Luiz Peixoto |
Considerado o maior
revistógrafo brasileiro de todos os tempos, Luiz Peixoto (1889-1973) fez
brilhar nos palcos do teatro de revista não apenas os seus sambas.
Letrista inspirado, criador de sucessos, era disputado por consagrados
parceiros.
Em 1923, depois de dois anos em Paris, Luiz Peixoto lança no Rio de Janeiro um espetáculo com muito êxito, a revista Meia Noite e Trinta.
O público lotava o Teatro São José, curioso por ver o que os críticos
classificavam como a revista mais original que alguém escrevera até
então no Brasil.
Luiz Carlos Peixoto de Castro, com 34 anos, estava destinado, ao longo de sua proveitosa vida, a interferir na cultura brasileira, tanto no teatro como na poesia .ou na música popular. Até morrer, com 84 anos, foi um respeitado criador.
Caricaturista na juventude, companheiro de Raul Pederneiras e Kalixto, encontrou no teatro de revistas o maior campo para seu talento. Ali, foi tudo. Autor, cenógrafo, compositor, diretor, diretor artístico, figurinista, mas sobretudo um homem voltado para as coisas brasileiras, principalmente a música.
Quando chegou da Europa, veio disposto a abrir
espaço para substituir o uso musical de ritmos ultrapassados, pela
utilização intensa de ritmos da atualidade, especialmente os das
composições populares brasileiras, no dizer da pesquisadora Neyde
Veneziano. Transformou-se, assim, no maior revistógrafo brasileiro.
Poeta inspirado, tornou-se letrista de um sem-número de músicas e parceiro de sambas memoráveis, lançados em revistas de sua autoria ou, mesmo de outros autores. É dele, Ai Ioiô (Linda flor), feita com Henrique Vogeler e Marques Porto, que consagrou Aracy Cortes, na revista Miss Brasil, em 1928.
Poeta inspirado, tornou-se letrista de um sem-número de músicas e parceiro de sambas memoráveis, lançados em revistas de sua autoria ou, mesmo de outros autores. É dele, Ai Ioiô (Linda flor), feita com Henrique Vogeler e Marques Porto, que consagrou Aracy Cortes, na revista Miss Brasil, em 1928.
Amigo de Carmen Miranda, desde a incursão da Pequena Notável no teatro de revista, fez para ela dois sambas que marcaram a carreira da estrela: Na batucada da vida, com Ary Barroso, e Voltei pro morro, com Vicente Paiva. Elizeth Cardoso consagrou-se com É luxo só, feita em sua homenagem, pela dupla Luiz Peixoto/Ary Barroso. Sílvio Caldas gravou, também dos dois, além do impecável samba Maria, o belíssimo Por causa dessa cabocla.
A força do samba Paulista de Macaé, de parceria com Marques Porto, foi tanta que, lançado na revista Prestes A Chegar, em 1926, tornou-se ele próprio uma revista em 1927. Inovando em sua estréia, após retorno da Europa, sempre moderno, Luiz Peixoto foi acima de tudo um compositor com a alma no palco.
A força do samba Paulista de Macaé, de parceria com Marques Porto, foi tanta que, lançado na revista Prestes A Chegar, em 1926, tornou-se ele próprio uma revista em 1927. Inovando em sua estréia, após retorno da Europa, sempre moderno, Luiz Peixoto foi acima de tudo um compositor com a alma no palco.
Ilustração: Três amigos, três caricaturistas, três artistas: Raul Pederneiras, Luiz Peixoto e Kalixto. Fonte : História da MPB - Ed. Globo |
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