutricionista Raquel Bráz Assunção Botelho, o leite de vaca é naturalmente rico em cálcio, elemento que, geralmente, precisa ser adicionado às bebidas vegetais. "Além disso, o tipo de cálcio acrescentado pode não ser de tão boa absorção quanto o do leite tradicional", esclarece a especialista, que também é professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UBN), no Distrito Federal.
Sempre ressaltando que cada caso deve ser avaliado por um profissional, a nutricionista Silvia Andréa Guimarães, do Hospital Santa Isabel, que integra o complexo da Santa Casa de São Paulo, afirma que aqueles com restrição ao alimento devem incluir na dieta ingredientes como gergelim e folhas verdes escuras, como a couve, que são fontes do nutriente essencial para a saúde dos ossos.
Substituição
As bebidas vegetais também não substituem o leite do ponto de vista nutricional porque o tipo e a quantidade de proteínas são diferentes, acrescenta Botelho. Por isso, elas são recomendadas para quem tem alergia à proteína do leite de vaca (APLV), um distúrbio de origem genética, mas que também pode ser desenvolvido ao longo da vida.
Lembrando a importância do leite para o desenvolvimento adequado de crianças e adolescentes, Boulos afirma que, nesses casos, uma alternativa é ingerir fórmulas infantis especiais à base de proteínas extensamente hidrolisadas. "Nesse processo, a proteína é fragmentada e tem menor chance de causar a reação alérgica", diz. As fórmulas especiais compostas de aminoácidos livres – também disponíveis no mercado – são opções nesses casos.
Versatilidade de uso
Embora os alimentos não sejam comparáveis, os leites vegetais podem sim "quebrar um galho" na cozinha daqueles que não podem ou não querem ingerir o alimento de origem animal, como é o caso dos vegetarianos estritos.
O lado bom é que eles oferecem vitaminas e minerais, incluindo potássio, selênio, cobre, zinco, manganês, magnésio e ferro, como afirma a nutricionista do Sírio-Libanês, e ainda são livres de gordura saturada e colesterol, segundo Botelho.
A professora do Departamento de Nutrição da UNB garante que é possível preparar molho branco e até bolos. "Muitas vezes, é preciso diminuir um pouco a quantidade de farinha de trigo ou de amido de milho, pois as bebidas vegetais têm mais amido", detalha.
No laboratório da universidade, onde foram testadas algumas receitas, também já foram preparados leites vegetais condensados e até brigadeiro. "Não ficam iguais, mas tem sabor agradável", conta. Guimarães também sugere utilizá-los no preparo de vitaminas com frutas, em sopas, purês e panquecas.
Com exceção daqueles que têm alergia aos ingredientes utilizados e dos celíacos, que não podem consumir o leite de aveia em função do glúten, as bebidas vegetais podem ser ingeridas sem contraindicações pelos adultos. Já as crianças podem fazer uso delas a partir dos dois anos de idade. "Antes dessa fase, recomenda-se o aleitamento materno – exclusivo até sexto mês de vida e prolongado até os dois anos de idade, com alimentação complementar", fala Boulos.
Fonte: Uol / Texto: Marina Kuzuyabu
Muitas dúvidas costumam cercar as bebidas vegetais, nome que alguns nutricionistas preferem utilizar para evitar a palavra "leite". Isso porque o que une os dois alimentos nas prateleiras dos supermercados é basicamente a semelhança física.
O leite tradicional tem origem animal, enquanto as outras versões são extratos de grãos, cereais ou oleaginosas, esclarece Daniela Boulos, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Há, portanto, muitas diferenças e uma das mais comentadas é ausência da lactose, um açúcar presente no leite que depende de uma enzima produzida no intestino delgado para ser digerida.
Assim, quem sofre com intolerância à lactose pode consumir essas bebidas no café da manhã e em outras ocasiões em que o leite normalmente estaria presente. No entanto, em termos nutricionais, será preciso trazer outros alimentos à mesa e até recorrer ao uso de fórmulas ou suplementos vitamínicos, dependendo do caso, para chegar a uma equivalência.
Oferta de cálcio e proteínas
De acordo com a nutricionista Raquel Bráz Assunção Botelho, o leite de vaca é naturalmente rico em cálcio, elemento que, geralmente, precisa ser adicionado às bebidas vegetais. "Além disso, o tipo de cálcio acrescentado pode não ser de tão boa absorção quanto o do leite tradicional", esclarece a especialista, que também é professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UBN), no Distrito Federal.
Sempre ressaltando que cada caso deve ser avaliado por um profissional, a nutricionista Silvia Andréa Guimarães, do Hospital Santa Isabel, que integra o complexo da Santa Casa de São Paulo, afirma que aqueles com restrição ao alimento devem incluir na dieta ingredientes como gergelim e folhas verdes escuras, como a couve, que são fontes do nutriente essencial para a saúde dos ossos.
Substituição
As bebidas vegetais também não substituem o leite do ponto de vista nutricional porque o tipo e a quantidade de proteínas são diferentes, acrescenta Botelho. Por isso, elas são recomendadas para quem tem alergia à proteína do leite de vaca (APLV), um distúrbio de origem genética, mas que também pode ser desenvolvido ao longo da vida.
Lembrando a importância do leite para o desenvolvimento adequado de crianças e adolescentes, Boulos afirma que, nesses casos, uma alternativa é ingerir fórmulas infantis especiais à base de proteínas extensamente hidrolisadas. "Nesse processo, a proteína é fragmentada e tem menor chance de causar a reação alérgica", diz. As fórmulas especiais compostas de aminoácidos livres – também disponíveis no mercado – são opções nesses casos.
Versatilidade de uso
Embora os alimentos não sejam comparáveis, os leites vegetais podem sim "quebrar um galho" na cozinha daqueles que não podem ou não querem ingerir o alimento de origem animal, como é o caso dos vegetarianos estritos.
O lado bom é que eles oferecem vitaminas e minerais, incluindo potássio, selênio, cobre, zinco, manganês, magnésio e ferro, como afirma a nutricionista do Sírio-Libanês, e ainda são livres de gordura saturada e colesterol, segundo Botelho.
A professora do Departamento de Nutrição da UNB garante que é possível preparar molho branco e até bolos. "Muitas vezes, é preciso diminuir um pouco a quantidade de farinha de trigo ou de amido de milho, pois as bebidas vegetais têm mais amido", detalha.
No laboratório da universidade, onde foram testadas algumas receitas, também já foram preparados leites vegetais condensados e até brigadeiro. "Não ficam iguais, mas tem sabor agradável", conta. Guimarães também sugere utilizá-los no preparo de vitaminas com frutas, em sopas, purês e panquecas.
Com exceção daqueles que têm alergia aos ingredientes utilizados e dos celíacos, que não podem consumir o leite de aveia em função do glúten, as bebidas vegetais podem ser ingeridas sem contraindicações pelos adultos. Já as crianças podem fazer uso delas a partir dos dois anos de idade. "Antes dessa fase, recomenda-se o aleitamento materno – exclusivo até sexto mês de vida e prolongado até os dois anos de idade, com alimentação complementar", fala Boulos.
Fonte: Uol / Texto: Marina Kuzuyabu
terça-feira, 26 de novembro de 2013
A interpretação dos caracteres japoneses
A interpretação dos intrincados caracteres japoneses (Kanji) transformou-se numa verdadeira epidemia, entre as tropas norte-americanas, durante a ocupação. O joguinho recebeu o nome de "nipponoodles" e, ao que consta, foi inventado por um certo coronel, de nome Bryant W. Line.
Segundo um relatório oficial, milhares de homens-horas foram perdidas em gigantescos concursos entre os aficionados. Apresentamos algumas amostras, acompanhadas do real significado Kanji.
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 14 - Artigo e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 28/9/1963.
Por causa de uma salsicha
Sonhou a noite inteira. Pesadelos tremendos, pesadelo com dragão, caída em abismos profundos, estas bossas. Bem que a mulher avisou que não devia comer salsicha no jantar. Se havia duas coisas que não combinavam era salsicha e seu estômago.
Quando comia salsicha no almoço, sentia que a distinta passava o dia inteiro no estômago, agora vocês façam uma ideia do que acontecia quando comia e ia dormir. Os pesadelos vinham um atrás do outro. Acordava suado, a tremer de medo. Era obrigado a levantar-se várias vezes durante a noite, tomar antiácidos.
Desta vez a salsicha levou-o a um estranho sonho. Talvez ande muito preocupado com a revolução, não sei. O fato é que, depois de uma das muitas vezes em que se levantou agitado, tornou a deitar e dormiu para sonhar que não havia mais emprego civil no país. Eram todos militares: os chefes de serviço nas repartições, os presidentes de autarquia, os ocupantes de cargos públicos.
Mas isto era o de menos: em seu pesadelo percebia que todos eram militares: a orquestra da boate era uma banda militar, o porteiro do restaurante era um general, o homem do elevador era um capitão e assim por diante.
De repente, mesmo dormindo, deu uma gargalhada. A mulher sacudiu-o para acordar, pensando que ele tinha ficado maluco. Acordou e contou o estranho sonho à mulher:
— Todo mundo era militar — explicou ele, ainda estremunhado.
— Mas você riu de que? — quis saber a mulher.
— É que no sonho, eu passei em frente a uma boate e tinha um cartaz na porta escrito: “Hoje sensacional “strip-tease”, com o Major Pereira”.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 23/04/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.
Quando comia salsicha no almoço, sentia que a distinta passava o dia inteiro no estômago, agora vocês façam uma ideia do que acontecia quando comia e ia dormir. Os pesadelos vinham um atrás do outro. Acordava suado, a tremer de medo. Era obrigado a levantar-se várias vezes durante a noite, tomar antiácidos.
Desta vez a salsicha levou-o a um estranho sonho. Talvez ande muito preocupado com a revolução, não sei. O fato é que, depois de uma das muitas vezes em que se levantou agitado, tornou a deitar e dormiu para sonhar que não havia mais emprego civil no país. Eram todos militares: os chefes de serviço nas repartições, os presidentes de autarquia, os ocupantes de cargos públicos.
Mas isto era o de menos: em seu pesadelo percebia que todos eram militares: a orquestra da boate era uma banda militar, o porteiro do restaurante era um general, o homem do elevador era um capitão e assim por diante.
De repente, mesmo dormindo, deu uma gargalhada. A mulher sacudiu-o para acordar, pensando que ele tinha ficado maluco. Acordou e contou o estranho sonho à mulher:
— Todo mundo era militar — explicou ele, ainda estremunhado.
— Mas você riu de que? — quis saber a mulher.
— É que no sonho, eu passei em frente a uma boate e tinha um cartaz na porta escrito: “Hoje sensacional “strip-tease”, com o Major Pereira”.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 23/04/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.
sábado, 23 de novembro de 2013
Cientistas tentarão clonar pela 2ª vez animal extinto
Corpo empalhado de Celia na entrada do Parque Nacional de Ordesa - Foto: BBCBrasil.com |
Grupo espanhol de cientistas tentará clonar um bucardo, tipo de cabra da montanha (Capra pyrenaica pyrenaica), espécie considerada extinta desde 2000. 0 grupo conseguiu financiamento para verificar se o animal extinto pode ser clonado a partir de células preservadas. O último bucardo morreu em 2000, mas células do animal foram congeladas em nitrogênio líquido.
Em 2003, um filhote da espécie chegou a ser gerado a partir de clonagem, mas morreu minutos após o nascimento. Esse foi o primeiro caso de "desextinção", no qual uma espécie ou subespécie perdida foi ressuscitada. Agora, os cientistas querem testar a viabilidade de usar novamente as células preservadas da última fêmea de bucardo após 14 anos para mais uma tentativa de desextinção.
Segundo os pesquisadores do Centro para Pesquisas e Tecnologia Alimentar de Aragón, em Zaragoza, o primeiro passo agora é verificar se as células da última fêmea, batizada de Celia, ainda estão vivas após 14 anos de congelamento. A partir daí, eles poderiam tentar clonar embriões e implantá-los em cabras de outras subespécies.
"Nesse processo, um ou mais clones fêmeas de bucardo podem ser obtidos. Se esse for o caso, a viabilidade de um plano para a recuperação do bucardo poderá ser discutido", disse à BBC Alberto Fernandez-Arias, um dos coordenadores da pesquisa.
Células preservadas
O bucardo é uma subespécie com características físicas e genéticas distintas às de outras cabras montanhosas que habitam a Península Ibérica. Ela estava perfeitamente adaptada à vida em seu habitat e era capaz de sobreviver ao frio extremo e à neve do inverno nos Pirineus.
Porém sua população vinha declinando por anos por várias razões, incluindo a caça. Em abril de 1999, pesquisadores capturaram o último animal, Celia. Eles realizaram biópsias da pele e congelaram o tecido em nitrogênio líquido, à temperatura de -196ºC.
No ano seguinte, Celia foi morta por uma árvore que caiu no Parque Nacional de Ordesa, no noroeste da Espanha.
Mas os pesquisadores conseguiram injetar o núcleo das células preservadas de Celia em óvulos de cabras cujos DNAs haviam sido retirados.
Eles então implantaram os óvulos em outras fêmeas, híbridas entre cabras montanhosas ibéricas e cabras domésticas. De 57 óvulos implantados, sete geraram gestações, das quais apenas uma foi até o final.
O filhote de bucardo nasceu em 2003 - a primeira desextinção da história. Mas o clone de Celia morreu poucos minutos depois, por causa de um defeito em um dos pulmões.
Mesmo se o novo esforço conseguir produzir clones saudáveis, um eventual plano futuro para recuperar o bucardo enfrentaria inúmeras dificuldades, especialmente pelo fato de que as únicas células preservadas são de uma única fêmea.
Uma possível saída para trazer os bucardos de volta à vida seria cruzar uma clone fêmea saudável com uma subespécie próxima, para então promover cruzamentos seletivos entre os descendentes para fortalecer os traços típicos do bucardo.
Outras possibilidades também poderiam ser exploradas. Por exemplo, pesquisadores já foram capazes de reverter o sexo de embriões de camundongos fêmeas ao introduzir um gene específico que os fez se desenvolver como machos. Com isso, poderiam gerar clones de diferentes sexos, permitindo a reprodução natural posterior.
Fonte: G1.
Espuma fervilhante de champanhe
Todos nós temos na vida / Um caso... / Uma loura... / Você, você também tem. / Uma loura é um frasco de perfume / Que evapora... / É o aroma.../ De uma pétala de flor. / Espuma fervilhante de champanhe / Numa taça muito branca de cristal / É um sonho... / Um poema... (Uma loura - samba-canção, 1951 - Hervé Cordovil - Intérprete: Dick Farney)
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
De como Mirinho quebrou o galho
O abominável primo Altamirando tinha um encontro marcado com uma pioneira social aí, dessas que prevaricam com certa regularidade. O ignóbil parente conhecera a distinta dama do nosso “society” noutro dia, quando o marido estava em São Paulo, fazendo um negócio imobiliário. Com aquela conversa que lhe é peculiar, Mirinho trouxe a dama para o seu plantel e vinha vivendo um romance legalzinho com ela.
Toda noite faziam programa juntos. Ora era uma dançadinha num dos inferninhos da Zona Sul, ora era um jantar mais caprichado nesses botecos de nome francês, ora era um discreto cineminha. Depois Mirinho ia com ela pra casa dela, que a dama reside só com seu distraído marido que, além de distraído, estava em São Paulo.
Não é pra me gambá não — como diz Ibrahim — mas o primo estava levando um vidão; não somente porque a dona é boa às pampas, como também vinha financiando os programas. Ora: mulher sem despesa é o ideal de Mirinho Durante esses dias aí da crise, ele passou numa tranquilidade invejável.
Mas, eis que, ontem, o marido voltou. Mirinho telefonou na hora do almoço, para ver se pegava a gordura de graça, mas a dona falou baixinho ao telefone, com ar de conspiradora:
— Depois eu te falo, bem. Ele voltou — e desligou o aparelho.
A tarde, Mirinho tornou a ligar:
— Escuta, queridinha, eu te apanho aí às 7 e vamos jantar juntinhos, tá?
— Mas querido — ponderou ela — Eu não posso. Meu marido voltou.
— Ali isto não tem importância — garantiu o primo. — Ele vai dormir fora de casa.
A mulher deve ter arregalado os olhos do lado de lá da linha, porque perguntou, visivelmente intrigada:
— Como é que você sabe que ele vai dormir fora de casa?
— Nada não. É que eu telefonei para um cara meu cumpincha, que trabalha na Polícia, e disse pra ele que teu marido é comunista.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 10/04/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.
Toda noite faziam programa juntos. Ora era uma dançadinha num dos inferninhos da Zona Sul, ora era um jantar mais caprichado nesses botecos de nome francês, ora era um discreto cineminha. Depois Mirinho ia com ela pra casa dela, que a dama reside só com seu distraído marido que, além de distraído, estava em São Paulo.
Não é pra me gambá não — como diz Ibrahim — mas o primo estava levando um vidão; não somente porque a dona é boa às pampas, como também vinha financiando os programas. Ora: mulher sem despesa é o ideal de Mirinho Durante esses dias aí da crise, ele passou numa tranquilidade invejável.
Mas, eis que, ontem, o marido voltou. Mirinho telefonou na hora do almoço, para ver se pegava a gordura de graça, mas a dona falou baixinho ao telefone, com ar de conspiradora:
— Depois eu te falo, bem. Ele voltou — e desligou o aparelho.
A tarde, Mirinho tornou a ligar:
— Escuta, queridinha, eu te apanho aí às 7 e vamos jantar juntinhos, tá?
— Mas querido — ponderou ela — Eu não posso. Meu marido voltou.
— Ali isto não tem importância — garantiu o primo. — Ele vai dormir fora de casa.
A mulher deve ter arregalado os olhos do lado de lá da linha, porque perguntou, visivelmente intrigada:
— Como é que você sabe que ele vai dormir fora de casa?
— Nada não. É que eu telefonei para um cara meu cumpincha, que trabalha na Polícia, e disse pra ele que teu marido é comunista.
Fonte: Jornal "Última Hora", de 10/04/1964 — Coluna de Stanislaw Ponte Preta / Desenho: Jaguar.
O Coelho e Tartaruga
Era uma vez um coelho que encontrou uma tartaruga. E disse:
— "Contam que você é o bicho mais mole do mundo e eu o mais veloz. Vamos apostar uma corrida?"
E ela disse com um arzinho de falsa modéstia:
— "Vamos. Eu corro pouco, mas..."
E ele:
— "Dez léguas. Eu fico parado. Durmo meia hora. Saio. Saio. Paro três vezes e ainda chego na sua frente".
E ela, agora crente e com raiva:
— "Veremos. Eu já ganhei uma corrida assim. Está em La Fontaine".
E assim foi feito. O macaco de juiz. O coelho chegou, e como combinado, dormiu. A tartaruga veio. O macaco deu a partida. A tartaruga saiu, andou meia hora. O coelho acordou. Correu. Passou pela tartaruga e quando chegou ela ainda não tinha andado dez metros.
MORAL: Devagar se vai ao longe, mas custa ou a História (de La Fontaine) não se repete.
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 7 - Fábula e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 10/8/1963.
— "Contam que você é o bicho mais mole do mundo e eu o mais veloz. Vamos apostar uma corrida?"
E ela disse com um arzinho de falsa modéstia:
— "Vamos. Eu corro pouco, mas..."
E ele:
— "Dez léguas. Eu fico parado. Durmo meia hora. Saio. Saio. Paro três vezes e ainda chego na sua frente".
E ela, agora crente e com raiva:
— "Veremos. Eu já ganhei uma corrida assim. Está em La Fontaine".
E assim foi feito. O macaco de juiz. O coelho chegou, e como combinado, dormiu. A tartaruga veio. O macaco deu a partida. A tartaruga saiu, andou meia hora. O coelho acordou. Correu. Passou pela tartaruga e quando chegou ela ainda não tinha andado dez metros.
MORAL: Devagar se vai ao longe, mas custa ou a História (de La Fontaine) não se repete.
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 7 - Fábula e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 10/8/1963.
A Fábula do Menino e o Jacaré
Era um Menino que morava numa aldeia. A aldeia tinha um lago com um Jacaré muito feroz. Todos os dias o Menino ia passear no lago. E sua mãe dizia: “Menino, cuidado. Não chegue muito perto do lago que o Jacaré te pega”. Mas o Menino ia.
Uma sexta-feira toda a aldeia se assustou com gritos: “Ai, socorro que estão me matando. Ai, socorro que estão me matando”. Os moradores armaram-se de todas as bombas (atômicas, de hidrogênio e plutônio) que estavam a mão e correram para o lago para que o Jacaré não matasse o Menino.
E quando chegaram ao lago não encontraram o Jacaré. E o Menino apontando para eles e suas bombas ria, ria, a bandeiras despregadas. Depois de dizerem que essas coisas não se faziam os moradores da aldeia voltaram para a aldeia.
Quando, no dia seguinte, foram acordados por gritos: “Ai, socorro que estão me matando. Ai, socorro que estão me matando”. E eles pegaram todas as bombas que estavam à mão e correram para o lago e não deixar que o Jacaré pegasse o Menino. Lá chegando os moradores da aldeia não encontraram o Jacaré do lago, mas o Menino ria, ria, a bandeiras despregadas.
Por isso, quando no domingo os gritos “Ai, socorro que estão me matando. Ai, socorro que estão me matando”, invadiram a aldeia, os moradores riram, riram, a bandeiras despregadas e disseram: “Desta vez ele não nos pega. E assim o Menino pode comer o Jacaré, sossegadamente, apesar dos horríveis gritos que soltava o pobre animalzinho.
MORAL: Deixa os outros confiarem em ti, antes de comeres o Jacaré.
Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº XXXV - Fábula e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 29/2/1964.
Causas do inchaço nas pernas
Quando as pernas incham é sinal de que algo não está bem. A causa pode ser simples e inofensiva - como o verão, que faz com que o rim não dê conta de eliminar o líquido que consumimos em excesso - mas também pode sinalizar algo muito grave, como a trombose, doença que pode causar danos irreparáveis e exige que a pessoa vá ao pronto-socorro imediatamente.
Segundo Paulo Camiz, clínico geral e geriatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, o inchaço acontece por conta de um desequilíbrio da quantidade de sangue que desce para a perna com aquele sangue que volta.
“Se a pessoa toma algum remédio que abre muito a circulação, como os vasodilatadores, por exemplo, desce mais sangue para a perna do que sobe, então a tendência é inchar”, explica.
“O plasma do sangue acaba extravasando os vasos sanguíneos e causa o inchaço”. Segundo ele, exercícios físicos e movimentação das pernas são ótimas táticas para evitar o inchaço e também ajudar a desinchar.
Conheça algumas causas do inchaço nas pernas:
Varizes – Elas são uma das causas do inchaço nos membros inferiores. “São veias que estão incompetentes, que não permitem que o sangue retorne da perna. A pessoa vai acumular líquidos, porque o sangue não está voltando adequadamente”, explica Camiz, que também é geriatra.
Viagens longas – Sejam elas feitas de ônibus ou avião: ficar com as pernas paradas durante muito tempo faz com que elas inchem. “Para o sangue descer até o pé, todo santo ajuda, mas para que ele volte é preciso movimentar as pernas. É a musculatura da panturrilha que vai massagear as veias para fazer o sangue circular, é como se a panturrilha fosse o ‘coração’ da perna”, explica Camiz.
Segundo ele, nada no corpo foi feito para ficar parado. “Quando fica parado, coagula. Se a pessoa fica com a perna parada, o sangue fica parado e coagulado lá. Quando se solta, faz o caminho por dentro dos vasos até o pulmão, e se esse coágulo for muito grande, pode causar um problema respiratório grave e levar até à morte. Esse é o principal medo de quem viaja de avião”, explica.
Trombose – Inchaço nas pernas também pode ser indicativo de trombose. “A queixa é de uma hora para outra, que houve um inchaço e dor na perna que apareceu rápido. O ideal é ir para o pronto-socorro fazer um exame, pois pode ser que seja um coágulo”, explica o especialista do Hospital das Clínicas.
Doenças cardíacas, como a insuficiência – Camiz explica que, se o coração não bombeia o sangue de forma adequada, ele vai acumular. “É como se o sangue ficasse represado, então incha o corpo de uma forma geral. Aparece mais nas pernas apenas por uma questão gravitacional”.
Mau funcionamento da tireoide – O hipotireoidismo, quando a tireoide não funciona bem, causa inchaço no corpo todo, mais visivelmente nas pernas. “Mas esse inchaço não é exatamente por extravazamento de líquido, mas por depósito de uma proteína na região do subcutâneo. É um inchaço duro, diferente daquele que fica com a marca da meia no final do dia”, explica o clínico geral.
Anticoncepcionais – Segundo Camiz, anticoncepcionais a base de estrógeno costumam causar um pouco de inchaço, mas ele não é grande e é generalizado, sendo visualizado mais nas pernas por conta do efeito da gravidade.
Verão – Segundo o clínico geral, o tempo quente propicia o inchaço das pernas por dois motivos. “Normalmente as pessoas tomam muita água, até mais do que o necessário, então acumula-se líquido no corpo. Em segundo lugar, o calor faz com que as artérias que levam o sangue para a periferia fiquem mais cheias de sangue”, diz ele, acrescentando que movimentar as pernas ajuda a desinchar. “As pessoas ficam mais indispostas por conta do calor, então mexem menos a perna também”, explica.
Fonte: iG São Paulo / Texto: Elioenai Paes
Segundo Paulo Camiz, clínico geral e geriatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, o inchaço acontece por conta de um desequilíbrio da quantidade de sangue que desce para a perna com aquele sangue que volta.
“Se a pessoa toma algum remédio que abre muito a circulação, como os vasodilatadores, por exemplo, desce mais sangue para a perna do que sobe, então a tendência é inchar”, explica.
“O plasma do sangue acaba extravasando os vasos sanguíneos e causa o inchaço”. Segundo ele, exercícios físicos e movimentação das pernas são ótimas táticas para evitar o inchaço e também ajudar a desinchar.
Conheça algumas causas do inchaço nas pernas:
Varizes – Elas são uma das causas do inchaço nos membros inferiores. “São veias que estão incompetentes, que não permitem que o sangue retorne da perna. A pessoa vai acumular líquidos, porque o sangue não está voltando adequadamente”, explica Camiz, que também é geriatra.
Viagens longas – Sejam elas feitas de ônibus ou avião: ficar com as pernas paradas durante muito tempo faz com que elas inchem. “Para o sangue descer até o pé, todo santo ajuda, mas para que ele volte é preciso movimentar as pernas. É a musculatura da panturrilha que vai massagear as veias para fazer o sangue circular, é como se a panturrilha fosse o ‘coração’ da perna”, explica Camiz.
Segundo ele, nada no corpo foi feito para ficar parado. “Quando fica parado, coagula. Se a pessoa fica com a perna parada, o sangue fica parado e coagulado lá. Quando se solta, faz o caminho por dentro dos vasos até o pulmão, e se esse coágulo for muito grande, pode causar um problema respiratório grave e levar até à morte. Esse é o principal medo de quem viaja de avião”, explica.
Trombose – Inchaço nas pernas também pode ser indicativo de trombose. “A queixa é de uma hora para outra, que houve um inchaço e dor na perna que apareceu rápido. O ideal é ir para o pronto-socorro fazer um exame, pois pode ser que seja um coágulo”, explica o especialista do Hospital das Clínicas.
Doenças cardíacas, como a insuficiência – Camiz explica que, se o coração não bombeia o sangue de forma adequada, ele vai acumular. “É como se o sangue ficasse represado, então incha o corpo de uma forma geral. Aparece mais nas pernas apenas por uma questão gravitacional”.
Mau funcionamento da tireoide – O hipotireoidismo, quando a tireoide não funciona bem, causa inchaço no corpo todo, mais visivelmente nas pernas. “Mas esse inchaço não é exatamente por extravazamento de líquido, mas por depósito de uma proteína na região do subcutâneo. É um inchaço duro, diferente daquele que fica com a marca da meia no final do dia”, explica o clínico geral.
Anticoncepcionais – Segundo Camiz, anticoncepcionais a base de estrógeno costumam causar um pouco de inchaço, mas ele não é grande e é generalizado, sendo visualizado mais nas pernas por conta do efeito da gravidade.
Verão – Segundo o clínico geral, o tempo quente propicia o inchaço das pernas por dois motivos. “Normalmente as pessoas tomam muita água, até mais do que o necessário, então acumula-se líquido no corpo. Em segundo lugar, o calor faz com que as artérias que levam o sangue para a periferia fiquem mais cheias de sangue”, diz ele, acrescentando que movimentar as pernas ajuda a desinchar. “As pessoas ficam mais indispostas por conta do calor, então mexem menos a perna também”, explica.
Fonte: iG São Paulo / Texto: Elioenai Paes
Refrigerantes e os rins
"Apenas dois refrigerantes por dia são suficientes para trazer danos aos rins", dizem pesquisadores. Um estudo mostrou como o tipo de açúcar usado nestas bebidas aparentemente aumenta os níveis de sal no sangue. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Um segundo estudo mostrou também que este tipo de bebida faz com que os rins lutem muito para se livrar do excesso de proteína no corpo.
Uma das característica da falha nos rins é chamada de proteinúria – o aumento da excreção de proteína na urina. Ela foi encontrada nas pessoas que tomam refrigerantes duas vezes ao dia, de acordo com pesquisadores da Osaka University.
Mais de 8 mil empregados da universidade participaram do experimento. Um terço deles não tomaram bebidas gasosas; outro terço tomou uma por dia e um terceiro grupo tomou duas por dia.
Em um espaço de apenas três dias, 10,7% do terceiro grupo desenvolveram a proteinúria, e 8,9% do segundo grupo também mostrou efeitos similares. O primeiro grupo mostrou sinais em apenas 8,4% das pessoas testadas.
A frutose é utilizada para adocicar estas bebidas e pesquisadores da Case Western Reserve University, em Cleveland, perceberam que ela aumenta a sensibilidade dos rins à angiotensina, proteína que regula o equilíbrio do sal.
Isso significa que o sal é reabsorvido nos rins, o que pode conduzir doenças como diabetes, obesidade, insuficiência renal e hipertensão.
Ambos os estudos foram apresentados na American Society of Nephrology Kidney Week, em Atlanta, na última semana.
Fonte: Terra
Um segundo estudo mostrou também que este tipo de bebida faz com que os rins lutem muito para se livrar do excesso de proteína no corpo.
Uma das característica da falha nos rins é chamada de proteinúria – o aumento da excreção de proteína na urina. Ela foi encontrada nas pessoas que tomam refrigerantes duas vezes ao dia, de acordo com pesquisadores da Osaka University.
Mais de 8 mil empregados da universidade participaram do experimento. Um terço deles não tomaram bebidas gasosas; outro terço tomou uma por dia e um terceiro grupo tomou duas por dia.
Em um espaço de apenas três dias, 10,7% do terceiro grupo desenvolveram a proteinúria, e 8,9% do segundo grupo também mostrou efeitos similares. O primeiro grupo mostrou sinais em apenas 8,4% das pessoas testadas.
A frutose é utilizada para adocicar estas bebidas e pesquisadores da Case Western Reserve University, em Cleveland, perceberam que ela aumenta a sensibilidade dos rins à angiotensina, proteína que regula o equilíbrio do sal.
Isso significa que o sal é reabsorvido nos rins, o que pode conduzir doenças como diabetes, obesidade, insuficiência renal e hipertensão.
Ambos os estudos foram apresentados na American Society of Nephrology Kidney Week, em Atlanta, na última semana.
Fonte: Terra
Diabetes: o que não comer?
O cardápio da pessoa que tem diabetes não precisa ser tão restrito como se imagina, embora seja importante saber o que não consumir no dia a dia. Isso porque para pessoas com a doença, a ingestão exagerada de alguns alimentos pode ser um perigo.
Se você é diabético ou tem algum conhecido ou parente com o problema, a dica é passar longe dos doces. Talvez a tentação de muita gente. Na prateleira de casa não devem entrar açúcar refinado, doces, xaropes, glicose, geleias, melado, sorvetes, bolos, biscoitos recheados, chocolates, refrigerantes e leite condensado.
Preste bastante atenção nas pegadinhas. Os produtos diet são aqueles que têm exclusão de algum nutriente específico, como o açúcar. Mas nem todos os produtos diet apresentam quantidade significativa na redução de calorias.
Outro ingrediente que confunde é o mel, que faz tão mal quanto açúcar para os diabéticos. Portanto, doce, só se for dietético e sempre feito com adoçante (aquele específico para preparo de receitas culinárias).
Outro grupo de alimentos que merece desprezo dos diabéticos são as gorduras hidrogenadas e os processados e industrializados. São eles: a manteiga, óleo vegetal hidrogenado, enlatados e conservas, arroz comum, bolos prontos, frituras em geral, creme de leite, queijos amarelos, leite e iogurte integral, entre outros. Algumas frutas também enganam, como tâmara, figo, que devem ser evitadas.
E afinal, o que os diabéticos podem comer?
As verduras, os legumes e os cereais, ricos em fibras são os grandes aliados dos diabéticos e podem ser consumidos à vontade. Segundo especialistas, as fibras, principalmente do tipo solúvel, promovem a redução da absorção de glicose pelo sangue.
No time dos aliados dos diabéticos estão ainda os peixes ricos em gorduras do tipo ômega (como o salmão, a sardinha, o atum, a cavalinha e o brasileiríssimo pintado). Entre os óleos mais indicados estão os de canola e de linhaça, que auxiliam na prevenção do desenvolvimento da resistência à insulina. Além disso, beneficiam o funcionamento do sistema cardiovascular e do cérebro.
Vale frisar que a dieta alimentar deve ser observada criteriosamente e sempre por especialistas que ajudem a elaborar o cardápio adequado para seu caso. A atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose.
Fonte: Mais Equilíbrio / Texto: Natália Farah
Se você é diabético ou tem algum conhecido ou parente com o problema, a dica é passar longe dos doces. Talvez a tentação de muita gente. Na prateleira de casa não devem entrar açúcar refinado, doces, xaropes, glicose, geleias, melado, sorvetes, bolos, biscoitos recheados, chocolates, refrigerantes e leite condensado.
Preste bastante atenção nas pegadinhas. Os produtos diet são aqueles que têm exclusão de algum nutriente específico, como o açúcar. Mas nem todos os produtos diet apresentam quantidade significativa na redução de calorias.
Outro ingrediente que confunde é o mel, que faz tão mal quanto açúcar para os diabéticos. Portanto, doce, só se for dietético e sempre feito com adoçante (aquele específico para preparo de receitas culinárias).
Outro grupo de alimentos que merece desprezo dos diabéticos são as gorduras hidrogenadas e os processados e industrializados. São eles: a manteiga, óleo vegetal hidrogenado, enlatados e conservas, arroz comum, bolos prontos, frituras em geral, creme de leite, queijos amarelos, leite e iogurte integral, entre outros. Algumas frutas também enganam, como tâmara, figo, que devem ser evitadas.
E afinal, o que os diabéticos podem comer?
As verduras, os legumes e os cereais, ricos em fibras são os grandes aliados dos diabéticos e podem ser consumidos à vontade. Segundo especialistas, as fibras, principalmente do tipo solúvel, promovem a redução da absorção de glicose pelo sangue.
No time dos aliados dos diabéticos estão ainda os peixes ricos em gorduras do tipo ômega (como o salmão, a sardinha, o atum, a cavalinha e o brasileiríssimo pintado). Entre os óleos mais indicados estão os de canola e de linhaça, que auxiliam na prevenção do desenvolvimento da resistência à insulina. Além disso, beneficiam o funcionamento do sistema cardiovascular e do cérebro.
Vale frisar que a dieta alimentar deve ser observada criteriosamente e sempre por especialistas que ajudem a elaborar o cardápio adequado para seu caso. A atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose.
Fonte: Mais Equilíbrio / Texto: Natália Farah
Ao morrer sorrindo
"Morreu, acabou-se" — ledo engano. Morreu, começa o problema, porque já não há mais lugar onde enterrar o falecido. "Vocês desculpem tratar de um assunto tão funesto, mas é que, de uns tempos para cá, não o sentimos, tão macabro assim, graças a um amigo que é agente funerário.
Foi ele quem, acostumado ao trato das cerimônias fúnebres, acabou nos convencendo de que, tirante a família do morto, ninguém tem nada a perder quando um cidadão abotoa o paletó pela última vez. Pelo contrário, ser agente funerário é um alto negócio.
Tudo começou na praia, em Santos. Estávamos na companhia desse amigo, esquentando ao sol, quando apareceu um cadáver boiando sobre as ondas. O pessoal foi todo pra beira do mar espiar e ele, de repente, disse como quem fala para si mesmo: "Tomara que a corrente não leve para São Vicente."
Estranhamos aquele desejo e ele então explicou que existiam duas agências funerárias em Santos: a dele e a de um rival. Como a clientela não visse com bons olhos a concorrência entre os dois, nem fosse hábito familiar abrir concorrência para enterrar ninguém, tinham resolvido dividir a cidade em dois campos:
— Quem morre do lado de lá é dele, quem morre do lado de cá é meu — esclareceu.
Aquele freguês, que boiava nas ondas, se viesse a dar à praia ali, era dele. Mas se a corrente o levasse para São Vicente, perdia o negócio, pois a jurisdição era do rival. Daí o seu desejo de que as ondas trouxessem logo para a areia aquele que boiava lá fora da arrebentação.
Olhava para o cadáver sem placidez nem ganância, como um quitandeiro olha as verduras, um pianista, o piano ou um joalheiro, as jóias. Era o seu negócio que boiava ali perto. Esse agente funerário de Santos, nosso amigo, homem jovial e excelente companheiro em qualquer circunstância, alguns anos depois chegava ao ápice da carreira, quando o Governo do Estado nomeou-o para dirigir o SFC (Serviço Fúnebre da Capital), autarquia que se responsabiliza pelos enterros em São Paulo.
Estava aqui o distinto caçando na selva paulista, amoitado num bar, esperando a caça passar, quando o antigo agente funerário nos encontrou. Explicou sua condição de diretor autárquico, explicou que lá em São Paulo não é como no Rio, onde os serviços funerários pertencem, sem concorrência, à Santa Casa, explicou mais uma porção de coisas e, depois, convidou a gente para fazer uma visita ao SFC. Como a caça não passasse, aceitamos o convite e visitamos fartamente o dito serviço.
Ele se mostrou excelente cicerone, levando a visita às diversas salas, demonstrando por que o caixão de peroba é melhor do que o caixão de pinho e mostrando os melhoramentos introduzidos, tais como caixão de terceira forradinho de capitonê, travesseiro com recheio de capim cheiroso, para caixões de primeira etc. etc. Isto sem contar com os truques que sua experiência lhe ensinara. Por exemplo: quando morre um político eminente, o número de puxa-sacos que quer ajudar a levar o caixão é enorme e, neste caso, em vez das clássicas alças douradas — três à esquerda, três à direita, como manda o figurino — o caixão deve ter um varal de cada lado, pra caber mais mão de puxa, na hora do embarque.
— Quando assumi a direção deste serviço, isto aqui era uma lástima. Os castiçais estavam caindo aos pedaços. Veja os castiçais novos, que adquiri. Uma beleza, não são? — E, com sinceridade na voz: — Agora já pode um Matarazzo, um Almeida Prado, um Lara Resende morrer sem susto, que estamos aptos a servi-los.
Faz muito tempo que não vemos o nosso amigo, hoje próspero.
Certa vez nos contou que começara o negócio graças a um vizinho que era coxo, desencarnara e fora vítima da precipitação de outro agente funerário. Quando esse agente foi medir o freguês para encomendar o caixão, já o encontrou na sala, em cima da mesa, coberto por um lençol. Sem a devida experiência, o agente não perguntou pra família se o falecido era coxo. Resultado: mediu do alto da testa à ponta do pé, pela perna mais curta e, quando o caixão chegou, não satisfazia às medidas do freguês. Foram comprar outro caixão para enterrar o vizinho, e ele, que tinha uma tia velha já mais pra lá do que pra cá, mediu a parenta disfarçadamente verificando que ela cabia dentro do caixão recusado. Adquiriu a peça por preço de ocasião e guardou na garagem. Um mês depois a tia embarcava nele. Desse episódio ficou-lhe o gosto pelo negócio.
Mas como dizíamos, já vai pra algum tempo que não o vemos. A última vez foi aqui no Rio, durante o velório de conhecido artista. Ele compareceu como visita. Nada tinha a ver com o serviço de bordo, mas nem por isso deixou de criticar certas deficiências. Ao sair contou que — mais por carinho do que por necessidade — ainda mantinha a agência funerária de Santos, que tinha um nome dos mais convidativos: "Nossa Casa".
— Falar nisso, você poderia fazer um jingle de propaganda para mim? — perguntou. E, ao perceber nosso espanto, explicou que estava fazendo uma grande remarcação no estoque e precisava anunciar a liquidação. E tanto chateou que fizemos o jingle. Não sabemos se tocou no rádio, mas ainda nos lembramos bem: a música era aquela da cançãozinha de Teresinha de Jesus, de uma queda foi ao chão etc. etc.
A letra era assim: Funerária "Nossa Casa" / Tem caixão de alça dourada / Adquira um hoje mesmo / Por um preço camarada.
Se vocês estão pensando que existe exagero de nossa parte, ao descrever o trato jovial que nosso amigo tem, para com as coisas fúnebres, estão muito enganados. Ele não é o único, inclusive. Em Recife, recentemente, a Prefeitura negou a um agente funerário o nome de "Ao Morrer Sorrindo", para sua casa de vender pijama de madeira. E aqui mesmo no Rio, há pouco tempo, um cavalheiro botava o seguinte anúncio, em "O Globo": "Sepultura Perpétua — Cedo direitos de uma, na parte plana do Cemitério São João Batista, por Cr$ 1 600 000,00, ou troco por apartamento de sala, 2 quartos, na Zona Sul. Favor ligar para 22-0387 ou procurar informações na Avenida Rio Branco 173 — sala 1306." Isto prova que, em algum lugar do Rio, há um camarada que prefere viver melhor a ter conforto depois da morte.
É, companheiros, o Rio cresceu tanto que morrer agora é um problema. O camarada do anúncio está pouco se incomodando com o que possa lhe acontecer depois de pisar no prego e esvaziar de todo. Quer seu apartamentinho de dois quartos na Zona Sul, que não é a residência ideal, mas sempre é melhor do que morar em pensão, para poder descansar no meio dos bacanos, depois de devidamente empacotado.
O Rio cresceu — repetimos — e cresceu pra todo lado e pra cima também. Principalmente pra cima. Este detalhe é que deve ter dado a idéia ao arquiteto Wladimir Alves de Sousa, para resolver o problema dos cemitérios cariocas. O Governador, que ultimamente tem perseguido os demasiadamente vivos, está preocupado com os demasiadamente mortos; tão mortos que não têm onde cair idem. E aqui parece que encontra a solução. Leiam a notícia, tal e qual saiu no jornal: "A construção de edifícios de 15 andares, com todos os requisitos de higiene, para instalação de sepulturas e ossários, foi proposta ao Governador pelo arquiteto Wladimir Alves de Sousa. O arquiteto acha que seu plano de cemitérios verticais, apresentado junto com gráficos, croquis e mapas, será a solução para o problema de espaço nos cemitérios do Estado."
Você aí, que é carioca, sente o drama, vá! Talvez seja você o defunto que vai inaugurar a coisa. Será a primeira vez na História que uma pessoa, depois de morta, é enterrada para cima.
Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.
Foi ele quem, acostumado ao trato das cerimônias fúnebres, acabou nos convencendo de que, tirante a família do morto, ninguém tem nada a perder quando um cidadão abotoa o paletó pela última vez. Pelo contrário, ser agente funerário é um alto negócio.
Tudo começou na praia, em Santos. Estávamos na companhia desse amigo, esquentando ao sol, quando apareceu um cadáver boiando sobre as ondas. O pessoal foi todo pra beira do mar espiar e ele, de repente, disse como quem fala para si mesmo: "Tomara que a corrente não leve para São Vicente."
Estranhamos aquele desejo e ele então explicou que existiam duas agências funerárias em Santos: a dele e a de um rival. Como a clientela não visse com bons olhos a concorrência entre os dois, nem fosse hábito familiar abrir concorrência para enterrar ninguém, tinham resolvido dividir a cidade em dois campos:
— Quem morre do lado de lá é dele, quem morre do lado de cá é meu — esclareceu.
Aquele freguês, que boiava nas ondas, se viesse a dar à praia ali, era dele. Mas se a corrente o levasse para São Vicente, perdia o negócio, pois a jurisdição era do rival. Daí o seu desejo de que as ondas trouxessem logo para a areia aquele que boiava lá fora da arrebentação.
Olhava para o cadáver sem placidez nem ganância, como um quitandeiro olha as verduras, um pianista, o piano ou um joalheiro, as jóias. Era o seu negócio que boiava ali perto. Esse agente funerário de Santos, nosso amigo, homem jovial e excelente companheiro em qualquer circunstância, alguns anos depois chegava ao ápice da carreira, quando o Governo do Estado nomeou-o para dirigir o SFC (Serviço Fúnebre da Capital), autarquia que se responsabiliza pelos enterros em São Paulo.
Estava aqui o distinto caçando na selva paulista, amoitado num bar, esperando a caça passar, quando o antigo agente funerário nos encontrou. Explicou sua condição de diretor autárquico, explicou que lá em São Paulo não é como no Rio, onde os serviços funerários pertencem, sem concorrência, à Santa Casa, explicou mais uma porção de coisas e, depois, convidou a gente para fazer uma visita ao SFC. Como a caça não passasse, aceitamos o convite e visitamos fartamente o dito serviço.
Ele se mostrou excelente cicerone, levando a visita às diversas salas, demonstrando por que o caixão de peroba é melhor do que o caixão de pinho e mostrando os melhoramentos introduzidos, tais como caixão de terceira forradinho de capitonê, travesseiro com recheio de capim cheiroso, para caixões de primeira etc. etc. Isto sem contar com os truques que sua experiência lhe ensinara. Por exemplo: quando morre um político eminente, o número de puxa-sacos que quer ajudar a levar o caixão é enorme e, neste caso, em vez das clássicas alças douradas — três à esquerda, três à direita, como manda o figurino — o caixão deve ter um varal de cada lado, pra caber mais mão de puxa, na hora do embarque.
— Quando assumi a direção deste serviço, isto aqui era uma lástima. Os castiçais estavam caindo aos pedaços. Veja os castiçais novos, que adquiri. Uma beleza, não são? — E, com sinceridade na voz: — Agora já pode um Matarazzo, um Almeida Prado, um Lara Resende morrer sem susto, que estamos aptos a servi-los.
Faz muito tempo que não vemos o nosso amigo, hoje próspero.
Certa vez nos contou que começara o negócio graças a um vizinho que era coxo, desencarnara e fora vítima da precipitação de outro agente funerário. Quando esse agente foi medir o freguês para encomendar o caixão, já o encontrou na sala, em cima da mesa, coberto por um lençol. Sem a devida experiência, o agente não perguntou pra família se o falecido era coxo. Resultado: mediu do alto da testa à ponta do pé, pela perna mais curta e, quando o caixão chegou, não satisfazia às medidas do freguês. Foram comprar outro caixão para enterrar o vizinho, e ele, que tinha uma tia velha já mais pra lá do que pra cá, mediu a parenta disfarçadamente verificando que ela cabia dentro do caixão recusado. Adquiriu a peça por preço de ocasião e guardou na garagem. Um mês depois a tia embarcava nele. Desse episódio ficou-lhe o gosto pelo negócio.
Mas como dizíamos, já vai pra algum tempo que não o vemos. A última vez foi aqui no Rio, durante o velório de conhecido artista. Ele compareceu como visita. Nada tinha a ver com o serviço de bordo, mas nem por isso deixou de criticar certas deficiências. Ao sair contou que — mais por carinho do que por necessidade — ainda mantinha a agência funerária de Santos, que tinha um nome dos mais convidativos: "Nossa Casa".
— Falar nisso, você poderia fazer um jingle de propaganda para mim? — perguntou. E, ao perceber nosso espanto, explicou que estava fazendo uma grande remarcação no estoque e precisava anunciar a liquidação. E tanto chateou que fizemos o jingle. Não sabemos se tocou no rádio, mas ainda nos lembramos bem: a música era aquela da cançãozinha de Teresinha de Jesus, de uma queda foi ao chão etc. etc.
A letra era assim: Funerária "Nossa Casa" / Tem caixão de alça dourada / Adquira um hoje mesmo / Por um preço camarada.
Se vocês estão pensando que existe exagero de nossa parte, ao descrever o trato jovial que nosso amigo tem, para com as coisas fúnebres, estão muito enganados. Ele não é o único, inclusive. Em Recife, recentemente, a Prefeitura negou a um agente funerário o nome de "Ao Morrer Sorrindo", para sua casa de vender pijama de madeira. E aqui mesmo no Rio, há pouco tempo, um cavalheiro botava o seguinte anúncio, em "O Globo": "Sepultura Perpétua — Cedo direitos de uma, na parte plana do Cemitério São João Batista, por Cr$ 1 600 000,00, ou troco por apartamento de sala, 2 quartos, na Zona Sul. Favor ligar para 22-0387 ou procurar informações na Avenida Rio Branco 173 — sala 1306." Isto prova que, em algum lugar do Rio, há um camarada que prefere viver melhor a ter conforto depois da morte.
É, companheiros, o Rio cresceu tanto que morrer agora é um problema. O camarada do anúncio está pouco se incomodando com o que possa lhe acontecer depois de pisar no prego e esvaziar de todo. Quer seu apartamentinho de dois quartos na Zona Sul, que não é a residência ideal, mas sempre é melhor do que morar em pensão, para poder descansar no meio dos bacanos, depois de devidamente empacotado.
O Rio cresceu — repetimos — e cresceu pra todo lado e pra cima também. Principalmente pra cima. Este detalhe é que deve ter dado a idéia ao arquiteto Wladimir Alves de Sousa, para resolver o problema dos cemitérios cariocas. O Governador, que ultimamente tem perseguido os demasiadamente vivos, está preocupado com os demasiadamente mortos; tão mortos que não têm onde cair idem. E aqui parece que encontra a solução. Leiam a notícia, tal e qual saiu no jornal: "A construção de edifícios de 15 andares, com todos os requisitos de higiene, para instalação de sepulturas e ossários, foi proposta ao Governador pelo arquiteto Wladimir Alves de Sousa. O arquiteto acha que seu plano de cemitérios verticais, apresentado junto com gráficos, croquis e mapas, será a solução para o problema de espaço nos cemitérios do Estado."
Você aí, que é carioca, sente o drama, vá! Talvez seja você o defunto que vai inaugurar a coisa. Será a primeira vez na História que uma pessoa, depois de morta, é enterrada para cima.
Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.
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