sábado, 7 de janeiro de 2012

Shirley Temple, a atriz mirim



Shirley Temple (Shirley Jane Temple), atriz e diplomata, nasceu em Santa Monica, Califórnia, EUA, em 23/04/1928. Foi a mais jovem atriz a ganhar um Oscar: aos 6 anos de idade. Foi uma verdadeira campeã de bilheteria (salvando a Fox) e encantando a todos com seu incansável otimismo.

Nunca uma estrela infantil fez tanto sucesso: aos três anos ela já sapateava e começou a carreira numa paródia a estrelas e astros adultos. Aos 6 anos, contratada pela Fox, cantou “Baby take a Box” em Stand Up and cheer (1934). Em Little Miss Marker, no mesmo ano, solidificou sua carreira.

Cartão do Dia de São Valentim,
com ilustr. baseada em Shirley
Tornou-se objeto de consumo na América, com produtos que levavam seu nome e rosto, como bonecas e livros. Por esses anos atuou em diversos filmes de sucesso, dentre os quais “Little Miss Marker”, “Change of Heart”, “Now I’ll Tell”, “Now and Forever” e “Olhos Encantados” (no qual cantou seu mais popular sucesso “On The Good Ship Lollipop”).

A entrada da adolescência fez com que os papéis rareassem até que ela se aposentasse precocemente, em 1949. Tentou ainda apresentar alguns programas populares (o Shirley Temple’s storybook), mas não deu certo.

Shirley começou a ter aula de dança com três anos de idade e foi contratada para participar de uma série de curtas chamadas "Baby Burlesks", que parodiavam estrelas e astros adultos, mais notadamente Marlene Dietrich. No mesmo ano, atuou numa sucessão de curta metragens e filmes, incluindo "Little Miss Marker", "Change of Heart", "Now I'll Tell", "Now and Forever" e "Bright Eyes" (no qual cantou seu mais popular sucesso, a canção "On The Good Ship Lollipop").

Ganhadora de um Oscar especial aos seis anos de idade, Temple foi a salvadora da Fox e do público na época da Grande Depressão. Inclusive o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt sucumbiu a seus encantos e lhe agradeceu por "ter feito a América atravessar a Grande Depressão com um sorriso".

Shirley foi campeã de bilheteria de 1935 a 1938 com seu eterno otimismo e seu sorriso vencedor. Depois de adulta porém, não teve o mesmo sucesso como atriz, e aposentou-se do cinema em 1949, e em 1967, se candidatou ao cargo de representante do estado da Califórnia no congresso norte-americano, mas não obteve êxito. Nos anos de 1969 e 1970, foi delegada junto às Organizações Nações Unidas (ONU).

Também foi embaixadora americana em Ghana (1974-1976), foi chefe de protocolo para o presidente Gerald R. Ford (1976-1977) e membro da delegação americana que tratava dos problemas dos refugiados africanos (1981). De 1989 até 1992, Shirley Temple serviu como embaixadora na Tchecoslováquia.

Faleceu em 10 de fevereiro de 2014, em Woodside, Califórnia, EUA.

Filmes

A Kiss for Corliss - O Eco de um beijo (1949)
The Story of Seabiscuit - Têmpera de um Vencedor (1949)
Adventure in Baltimore - Aventura em Baltimore (1949)
Mr. Belvedere Goes to College - O Gênio do Colégio (1949)
Fort Apache- Sangue de Herói  (1948)
That Hagen Girl - Marcado pela calúnia (1947)
The Bachelor and the Bobby-Soxer - O Solteirão cobiçado (1947)
Honeymoon - Lua de mel à três (1947)
American Creed (1946)
Shirley em 1944
Kiss and Tell (1945)
I'll Be Seeing You - Ver-te-ei outra vez (1944)
Since You Went Away - Desde que você foi embora (1944)
Miss Annie Rooney (1942)
Kathleen (1941)
Young People - Mocidade (1940)
The Blue Bird - O Pássaro Azul (1940)
Susannah of the Mounties - Susana (1939)
The Little Princess - A Pequena princesa (1939)
Just Around the Corner - Anjo de Felicidade (1938)
Little Miss Broadway - Miss Broadway (1938)
Rebecca of Sunnybrook Farm - Sonho de Moça (1938)
Heidi (1937)
Wee Willie Winkie - Shiley, Soldado da Índia (1937)
Stowaway - A pequena clandestina (1936)
Dimples - Princesinha das ruas (1936)
Poor Little Rich Girl - A pobre menina rica (1936)
Captain January - O anjo do farol (1936)
The Littlest Rebel - A Pequena Rebelde (1935)
Curly Top - A Pequena Órfã (1935)
Our Little Girl  (1935)
The Little Colonel - O Mascote do Regimento (1935)
Bright Eyes - Olhos Encantados (1934)
Now and Forever - Agora e Sempre (1934) DOWNLOAD
Baby Take a Bow (1934)
Now I'll Tell (1934)
Little Miss Marker - A Pequena Miss Marker (1934)
Change of Heart (1934)
Stand Up and Cheer! - Alegria de Viver (1934)
Managed Money (1934)
As the Earth Turns (1934)
Carolina (1934)
Pardon My Pups (1934)
What's to Do? (1933)
Shirley em 1992
Merrily Yours (1933)
Kid 'in' Africa (1933) .
To the Last Man (1933)
Dora's Dunking Doughnuts (1933)
Polly Tix in Washington (1933)
The Kid's Last Fight (1933)
Out All Night (1933)
Kid in Hollywood (1933)
Glad Rags to Riches (1933)
New Deal Rhythm (1933)
The Pie-Covered Wagon (1932)
The Red-Haired Alibi (1932)
War Babies (1932)
Runt Page (1932)
Kid's Last Stand (1932)

Fontes: Cinema Clássico - Shirley Temple; Wikipédia.

Carne maturada

O processo de maturação vem sendo empregado amplamente pela indústria de abate e processamento de animais. Constitui tecnologia de extrema importância pois ao permitir melhorar as características organolépticas e sensoriais da carne, assim como sua maciez, implica em maior aceitação por consumidores e permite agregar valor diferencial ao produto.

A carne é amaciada naturalmente, sem que se misture a ela qualquer produto. Geralmente, esse processo de maturação é usado para a carne bovina. Existem enzimas dentro dela que fazem com que os filamentos de proteínas das fibras musculares se rompam. A carne fica então mais molinha, além do sabor tornar-se mais acentuado.

Mas como o alimento se estraga com muita facilidade, é preciso que esse processo aconteça sob refrigeração (abaixo de 2 graus Célsius). Se a carne for embalada a vácuo, a segurança será maior ainda porque ela não será atacada pelos microorganismos externos que causam a deterioração.

“É importante destacar que a carne maturada tem uma composição idêntica à da fresca e nenhum ingrediente é adicionado a ela”, explica o veterinário especializado em engenharia de alimentos Pedro Eduardo de Felício, da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo. Durante a maturação, porém, perde-se um pouco de umidade e de proteínas solúveis presentes no alimento. Um bom churrasco!

Fontes: Superinteressante; Rehagro.

Por que a pimenta arde?

Antes de sabermos sobre o porquê do ardido da pimenta, é bom conferir os benefícios desse tempero para o nosso organismo:

1) Para quem sofre de enxaquecas, eis a solução: a capsaicina, substância presente na pimenta, provoca a liberação de endorfinas (analgésicos naturais extremamente potentes fabricados pelo nosso cérebro). Quanto maior a liberação de endorfina, menor a sensação de dor e crises de enxaqueca;

2) Auxilia na digestão: a substância picante da pimenta (capsaicina) melhora o funcionamento do intestino;

3) Poder antioxidante: a pimenta possui a propriedade antioxidativa que retarda o envelhecimento de nossas células;

4) Propriedade anticâncer.

Diante de tantos efeitos benéficos, fica a pergunta: mesmo para quem não gosta do sabor picante da pimenta, vale a pena ingerí-la só para garantir uma vida saudável? É claro que sim. Conheça agora a química responsável pela característica apimentada.

As pimentas ardem porque possuem as chamadas capsaicinóides. Essas substâncias de nome esquisito não têm cheiro nem sabor, mas estimulam as células nervosas da boca, produzindo aquela sensação de ardor, como se a boca estivesse pegando fogo. As capsaicinóides são produzidas por glândulas localizadas nas placentas das pimentas - aquele tecido esbranquiçado onde ficam grudadas as sementinhas.

A "temperatura" de cada espécie desse fruto depende da concentração de capsaicinóides que ela possui. E, por incrível que pareça, existe até uma unidade específica para se medir o ardor: a Unidade de Calor Scoville (SHU) - nome em homenagem ao farmacologista Wilbur L. Scoville, pioneiro na medição do poder de fogo desse condimento. O SHU de cada pimenta é obtido após testes bioquímicos em máquinas com líquidos de alta pressão. O Guinness Book, o "livro dos recordes", já apontou em uma de suas edições a californiana red savina habanero como a pimenta mais ardida do mundo, atingindo a marca de até 580 mil SHU.

Só para comparar, a nossa "quentíssima" e popular malagueta atinge cerca de 200 mil SHU. Num ranking completo das espécies mais poderosas, é provável que a malagueta conseguisse um lugar entre as cinco primeiras.

Fontes: Mundo Estranho; Mundo Educação.

Romário, o homem-gol

Dono de um toque de bola genial e de uma língua tão afiada como navalha, Romário foi um goleador raro. Afinal, se tornou artilheiro por todo lugar que passou. A começar do Vasco da Gama, onde conquistou os campeonatos e a artilharia de 1987 e 1988, com vinte e dezesseis gols respectivamente. Depois, continuou a marcar goIs e encabeçar a lista de goleadores no PSV Eindhoven, da Holanda, e no Barcelona, da Espanha. Pela Seleção Brasileira, conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de 1988, quando se tornou artilheiro da competição. Na Copa de 1994, tornou-se a maior estrela da Seleção e do Mundial.

Como Maradona em 1986 e Garrincha em 1962, ganhou uma Copa do Mundo praticamente sozinho. Foi a dos Estados Unidos, em 1994, o tetra do Brasil, quando deixou sua marca de artilheiro em cinco das sete partidas. Isso já diz um bocado a respeito de Romário. Mas é pouco. Com seu 1,69m, marrento e fantástico goleador, o Baixinho é uma lenda do futebol mundial.

Romário de Souza Farias nasceu em Vila da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro, em 29/01/1966. Apareceu no Vasco em 1985, aos 19 anos, para compor dupla de ataque com Roberto Dinamite. No mesmo ano, estreava na seleção brasileira júnior aprontando das suas, para variar.

Era presença certa no Mundial da categoria na União Soviética. Mas seu nome sumiu da lista meses antes, depois do Campeonato Sul-Americano. Tudo porque sua maior diversão na concentração era ficar na sacada do hotel urinando na cabeça de quem passava lá embaixo. Corte na certa.

Polêmico fora de campo (cobrou dívidas em público e já bateu boca com Zico e Pelé), dentro dele Romário e suas pernas curtas protagonizaram alguns dos momentos mais belos e inesquecíveis da história do futebol.

Seu habitat natural é a grande área. Dos zagueiros do tipo guarda-roupa, ele se livra com um simples gingado, um imprevisível drible de corpo; e dos goleiros bem colocados, com um totó de bico de chuteira.

Em 1999, a revista Trip lhe perguntou sobre Maradona. A resposta veio seca: "Eu fiz mais gols do que ele, ganhei mais do que ele. No futebol moderno dos últimos 15 anos, Maradona só perde para mim".

Assumido admirador das noitadas e incorrigível gazeteiro de treinos, Romário sempre teve problemas com técnicos. Um deles foi Carlos Alberto Parreira, que comandou a seleção brasileira na Copa de 1994. Durante as eliminatórias, o treinador já havia dado a entender que o craque-problema era carta fora do seu baralho. Mas com o titular Müller contundido, não havia parceiro para Bebeto no ataque.

Contra o Uruguai, no Maracanã, a classificação do Brasil estava em jogo. Parreira ponderou e achou melhor recorrer ao Baixinho, que estava barbarizando na Espanha pelo Barcelona. Resultado: Brasil 2 x 0, dois gols de Romário. Depois do show particular, ele ainda prometeu: conquistaria o tetra para o Brasil.

A Copa dos Estados Unidos viria a ser o seu segundo Mundial. Em 1990, na Itália, viu contundido do banco de reservas o fiasco do selecionado de Sebastião Lazaroni. Também por contusão foi cortado do terceiro, na França, às vésperas da estreia. Por mais que prometesse se recuperar a tempo, Romário não teve chance. Voltou para o Rio de Janeiro e trabalhou como comentarista de uma rede de televisão durante o torneio.

A pergunta jamais vai calar: "E se ele estivesse naquela decisão contra os franceses? O Brasil teria voltado para casa sem o penta?" Amado por muitos, odiado por poucos, Romário é unanimidade entre quem realmente entende de bola.

Em 2000, teve um dos melhores anos de sua carreira ao marcar 67 gols somente com a camisa do Vasco, que lhe permitiram quebrar um recorde histórico de Roberto Dinamite, até então o maior goleador do clube em uma temporada (62 gols em 1981).

Com a crise técnica pela qual passava a seleção, o Baixinho voltou a ser convocado para os jogos da equipe nas eliminatórias da Copa. Logo em seu primeiro jogo, contra a Bolívia, no Maracanã, em setembro de 2000, marcou três gols na vitória por 5 a 0. Porém ficou sabendo nesta mesma semana que o técnico Vanderlei Luxemburgo havia vetado a sua participação nas Olimpíadas de Sydney.

Romário continuou com prestígio na seleção mesmo após a demissão de Luxemburgo e a chegada de Émerson Leão ao time. Porém, a situação começou a mudar quando Luiz Felipe Scolari foi escolhido para assumir a equipe.

Inicialmente, Felipão cogitou manter o "Baixinho" na equipe. Mas mudou de ideia quando Romário pediu dispensa da Copa América da Colômbia, em 2001. O atacante alegou que precisava submeter-se a uma intervenção cirúrgica em seus olhos, mas seguiu com o Vasco para uma série de amistosos no México.

Preterido por Felipão, ele caiu de rendimento e acabou por rescindir seu contrato com o Vasco. Sondado por clubes como Palmeiras, Santos, Corinthians e Flamengo, acabou optando por defender o Fluminense no Brasileiro de 2002, ano do centenário da equipe carioca. Em 2003, jogou no Al-Sadd - ficou pouco tempo - e retornou às Laranjeiras.

E, de volta ao clube carioca, Romário reservou mais uma encrenca. Com apenas cinco gols marcados durante o Brasileirão e enfrentando nova série de contusões, o jogador direcionou sua fúria ao técnico interino Alexandre Gama depois de ser barrado do time. Desta vez, porém, perdeu a briga e deixou o clube, para ao final de 2004, revelar que estava sem vontade, anunciando o fim de sua carreira.

Em 2005, beirando os 40 anos, Romário conseguiu uma das maiores façanhas de sua carreira, ao marcar 22 gols e se tornar o artilheiro do Campeonato Brasileiro. Isso, com a camisa do Vasco da Gama.

Já "quarentão", Romário partiu para aventura nos Estados Unidos em 2006, defendendo o Miami FC em uma liga secundária do país. Lá, fez sucesso e foi artilheiro do campeonato.

Depois disso, transferiu-se para o mineiro Tupi, onde não conseguiu atuar sequer em uma partida por problemas burocráticos. Então, transferiu-se para o Adelaide United, da Austrália para alcançar a sonha marca dos mil gols. Mas só balançou a rede uma vez na Oceania.

Até que voltou ao Rio de Janeiro, para vestir novamente a camisa do clube que o revelou, novamente sob a batuta de Eurico Miranda. Com moral em São Januário, ele chegou à marca comemorativa (segundo suas contas) e até virou treinador. Mas uma desavença com o presidente do clube e o crescente descontentamento com a diretoria forçaram sua saída.

Em evento comemorativo no Rio de Janeiro, Romário anunciou definitivamente sua aposentadoria dos gramados no dia 14 de abril. Após quase um ano de férias, porém, o ex-jogador voltou ao futebol, mas não dentro de campo. A pedido do presidente do América, Ulisses Salgado, Romário assumiu como homem forte do futebol rubro, no dia 17 de março de 2009.

Ainda fora das quatro linhas, Romário continuou sendo assunto. Porém, desta vez, não no América, mas na Justiça. O ex-jogador foi preso (passou cerca de 18 horas na cadeia) por não pagar a pensão alimentícia dos filhos Moniquinha e Romarinho, em ação movida pela ex-mulher Mônica Santoro.

Em 2009, anunciou sua entrada na política, filiando-se ao PSB, sendo eleito em sexto lugar deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2010.

Clubes

Vasco (RJ): 1985-1988; PSV Eindhoven (HOL): 1988-1993; Barcelona (ESP): 1993-1995; Flamengo (RJ): 1995-1996; Valencia (ESP): 1996; Flamengo (RJ): 1996-1997; Valencia (ESP): 1997; Flamengo (RJ): 1997-1999; Vasco (RJ): 1999-2002; Fluminense (RJ): 2002-2003; Al-Saad (CAT): 2003; Fluminense (RJ): 2003-2004; Vasco (RJ): 2005-2006; Miami FC (EUA): 2006; Adelaide United (AUS): 2006; Vasco (RJ): 2007; América (RJ): 2009.

Fontes: Revista Placar; UOL Esporte; Wikipédia.

Jogadas que tem dono

A folha-seca de Didi mata o selecionado do Peru e nos classifica em 1957.

Foi só a bola inglesa desembarcar aqui e já nasciam as criações diabólicas em campo. Começa com a chaleira. Garrincha recebe a bola, dribla um, passa pelo goleiro. O gol aberto. Só que o camisa 7 espera. Espera o zagueiro que corre desesperadamente para cortar o lance. Outro drible e o defensor se espatifa contra a trave. Aí, então, Mané faz o gol. Aquele lance ocorrido contra a Fiorentina, da Itália, numa partida preparatória para a Copa da Suécia é um dos melhores exemplos da fascinação que o drible exerce sobre o jogador brasileiro. O drible, a finta, o chute de efeito, a jogada espetacular. Não há como negar a virtuosidade do nosso craque com a bola nos pés. Confira os lances que, muitas vezes, valem mais do que um gol:

PEDALADA - Marca registrada de Robinho do Santos, vitimando, principalmente, zagueiros corinthianos. É quando o jogador, indo em direção ao seu marcador, passa diversas vezes o pé sobre a bola, com o intuito de enganar o adversário em relação ao lado para onde ele prosseguirá com a jogada.

CHARLES OU CHALEIRA - Lance em que o jogador toca a bola a meia-altura com a sola ou o lado externo do pé, durante uma corrida ou para iniciar o pique. Foi inventado por Charles Miller, sendo, nos primórdios do futebol brasileiro, chama do de "charles". Com o tempo, virou chaleira.

CANECO - Lance de extrema habilidade no qual o jogador prensa a bola com um pé sobre o calcanhar do outro pé, dá um giro, levantando a pelota e fazendo-a descrever uma curva sobre a cabeça do adversário posicionado a sua frente. Bastante raro durante as partidas, embora conhecido por todo jogador virtuoso. Mazzola, centroavante do Palmeiras e da Seleção Brasileira no final da década de 50, apreciava muito aplicar o drible nos jogos. Assim como o ponta-direita Kaneko, jogador do Santos no final dos anos 60, que imortalizou a jogada e em prestou-lhe o nome.

ELÁSTICO - Drible consagrado pelo craque Roberto Rivelino. O jogador fica de lado para o adversário. Com a parte externa do pé, leva a bola para o lado e, de repente, com a parte interna, traz de volta, enganando o marcador. "O lance serve para sair de uma situação difícil ou então para desmoralizar o marcador", explica Riva, que certa vez usou o elástico para escapar de uma marcação cerrada de Kevin Keegan, considerado um dos maiores jogadores da história da Inglaterra. "Depois do drible, ele não chegou mais perto". Mas Rivelino não foi o inventor da jogada. O mérito cabe ao ex jogador Sérgio Echigo, que jogou nos aspirantes do Corinthians. "O Echigo era um ponta-direita que jogava demais. Para ter uma idéia, ele aplicava o elástico com os dois pés, parado ou na corrida", recorda Riva.

TRIVELA - Chute dado com "três dedos", para que a bola ganhe efeito e descreva trajetória curva. Um dos jogadores mais famosos pelos passes e jogadas de efeito foi Ipojucan, armador do Vasco da Gama no final dos anos 40 e começo dos 50. Alto e magro, a trivela compensava sua movimentação lenta em campo. Mas a jogada está no repertório de todo jogador habilidoso. "Ás vezes, eu estava na lateral e chutava a bola de trivela. Ela passava alta, por trás do bandeirinha e caía dentro do campo. Ele dava lateral e a torcida, que não tinha percebido a bola sair, vaiava. Ele olhava com raiva para mim. Fazer o que?", diverte-se o craque Nilton Santos.

LETRA - Chute dado com um pé passando por trás do outro. Usado muitas vezes para cruzamentos, nos casos em que o jogador é "cego" do pé que deveria alçar a bola para a área.

GOL DE LETRA - Gol marcado quando o jogador deixa a bola passar no meio das pernas, desviando-a levemente com o calcanhar ou a parte interna do pé antes que escape.

BELFORT - Jogada típica do início do futebol em que o defensor dava um chutão para a frente de sem-pulo, numa rápida inversão dos pés. Era tão usada pelo jogador Belfort Duarte, campeão pelo América em 1913, que acabou ganhando seu nome.

DOMINGADA - Jogada arriscada em que o zagueiro tenta o drible dentro da própria área Com Domingos Da Guia, seu "inventor", era demonstração de frieza e habilidade Depois de Domingos, entretanto, os zagueiros que tentavam driblar os atacantes geralmente perdiam a bola e propiciavam o gol para os adversários. Por isso, hoje, a domingada ganhou a conotação de irresponsabilidade. Muito praticada no sentido atual pelo zagueiro Júnior Baiano, do São Paulo.

PEGADA - Jogada peculiar do jogador Marcos de Mendonça, primeiro goleiro da Seleção Brasileira. Consistia em pegar a bola um pouco de lado, amortecendo-a. Trazida pela mão direita, a bola se encaixava na asa do braço esquerdo. "Pegada complicada e debochativa", segundo descreveu o cronista esportivo Mario Filho.

PONTE-AÉREA - Salto espetacular no qual o goleiro fica praticamente com o corpo paralelo ao solo na tentativa de apanhar a bola. O nome homenageia o goleiro Pompéia, campeão pelo América em 1960. Dono de impulsão fabulosa e estilo acrobático, Pompéia era chamado de Ponte-Aérea ou Constellation (nome de um avião).

CALCANHAR - Bater na bola com o calcanhar. Nos anos 50, o recurso era bastante utilizado pelo armador Ipojucan, do Vasco, Portuguesa de Desportos e da Seleção. A redescoberta do calcanhar, entretanto, cabe ao jogador Sócrates, que tornou o lance sua marca registrada.

CURVITA - Chute venenoso que fez a fama do ponta-direita Cláudio Christovam do Pinho, artilheiro máximo da história do Corínthians com 295 gols. Cláudio batia faltas com a parte interna do pé, fazendo com que a bola passasse por cima da barreira e descrevesse uma trajetória inesperada. A curvita mais famosa aconteceu num jogo Corínthians versus Benfica, no dia 10 de julho de 1955. A cobrança do corinthiano enganou completamente o goleiro Costa Pereira: "A bola fez uma curvita", explicou o português. Estava batizada a jogada.

BICICLETA - Salto acrobático em que o jogador chuta a bola no ar e para trás, ficando de costas para o chão. Inventado por Petronilho de Brito, ponta de-1ança que jogou na década de 20 e 30 em alguns clubes extintos de São Paulo e no San Lorenzo da Argentina. Mas foi com Leônidas da Silva que a jogada ganhou fama e se espalhou pelo mundo. "A bicicleta de Leônidas era um fenômeno. Ele ia a quase dois metros de altura", testemunha o jornalista Luiz Ernesto Kawall, presente no Pacaembu quando o Diamante Negro marcou seu primeiro gol de bicicleta vestindo a camisa do São Paulo, no ano de 1942.

FOLHA-SECA - Chute que sobe e cai inesperadamente, como uma "folha seca". É dado com a ponta do pé, quase de bico, pegando no meio da bola e cortando-a de raspão, de um lado para o outro. Foi criado pelo jogador Didi que costumava usá-lo nos lançamentos e nas faltas. "A jogada surgiu em consequência de uma contusão. Meu pé estava inchado há dias e doía quando eu chutava normalmente. Então, comecei a chutar diferente, para não doer. Aperfeiçoei tão bem o chute que os goleiros já ficavam desanimados quando eu partia para bater uma falta", conta Didi. O mais famoso gol de folha-seca data das eliminatórias para a Copa da Suécia. Faltavam apenas 8 minutos para o jogo contra o Peru acabar e o placar marcava um angustiante zero a zero. Sem vencedor, a vaga iria para sorteio. O silencio do Maracanã só é quebrado quando Didi cobra uma falta com seu jeito especial e marca o gol da vitória.
          
BALÃOZINHO - Lance que consiste em, com um dos pés, puxar a bola sobre o outro para levantá-la e chutá-la por baixo. Assim, a pelota vai por cima do adversário. Era um expediente bastante utilizado pelo lateral Djalma Santos quando cercado pelos adversários.

CHAPÉU - Drible que consiste em tocar a bola rente à cabeça do adversário e pegá-la do outro lado sem deixar que caia no chão. Um dos mais célebres lances de chapéu foi de autoria do ponta-direita Vivinho, do Vasco. Contra a Portuguesa, em 1988, Vivinho chapelou o defensor para a direita, chapelou de novo para a esquerda e chutou de canhota, tudo sem deixar a bola cair no chão. Um golaço que entrou para a história. Depois dele, Vivinho voltou para o anonimato.

Fontes: Revista Placar; Wikipédia.