As bebidas energéticas ou energéticos, são bebidas não alcóolicas que estimulam o metabolismo e tem como finalidade fornecer ao consumidor energia através da ingestão de taurina. Geralmente, possuem em sua composição, além de carboidratos:
- Taurina: é um aminoácido que participa de funções fisiológicas importantes, como a excreção rápida de produtos tóxicos no organismo. Não se conhece bem os efeitos de seu consumo sobre nossa saúde em longo prazo.
- Glucoronolactona: é um carboidrato que possui função desintoxicante e auxilia na metabolização de substâncias.
- Cafeína: acelera a cognição, diminuindo a fadiga e aumentando o estado de vigília.
- Inositol: esse isômero da glicose previne o acúmulo de gordura no fígado e melhora a comunicação cerebral, a memória e a inteligência.
- Vitaminas: as principais encontradas nos energéticos são a niacina, B6, B12, riboflavina e ácido pantotênico. Sua presença está relacionada à reposição das doses recomendadas.
A união desses componentes resulta em uma bebida agradável ao paladar e que proporciona energia e ausência de sono para diversas atividades: desde horas extras de estudo à maior disposição para curtir uma festa. Uma única latinha é capaz de garantir esses efeitos por até três horas, dependendo do organismo da pessoa. Assim, não é difícil compreender o porquê de seu consumo, entre 2006 e 2010, ter aumentado mais de 300%, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR).
Apesar desses efeitos, os energéticos devem ser consumidos esporadicamente e com moderação, já que mascaram a fadiga do indivíduo, provocam insônia e podem aumentar significantemente a frequência cardíaca. Além disso, níveis muito elevados de cafeína podem desencadear em crises epilépticas, derrame cerebral e até mesmo morte. A bebida também é capaz de acelerar a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, resultando em câimbras e, em longo prazo, osteoporose; e tem alto poder de provocar dependência, o que pode vir a ser um problema significativo.
Ingeridas ou misturadas juntamente com bebidas alcoólicas, essas bebidas podem provocar a desidratação, já que a cafeína e o álcool são substâncias diuréticas. Essa mistura também pode intensificar os efeitos do álcool, mas mascarando seu estado de embriaguez, já que a pessoa se sente bem menos sonolenta do que usualmente aconteceria. Isso permite com que a pessoa não tenha dificuldade em beber muito além da conta, criando uma maior tendência a comportamentos de risco.
Considerando o exposto, fica a dica: nunca consuma mais de duas latinhas de energético em um mesmo dia e evite misturar essa bebida com as alcoólicas. Caso o faça, defina anteriormente, e de forma sensata, a quantidade máxima dessas substâncias que irá tomar, e cumpra esse compromisso, ingerindo bastante água nos intervalos. Nesta situação, não dirija!
Mulheres grávidas jamais devem usar energéticos, já que tal ato pode provocar aborto espontâneo ou nascimento de bebê de baixo peso.
As bebidas energéticas não cumprem o mesmo objetivo que as bebidas esportivas, também chamadas de isotônicos. Estas bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos têm a função de repor líquidos, eletrólitos e carboidratos que costumam ser perdidos, principalmente, através do suor, durante atividades físicas intensas, como corridas competitivas.
Fabricantes e marcas
Diversos são os fabricantes. Os nomes variam com sugestão de atribuição de poder (húngaro Hell - "inferno" em português, com a figura do diabo como símbolo), alucinantes (austríaco Flying Horse - "cavalo voador" em portugues), de detonadores (Burn, da Coca-Cola, "queimar" em português), TNT (da Cervejaria Itaipava - RJ - sigla para "trinitrotolueno", explosivo), e de atribuição de força (austríaco Red Bull - "touro vermelho" em português) - (americano Monster Energy - "energia monstruosa"), entre os mais conhecidos.
O energético Red Bull é um dos mais conhecidos hoje em dia e está associado diretamente a idéia de bebida energética. Porém a idéia inicial de bebida com taurina era mais comum na Tailândia, onde era conhecida pelo estranho nome de "sêmem de touro". O austríaco Dietrich Mateschitz, durante uma viagem de negócios, descobriu, casualmente, que este líquido contido em pequenas garrafas causava furor naquele país e imaginou o sucesso que faria na Europa, onde não era conhecido.
De regresso à Áustria, levou consigo uma pequena amostra do "sêmem de touro" e compostos. O Red Bull foi criado no ano de 1984, quando se iniciou a pesquisa de sabor e sua comercialização legalizada somente se iniciou em 1987.
Fontes: Wikipedia; Brasil Escola.
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