domingo, 2 de outubro de 2011

Zito, o dono do meio-campo

Zito, dominava a bola, olhava para a direita e passava para a esquerda. Desacostumado com isso, o garoto Pelé perdia o lance. "Crioulo burro! A cabeça é para um lado, a bola para outro", bronqueava Zito com o novato. O maior volante que já surgiu no futebol brasileiro era assim: personalidade forte e liderança incontestável. Por isso era conhecido pelos companheiros como o Gerente. Mandava em todos, organizava o meio-de-campo, corria por todo o gramado.

José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito, nasceu no Município de Roseira, interior de São Paulo, em 8 de agosto de 1932. Começou a carreira profissional, sendo revelado pelo Esporte Clube Taubaté, onde ficou até 1952, quando passou a defender o Santos.

Na Vila Belmiro: os títulos e a fama.
Na Vila Belmiro, Zito fez fama e conquistou títulos, defendendo também a seleção brasileira a partir de 1956, tendo ajudado nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962. Lembrado como grande marcador, Zito foi, no Santos, muito mais do que isso.  Apelidado de "Gerente", era o líder do time dentro de campo, inclusive recebendo do técnico Lula o aval para comandar os atletas em campo da maneira que achasse melhor.

Tornaram-se célebres seus gritos incentivando os jogadores a continuar marcando gols, mesmo com as partidas já decididas. Além dessas qualidades próprias da sua personalidade, tecnicamente era um grande jogador e não foram raras as vezes em que lançou Pelé e Coutinho no ataque para que estes fizessem seus belos gols.

Atuou no time por quinze anos (de 1952 a 1967), tendo jogado 733 partidas e marcado 57 gols. Conquistou nove Campeonatos Paulistas (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967), quatro Taças Brasil (1961, 1962, 1963 e 1964), duas Libertadores da América (1962 e 1963), dois Mundiais Interclubes (1962 e 1963) e quatro Torneios Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966). Foi bicampeão mundial pela seleção brasileira, marcando um gol na final de 1962 contra a Tchecoslováquia.

Fontes; Revista Placar; Wikipedia.

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