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sábado, 10 de novembro de 2012

Descoberta nova espécie de dinossauro

Xenoceratops foremostensis era herbívoro e tinha
duas toneladas, diz estudo. Parente do triceratops,
viveu há  cerca de 80 milhões de anos.

Um grupo de cientistas do Canadá descobriu uma nova espécie de dinossauro com chifres. Conhecida como Xenoceratops foremostensis, a espécie foi identificada a partir de fósseis originalmente coletados em 1958.


Medindo aproximadamente 6 metros de altura e pesando mais de duas toneladas, o dinossauro seria, de acordo com os pesquisadores, herbívoro e representa o mais antigo exemplar com chifres do Canadá. A pesquisa foi publicada no periódico Canadian Journal of Earth Sciences.

"Surgidos há 80 milhões de anos, os dinossauros com chifres da América do Norte passaram por uma explosão evolucionária", afirmou o autor do estudo e curador de paleontologia vertebrada no Museu de História Natural de Cleveland, Dr. Michael Ryan. "Xenoceratops nos motra que mesmo os mais antigos ceraptors (grupo de grandes dinossauros) tinham chifres gigantes na cabeça e que a ornamentação do crânio só se tornaria mais elaborada com a evolução de novas espécies", afirma.

O termo Xenoceratops significa "alien de chifre no rosto", referindo-se à incomum distribuição de chifres na cabeça do animal e à escassez de fósseis desses chifres nos registros de material encontrado. O artigo afirma também que o dinossauro possuía um bico semelhante ao de papagaio com dois longos chifres acima dos olhos.

O novo dinossauro foi descrito a partir de fragmentos do crânio de pelo menos três indivíduos que foram coletados na década de 1950, mas não foram estudados anteriormente. Eles estão armazenados no Museu Natural de Ottawa, no Canadá. A descoberta é a última de uma série de resultados encontrados pelos pesquisadores Michael Ryan e David Evans como parte do Projeto Dinossauro da região sul de Alberta, desenvolvido para preencher as falhas no conhecimento de répteis pré-históricos e estudar sua evolução.

"A descoberta de espécies antes não conhecidas ressalta a importância de ter acesso a coleções científicas", afirma Kieran Sheperd, coautor do estudo e curador de paleobiologia no Museu Natural do Canadá. "Essas coleções fornecem potencial para muitas novas descobertas", completa.

Fonte: Terra

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tutancâmon morreu de epilepsia

Tutancâmon morreu de uma doença que o deixou com seios proeminentes? O cirurgião britânico Hutan Ashrafian, do Colégio Imperial de Londres, acredita que o faraó do antigo Egito, famoso pela sepultura encontrada quase intacta em 1922, tinha um desequilíbrio hormonal gerado por uma epilepsia do lobo temporal. O problema também lhe causava alucinações à luz do Sol, o que pode justificar a lenda de que tinha visões religiosas.

A morte do faraó, há 3 mil anos, já foi alvo de diferentes versões. Assassinato, lepra, picada de cobra e até a queda de uma biga. Para Ashrafian, porém, o segredo pode estar nos "seios" da múmia.

O tipo de epilepsia que lhe dava uma forma feminina pode tê-lo matado. Já a possibilidade de uma queda foi reforçada devido a recentes exames raios X que mostram ossos quebrados do corpo.

O cirurgião diz que esculturas e pinturas do faraó, além das de quatro homens próximos, mostram que eles possuíam seios e também quadris largos. Ele argumenta que todos morreram jovens, o que pode sugerir algum tipo de condição hereditária.

Ashrafian também encontrou pistas de associações entre dois dos faraós estudados com relatos de visões religiosas. O crescimento das mamas nos homens é denominado ginecomastia. No período de Tutancamôn, tinha-se poucas informações sobre o problema.

Fonte: Globo - Ciência

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O primeiro dentista da história

Dente coberto por cera na parte amarela
Dente de 6,5 mil anos com cera de abelha pode ser 1º vestígio de dentista. Um osso de mandíbula com coroa foi achado na Eslovênia, no Leste Europeu. Esse material pode ter servido para diminuir a dor e sensibilidade de rachadura.

Um dente de 6,5 mil anos de idade encontrado na Eslovênia, no Leste Europeu, pode ser o vestígio mais antigo da existência de um dentista, aponta um novo estudo italiano publicado na revista científica "PLoS One". Isso porque a coroa continha um preenchimento de cera de abelha que pode ter sido aplicado para diminuir a dor e a sensibilidade da pessoa.

Os pesquisadores, liderados por Federico Bernardini e Tuniz Claudio, do Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica, analisaram um osso de mandíbula que incluía um dente humano.

Trabalhando em conjunto com o laboratório de física Sincrotrone Trieste e outras instituições, a equipe concluiu que a cera foi aplicada na época da morte do indivíduo, mas não é possível saber se foi antes ou depois.

Se o material foi colocado antes, provavelmente se destinou a reduzir o desconforto provocado por uma rachadura vertical nas camadas de esmalte (externa) e dentina (mais interna).

Segundo Tuniz, o desgaste severo do dente ocorreu possivelmente por um uso em atividades não alimentares, como a tecelagem, normalmente feita por mulheres do período Neolítico - entre 10 mil a.C. e 3 mil anos a.C.

Evidências odontológicas na pré-históra são escassas, por isso esse novo objeto pode ajudar a fornecer informações sobre os primeiros "consultórios" dentários. A descoberta, de acordo com Bernardini, pode ser a evidência mais antiga de odontologia e terapia paliativa dental em toda a Europa.

Fonte: G1

sábado, 22 de setembro de 2012

Novas ossadas pré-históricas em Laguna

Equipe de arqueólogos da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) localizaram 13 ossadas pré-históricas no sítio arqueológico em Cabeçudas, município catarinense de Laguna. Este foi o resultado de duas semanas de escavações e a expectativa é de que, nos próximos dias, novos achados sejam localizados. Só nesta manhã (19/09/2012) dois novos esqueletos surgiram das escavações.

O que chamou a atenção dos pesquisadores é a grande quantidade de ocre recobrindo as ossadas, evidência que determina um cuidadoso preparo do corpo por estes grupos humanos, conhecidos como sambaquieiros, caracterizando um padrão de sepultamento utilizado por grupos do litoral.

"Esse mineral já havia sido detectado em ossadas encontradas há algum tempo, mas o que estamos vendo nessas novas descobertas é uma quantidade muito grande", afirma a arqueóloga Deisi Scunderlick Eloy de Farias, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia (Grupep-Arqueologia) da Unisul e do projeto.

O sítio arqueológico Cabeçudas é conhecido e estudado desde o século 19. Com dois hectares de extensão, cerca de 300 esqueletos já foram retirados dali, constituindo-se assim na maior coleção de peças arqueológicas localizadas em um só sítio arqueológico do país. No momento, além do Grupep-Arqueologia da Unisul, também arqueólogos da USP e da Universidade Federal do Rio de Janeiro pesquisam ali. Cada uma dessas equipes está em um local diferente do sítio.


As escavações a cargo do Grupep-Arqueologia são exatamente no local que será impactado com a construção do pilar de uma ponte, prevista nas obras de duplicação da BR-101. De acordo com a legislação atual, toda e qualquer obra que impacte o meio ambiente precisa ser acompanhada por arqueólogos para evitar que eventuais sítios arqueológicos sejam danificados. Quando alguma evidência é localizada, a indicação é que elas sejam retiradas do local e preservadas.

Vale ressaltar que a pesquisa não atrapalhará o andamento da obra, pois este procedimento estava previsto desde o início da duplicação da rodovia e contemplado no cronograma de execução.

Fonte: Portal Sul Notícias.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O registro mais antigo do uso do fogo

Pedaço de osso chamuscado há 1 milhão
de anos (Foto: Paul Goldberg/Divulgação)
A descoberta do uso do fogo por hominídeos recua a data desse domínio em 300 mil anos. Cinzas de plantas e ossos chamuscados foram encontrados em uma caverna. Mais uma reportagem para (des) complicar mais ainda a "coisa" (opinião deste blogueiro)   .

Um estudo publicado em 02/04/2012 pela "PNAS", revista da Academia Americana de Ciências, indica que nossos antepassados começaram a dominar o fogo há um milhão de anos - 300 mil antes do que os pesquisadores acreditavam anteriormente.

O artigo afirma que esta é "a mais antiga evidência segura de fogo em um contexto arqueológico".

A descoberta se baseia em fragmentos encontrados na caverna Wonderwerk, na África do Sul. São cinzas de plantas e pedaços de ossos chamuscados, aparentemente queimados dentro da caverna, e não trazidos de fora por fenômenos naturais.

Além disto, objetos encontrados no sítio arqueológico, como minério de ferro, também foram expostos ao fogo. A análise dos especialistas, feita com uma tecnologia em infravermelho, mostrou que a temperatura da fogueira de folhas e gravetos não passava de 700 graus Celsius.

O achado fundamenta estudos anteriores, que afirmam que o Homo erectus - antepassado do homem moderno - era adaptado à dieta de alimentos cozidos.

"O impacto de cozinhar alimentos é bem documentado, mas o impacto do controle do fogo teria alcançado todos os elementos da sociedade humana. Socializar em volta de uma fogueira de acampamento pode ser, na verdade, um aspecto essencial do que nos torna humanos", afirmou Michael Chazan, um dos autores da pesquisa, em material divulgado pela Universidade de Toronto, no Canadá, onde ele trabalha.

Fundo da caverna Wonderwerk (Foto: R. Yates/Divulgação)


Fonte: G1;

Estátua pode retratar uma gladiadora


Estatueta da Roma Antiga: registro
de uma mulher gladiadora vitoriosa?
A estatueta retrata uma moça de porte atlético e torso nu. O braço erguido e a mão que segura um objeto (uma pequena espada?) sugerem triunfo - ou ameaça. Para um pesquisador espanhol, trata-se da única imagem de uma gladiadora vitoriosa a chegar até nós.

A análise da peça romana está em artigo na edição recente da revista especializada "International Journal of the History of Sport" e é assinada por Alfonso Manas, da Universidade de Granada.

A estatueta de bronze não é, em si, uma descoberta nova. Ela integra o acervo do Museu de Arte e Comércio de Hamburgo, na Alemanha. Ocorre que a interpretação corrente sobre a figura é que ela retratava apenas uma atleta depois do exercício.

É que os estudiosos anteriores consideravam que o objeto na mão da moça seminua seria um estrígil, um raspador curvo, de metal, que os gregos e romanos antigos usavam para limpar a pele após se exercitarem.

O sujeito suado e sujo de pó aplicava uma camada de azeite perfumado sobre a pele e depois usava o estrígil para raspá-la. A limpeza era concluída com um bom banho, de preferência nas termas que eram uma das marcas da civilização romana.

No entanto, argumenta Manas, a postura da garota seria absurda se ela estivesse mesmo segurando um estrígil acima da cabeça e olhando para baixo. De fato, a iconografia da Antiguidade costuma mostrar as pessoas raspando a pele com o apetrecho, e não desse jeito.

Ele propõe que, na verdade, o objeto é uma "sica", espada curta ou adaga recurva usada pelos gladiadores. E aponta outros sinais que apontariam para a identidade da figura como lutadora.

A faixa amarrada no joelho também era comum entre os gladiadores. E os seios nus vão contra a tese de que se trata de uma atleta (no mundo greco-romano, por definição, uma pessoa de condição livre): as poucas mulheres esportistas da época não mostravam os seios ao treinar.

Já escravas (categoria em que se encaixavam todos os gladiadores, fora um ou outro aristocrata maluco que quisesse entrar na arena) tinham bem menos barreiras para mostrar o busto.

Anna McCullough, pesquisadora da Universidade do Estado de Ohio (EUA) que estuda as poucas pistas sobre as gladiadoras romanas que chegaram até nós, diz que, a princípio, a interpretação do pesquisador espanhol parece fazer sentido.

"O gesto da estátua é bem mais parecido com uma pose de triunfo do que com a de alguém que está usando o estrígil", disse ela ao site americano "LiveScience.com".

Por outro lado, ela disse estranhar a ausência de algum tipo de armadura ou capacete protegendo o corpo da suposta lutadora.

Fonte: Folha - 02/05/2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O naufrágio mais antigo do Brasil

A equipe de arqueólogos e mergulhadores que descobriu no litoral de Santa Catarina fragmentos de um navio espanhol identificou que as peças correspondem a um naufrágio ocorrido em 1583, o mais antigo que se tem notícia no Brasil.

A primeira peça foi encontrada em 2005, mas foi apenas recentemente, quando trouxeram à superfície novos vestígios e após uma pesquisa histórica, que veio a comprovação de que se trata de um navio espanhol afundado no século 16, afirmaram à Agência Efe fontes da ONG Projeto Barra Sul e da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), responsáveis pela descoberta.

As peças resgatadas e a pesquisa indicaram que o naufrágio é de um navio integrante de uma frota que partiu da Espanha em 1581 com o objetivo de construir duas fortalezas no Estreito de Magalhães - passagem natural entre os oceanos Atlântico e Pacífico - para conter o avanço dos piratas ingleses que ameaçavam os territórios descobertos na América.

Documentos históricos situam o acidente no dia 7 de janeiro de 1583 no litoral brasileiro. "No dia 14 de março, começaremos uma nova temporada de mergulho para tentar retirar o máximo de objetos", adiantou à Efe Beth Karam, assessora de imprensa da Unisul.

Conforme os responsáveis, até abril será possível retirar todo o material depositado em um banco de areia de três metros de extensão e descobrir o restante da embarcação. A descoberta foi atribuída aos mergulhadores do Projeto Barra Sul, uma organização criada em 2005 para encontrar vestígios arqueológicos submarinos no litoral de Santa Catarina e que até o momento localizou outros três naufrágios do século 16.

A primeira peça do navio resgatada foi uma pedra com desenho em alto-relevo de dois leões e dois castelos com um símbolo português no meio. Esse escudo remete aos reinos de León y de Castilla e ao período da União Ibérica, quando os reinos de Espanha e Portugal eram unificados, entre 1580 e 1640. Para os arqueólogos, a pedra aparentemente seria colocada na entrada da fortaleza.

Os pesquisadores resgataram ainda uma placa triangular, datada de 1582, com o nome do então rei da Espanha, Felipe II. Segundo os especialistas, o objeto seria um distintivo de posse que os navegantes e descobridores costumavam deixar como marco nos territórios explorados pela primeira vez.

Nas expedições submarinas de março, os mergulhadores tentarão recuperar um canhão, cerâmicas, pedras de lastro e projéteis de diferentes calibres já avistados. O litoral de Santa Catarina, que no século 16 ainda não havia sido colonizado por Portugal, foi rota de várias expedições espanholas a partir da realizada em 1525 por Rodrigo de Acuña, que deixou 17 de seus tripulantes na ilha de Santa Catarina, onde posteriormente Florianópolis foi fundada.

Entre os expedicionários que passaram por Santa Catarina estão Sebastián Caboto (1526-1527) e Álvar Núñez Cabeza de Vaca, que desembarcou na região em 1541 para seguir por terra até o Paraguai, sendo o primeiro europeu a avistar as Cataratas do Iguaçu. O Projeto Barra Sul considera que a região é um cemitério de navios, ponto "estratégico e crítico por ser o último porto para abastecimento dos navegantes europeus com destino ao Rio da Prata e ao Estreito de Magalhães, e por causa do leito acidentado e bancos de areias móveis", explicou Gabriel Corrêa, diretor do projeto.

Fontes: Terra; G1.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A seca e o declínio da civilização maia

Templo em Tikal, símbolo do auge da civilização maia (Foto: Science/AAAS)

Um estudo publicado em fevereiro deste ano indica que mudanças climáticas teriam sido as verdadeiras culpadas pela decadência da civilização maia, que dominava a península de Yucatán e o norte da América Central, onde atualmente ficam o sul do México, Belize, Guatemala e partes de Honduras e El Salvador.

O auge do povo maia foi entre os anos 800 e 1000 d.C.. A partir daí, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram dominados pelos espanhóis, e ainda vivem na mesma região.

A pesquisa, publicada na revista "Science", diz respeito ao declínio no período clássico maia, nos séculos 9 e 10. Nessa época houve uma redução de entre 25% e 40% no volume das chuvas, provavelmente provocada por tempestades de verão cada vez mais brandas. Os dados foram obtidos pela análise de rochas e lagos atuais.

A seca é relativamente branda e, em geral, não provocaria o declínio de uma civilização bem estabelecida. Porém, nesse caso, ela teve grande impacto sobre os maias, pois eles dependiam das chuvas de verão para encher os reservatórios e garantir a produção agrícola – uma vez que não há rios nas planícies de Yucatán.

Os resultados servem como um alerta, pois é possível que haja novas secas na região em um futuro próximo. “Há diferenças também, mas o alerta é claro. O que parece ser uma redução mínima na disponibilidade de água pode levar a problemas importantes e de longa duração”, afirmou Martín Medina-Elizalde, do Centro de Pesquisa de Yucatán, no México, um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, à qual ele também é vinculado.

Fonte: G1

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mausoléu de Halicarnasso

O mausoléu foi uma homenagem que a rainha Artemísia II, mandou construir, em 353 a.C., para o túmulo de seu irmão e esposo, o rei Mausolo. O rei Mausolo, era sátrapa da província de Cária, governou entre 377 e 353 a.C., e vivia em Halicarnasso na Turquia.

A palavra mausoléu surgiu por conta do rei Mausolo, que teve um reinado sem grandes percalços. Casou-se com a irmã, Artemísia, que o amava muito. Quando morreu, a tristeza dela foi tão grande que, segundo uma lenda, ordenou que as cinzas dele fossem misturadas à sua água e comida, para lamentar sua perda.

Para celebrar seu irmão e marido, Artemísia encomendou um grande mausoléu que abrigasse seus restos mortais. Selecionou o arquiteto Pítis para o projeto e contratou quatro escultores para embelezar a edificação (isso queria dizer um escultor para cada face do templo - Pítis esculpiria a estátua que decoraria o ápice do mausoléu). Os escultores selecionados foram Escopas, Briáxis, Leocarés e Timóteo.

Uma colina com vista para a cidade e a baía foi selecionada como local do mausoléu. Os trabalhos foram iniciados em 353 a.C. O mausoléu tinha 45 metros de altura, com uma base de 32 metros; incluía uma pirâmide de 24 degraus e sete metros de altura; e uma estátua encimando o conjunto, com altura de seis metros. O historiador Plínio, da era clássica, escreveu que o perímetro do mausoléu tinha 134 metros.

Escavações mais modernas levaram uma equipe dinamarquesa que trabalhou no local entre 1966 e 1977 a revelar que a construção provavelmente tinha 30 por 36 metros, com 36 colunas de sustentação.

A rainha jamais viu pronto o monumento a seu marido. Morreu apenas dois anos depois de Mausolo e foi sepultada com ele. No entanto, os trabalhos no mausoléu continuaram porque os artistas desejavam concluir seus projetos. Entre eles estavam a escultura de Mausolo e Artemísia em um carro puxado por quatro cavalos, obra de Pítis; frisos descrevendo a guerra entre os gregos e as amazonas; diversas corridas e guerras entre os lápitas (o povo da antiga Tessália) e os centauros (criaturas míticas, meio homens, meio cavalos); além de outras esculturas. Hoje, alguns restos dessas esculturas e frisos podem ser vistos no Museu Britânico.

No século 15, terremotos abalaram a fundação do mausoléu, que despencou lentamente. Por volta de 1494, os Cavaleiros de São João de Malta usaram os restos do tempo para reforçar seu castelo. Eles também queimaram colunas de mármore para criar argamassa.

Escavações no mausoléu localizaram coisas bastante interessantes. Em 1522, Charles Guichard localizou a câmara de sepultamento de Artemísia, que continua um sarcófago de alabastro - mas, misteriosamente, nenhum cadáver. A equipe dinamarquesa que escavou o local no fim dos anos 60 encontrou restos de ovos, pombas, carneiros e bois, provavelmente oferecidos ao rei e rainha como alimentos para depois da morte.

Fontes: History Channel; Princeton; HistoriaMais.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

As múmias dos chinchorros

Múmia chinchorra
Uma remota comunidade de pescadores da América do Sul tinha praticado a arte da mumificação antes mesmo do nascimento da civilização e pelo menos 2.000 anos antes dos lendários preparadores de múmias do antigo Egito. Já há algum tempo que se sabia que um povo antigo vivera outrora na costa de Atacama, na extremidade do deserto. Foi-lhes dado o nome de Chinchorros da palavra espanhola para designar uma pequena rede de pesca em forma de bolsa.

Os chinchorros vieram dos Andes, descendo os rios da cordilheira até o mar. Ocuparam os estuários da costa do Pacífico atraídos pela abundância de peixes, focas, moluscos e pelicanos, e viraram pescadores. A região em que se fixaram é uma das habitadas há mais tempo na América.

Segundo o professor Virgilio Schiappacasse, do Museu Natural de Santiago de Chile, na costa chilena há sítios arqueológicos, do complexo cultural Huentelauquen, com mais de 9.000 anos. “Em sítios andinos como Tojo-Tojone e Patapatane, de 9.400 anos, foram achados moluscos e ossos de peixe, confirmando o intercâmbio entre as montanhas e a costa.”

Os primeiros vestígios dos chinchorros foram descobertos pelo arqueólogo alemão Max Uhle em 1917. Desde estão, já foram desenterrados 282 corpos no deserto de Atacama, ao norte do Chile, dos quais 133 preservados naturalmente e 149 mumificados. Conhece-se ainda muito pouco sobre essa cultura fúnebre. Segundo o arqueólogo Bernardo Arriaza, da Universidade de Tarapacá, em Arica, Chile, as sofisticadas técnicas de conservação dos corpos foram “uma invenção local, melhorada pouco a pouco”. Mas o incrível mesmo é a antigüidade das múmias. A mais velha delas data de 5.050 a.C. Ou seja, 2.000 anos antes da mumificação surgir no vale do Rio Nilo, no Egito.

O embalsamamento exigia um longo trabalho meticuloso. Desenvolveram técnicas e estilos diferentes: de 5.050 a.C. a 2.800 a.C., removiam a pele, a carne e os órgãos do corpo (incluindo olhos e cérebro), deixando mãos e pés, cujos ossos diminutos dificultam o trabalho. Para sustentar o esqueleto, atavam pedaços de madeira à espinha, pernas e braços. O corpo era estofado com junco, plantas secas e uma pasta de cinzas e água, amalgamada com sangue de foca, ovos de aves e cola de peixe. A pele era recolocada e o rosto esculpido como máscara, com nariz, olhos e boca. Tudo pintado com tinta negra, extraída de areia rica em mangânes da praia. Uma peruca de cabelos humanos dava o arremate final.

De 2.800 a.C. a 1.700 a.C. a tinta passou a ser ocre vermelho, extraída de rochas. Os cadáveres deixaram de ser desmembrados e os órgãos eram retirados através de incisões. O corpo era estufado com terra. Tripas de pele humana ou de pelicano enrolavam pernas e braços. O último período durou de 1.700 a.C. a 1.500 a.C, quando os órgãos deixaram de ser retirados. O corpo passou a ser tratado só externamente, recoberto por uma pasta endurecida feita de lama, areia e cola de peixe.

Os chinchorros, afirma Arriaza, tinham uma relação de reciprocidade com os mortos, orientada para as necessidades dos vivos. “Cuidando das múmias, procuravam proteção dos antepassados. Os tempos eram difíceis. A costa sofria muitos terremotos e maremotos.” Esse, aliás, é o único vínculo entre esses pescadores pré-históricos e os incas, cujo império se consolidou 3 000 anos depois. Ambos povos veneravam os cadáveres. “Os mortos faziam parte da sociedade”, diz Arriaza. “Em muitas culturas eles são depositados em lugares distantes das aldeias. Mas entre os chinchorros e os incas não.”

A arqueologia andina deve muito à Companhia de Águas de Arica, no Chile. Uma instalação de encanamentos no costão de El Morro, na periferia da cidade, no dia 25 de outubro de 1983, revelou um cemitério inteiro a um metro de profundidade. Os arqueólogos do Museu Arqueológico San Miguel de Azapa, da Universidade de Taracapá, tiveram a surpresa de suas vidas. “Havia 96 corpos”, conta Bernardo Arriaza. “A maior parte, múmias sofisticadas, de períodos distintos, ao longo de 3 500 anos. As múmias artificiais mais antigas do mundo”.

El Morro revelou objetos, anzóis, arpões e lanças que mudaram o entendimento da pré-história americana. Os objetos mostraram que, ao contrário do que se supunha, os chinchorros não eram caçadores ou coletores que migravam por longas distâncias, mas populações estáveis, assentadas em vilas de pescadores.

A análise do intestino das múmias revelou 3 000 anos de dieta estável: peixe, foca, moluscos, algas, alguns poucos animais terrestres como o veado e o guanaco, e sementes de tomate e hortelã. Quase 20% sofriam de vermes, talvez porque comessem cru ou parcialmente cozido. Em compensação, não tinham cáries, porque peixes não têm carbohidratos capazes de danificar os dentes. A julgar pelos chinchorros, muita coisa ainda pode ser descoberta na pré-história americana.

Para saber mais:

Beyond Death: The Chinchorro Momies of Ancient Chile, Bernardo Arriaza, Washington, Smithsonian Press, 1995; Cidades Perdidas e Antigos Mistérios da América do Sul, David Hatcher Childress, São Paulo, Siciliano, 1987; Poder Político e Religião nas Altas Culturas Pré-Colombianas, Ciro Flamarion Cardoso, In: América em Tempo de Conquista, Ronaldo Vainfas, Rio, Jorge Zahar, 1992.

Fontes: Revista Superinteressante; Corvo Branco tripod.com.

O som das flautas pré-históricas

Há 24.000 anos, as flautas e gaitas feitas de madeira e pedra produziam um som que lembra o jazz e o blues contemporâneos. A descoberta é do inglês Graeme Lawson, do Levantamento Arqueológico Musical, em Cambridge.

Para achar a escala musical das bandas primitivas, Lawson está analisando a construção das flautas e as marcas microscópicas deixadas pelos dedos sobre elas. Ele encontrou uma estrutura básica semelhante à escala moderna, em que o intervalo entre uma nota e outra tem uma diferença de 5,9% na freqüência do som. De vez em quando aparece uma nota estranha, num intervalo que mais lembra os dos gaitistas escoceses.

O arqueólogo achou também sinais do movimento típico dos jazzistas, de escorregar o dedo sobre os buracos da flauta para mixar duas notas.

Mas por que então a maior parte das flautas foi achada junto com lixo pré-histórico?

Segundo Lawson, é que era muito difícil fazer buracos perfeitos, nas distâncias adequadas. A maior parte da produção era jogada fora.

Fonte: Revista Superinteressante

domingo, 30 de outubro de 2011

Toque de Midas

O rosto do rei Midas, reconstituído.
Arqueólogos ingleses, depois de 2.700 anos, conseguiram reconstruir o rosto do rei Midas, aquele que segundo a lenda transformava em ouro tudo que tocasse.

Midas, que governou de 738 a 696 a.C., foi o mais importante monarca dos frígios, povo que dominou a Ásia Menor entre os séculos XII e VII a.C.

O seu crânio foi encontrado na Turquia em 1957 e desde então ficou esquecido. Mas, com base nesse crânio, por sinal em péssimo estado, os pesquisadores - em especial o médico forense Richard Neave, um artista mundialmente conhecido por seu trabalho de reconstituição facial -, em 1989, conseguiram a proeza de refazer a face do rei.

Injetando produtos químicos nos ossos para endurecê-los e usando os mesmos materiais que os dentistas empregam em seus moldes, os cientistas obtiveram uma máscara perfeita, com a qual esculpiram o rosto de Midas.

As técnicas usadas pelos arqueólogos acabaram servindo também a uma finalidade insuspeitada - reconstituir rostos não identificados e assim resolver crimes considerados insolúveis. Graças a isso, a polícia inglesa pôde descobrir a quem pertencia o crânio encontrado num jardim em 1969: era de uma mulher que havia sido assassinada.

Fontes: Revista Superinteressante - Fevereiro de 1989; Isto É - 24/11/2004.

sábado, 29 de outubro de 2011

Luizão, o brasileiro pré-histórico

Morreu jovem, ele devia ter no máximo 18 anos. Forte, ágil e musculoso, tinha traços suaves, quase andróginos. Esse brasileiro pré-histórico, apelidado de “Luizão”, viveu há 8.500 anos. Fazia parte da primeira família humana a povoar o Brasil Central, 11.500 anos atrás. Seu povo morava em abrigos rochosos que existem às centenas na bacia do rio das Velhas, em Minas Gerais. Eles viviam entre matas e cerrados nos últimos milênios da Era do Gelo, e enfrentavam um clima bem mais seco e frio do que o atual.

Ninguém sabe como “Luizão” morreu. Pode ter sido de doença, acidente, numa luta contra tribos inimigas, ou vítima das longas presas curvas de um tigre dentes-de-sabre. A vida desses pioneiros era um risco constante, poucos ultrapassavam os 30 anos. O jovem caçador não teve essa sorte. Quando morreu, seus ossos descansaram ao lado das paredes rochosas e, com o passar dos anos, ficaram esquecidos.

O clima se alterou drasticamente. Os lagos secaram, as florestas sumiram, mastodontes, preguiças, ursos, lhamas e tatus gigantes desapareceram do planeta, e até o povo de Lagoa Santa, como ficou conhecido por 160 anos de pesquisas arqueológicas, desapareceu quase por completo.

A história do brasileiro pré-histórico, a quem os cientistas chamam de “HW-04”, enfim começa a ser recontada. Tudo começou na década de 1930, quando o cônsul britânico Harold Walter, arqueólogo nas horas vagas, decidiu escavar cavernas de Lagoa Santa, vilarejo em Minas Gerais que ficou famoso em 1844, quando o naturalista dinamarquês Peter Lund revelou ao mundo os esqueletos e milhares de fósseis de uma incrível fauna extinta. Durante duas décadas, o cônsul britânico reuniu uma coleção com dezenas de esqueletos humanos, entre eles o crânio de “Luizão”. Seus restos ficaram guardados no Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As coisas começaram a mudar em 1998, quando o antropólogo mineiro Walter Neves, coordenador do Laboratório de Estudos Evolutivos da Universidade de São Paulo (USP), analisou e mediu a coleção de 81 crânios. Sua intenção era reunir evidências para provar a tese de que os primeiros habitantes de Minas Gerais tinham traços negróides, bem diferentes dos índios atuais, e muito parecidos com os dos aborígines australianos e dos africanos de hoje. Entre os diversos crânios, ele selecionou um em excelentes condições. Fez uma réplica em resina e enviou a Manchester, na Inglaterra, para o médico forense Richard Neave, um artista mundialmente conhecido por seu trabalho de reconstituição facial.

O inglês Neave se surpreendeu com o estudo dos crânios de Lagoa Santa. Por isso, aceitou fazer de graça o molde do rosto de “Luizão”, junto da assistente Denise Smith. Seu trabalho consumiu um ano e pode representar uma pá de cal na teoria da ocupação do continente americano. “Essa tese se apóia em dados estatísticos e em evidências científicas e pode colocar de cabeça para baixo todo o pensamento convencional”, diz. A repercussão política promete ser grande e envolve a discussão sobre os verdadeiros donos da terra que aqui viviam antes da chegada dos colonizadores europeus. “Essa nova teoria brasileira é fascinante, provocativa e tem um poder explosivo incrível”, afirma Neave.

O retrato do caçador de Lagoa Santa ficou pronto, e a beleza dos traços de “Luizão” é tamanha que joga para segundo plano o fato de haver poucas informações sobre ele. A precariedade dos registros de Harold Walter está no fato de as escavações terem sido realizadas antes de 1950, quando foi inventada a datação pelo método carbono-14.

Mama África – A reconstituição facial de “Luizão” serve como uma luva para evidenciar a teoria do povoamento do Novo Mundo formulada em 1989 por Walter Neves e pelo argentino Héctor Pucciarelli. Ao tomar as medidas de diversos crânios sul-americanos com mais de 8 mil anos, eles constataram que não podiam pertencer a índios descendentes de asiáticos, mas de negróides. Daí para lançar a idéia de que os primeiros humanos modernos a adentrar o continente americano teriam traços de africanos e de aborígines australianos foi um pulo.

Sabe-se que nossa espécie, o Homo sapiens, evoluiu na África e de lá saiu para povoar todos os continentes. A segunda leva migratória dos humanos modernos teria bordejado a costa do oceano Índico e cruzado o Sudeste Asiático até desembocar na Indonésia e na Austrália, há pelo menos 40 mil anos. Os aborígines australianos e da Nova Guiné, ambos negros retintos, são ancestrais diretos desses pioneiros. Para Neves e Pucciarelli, a onda migratória não parou por aí. Se alguns grupos humanos que estavam na Ásia resolveram tomar a rota Sul, em direção à Oceania, outros preferiram bordejar o Pacífico, na direção Norte-Nordeste, passando ao largo da Sibéria para atravessar o estreito de Bering e invadir o Alasca – milhares de anos antes de o primeiro siberiano com traços mongolóides refazer a rota.

Como todos os índios americanos têm traços mongolóides, resta a dúvida de qual fim levaram os primeiros povos aborígines do Novo Mundo. Há três possibilidades. Eles podem ter morrido sem deixar descendentes, vitimados pelas flutuações climáticas. De acordo com Walter Neves, que coordena desde 2000 um projeto nas grutas de Lagoa Santa com patrocínio da Fapesp, o povo de “Luizão” habitou o vale do rio das Velhas num período em que o clima era mais úmido e agradável. A partir de 7.500 anos atrás, no entanto, o ressecamento causou um abandono quase completo do local. Isso explicaria o fato de a região ter experimentado um esvaziamento populacional, apenas revertido a partir de 4 mil anos atrás, quando o clima assumiu suas condições atuais.

Outra explicação para o desaparecimento dos homens de Lagoa Santa é terem sido mortos pelos mongolóides recém-chegados, que já dispunham de arco e flecha. Há uma terceira hipótese, a de uma nova migração de siberianos dotados de tecnologia superior.

Fonte: Isto É - 24/11/2004.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pregos da cruz de Cristo geram polêmica

O documentarista Simcha Jacobovici afirmou que dois pregos encontrados numa tumba em Jerusalém podem ter sido usados na crucificação de Cristo, hipótese que foi criticada e causou polêmica entre especialistas em arqueologia.

Os objetos foram encontrados em 1990, durante uma escavação na região montanhosa de Armon Hanatziv, 6 quilômetros ao sul da cidade antiga de Jerusalém. A área agora possui um parque e prédios residenciais.

No local, estavam dois ossuários - caixas contendo restos mortais antigos -, ambos com a inscrição "Caifás", nome do sumo sacerdote de Jerusalém durante o período de Cristo.

Segundo a Bíblia, foi ele quem entregou Jesus ao governador romano Pôncio Pilates, para ser depois condenado à morte por crucificação. Os pregos estavam dentro de um dos ossuários.

Outros objetos foram encontrados dentro das caixas, como moedas, uma garrafa de perfume e um lampião. Os artigos foram levados a um laboratório na Universidade de Tel Aviv, onde passaram por estudos e ficaram guardados por cerca de 15 anos.

Para o documentarista, as autoridades israelenses não deram a importância devida aos pregos, que, segundo ele, teriam sido usados na crucificação e, anos depois, enterrados junto de Caifás por sua família.

O motivo disto, de acordo com o diretor, seria o fato do sacerdote ter mudado de ideia sobre Cristo após a cruficicação. Enterrar Caifás com os pregos seria uma maneira de dar-lhe proteção divina na vida após a morte.

Jacobovici considera as evidências "muito fortes", mas admite não ter 100% de certeza de que os pregos foram de fato utilizados para crucificar Cristo.

O assunto é tema de seu documentário Nails of the Cross ("Pregos da Cruz", em inglês), primeira parte de uma série chamada Jewish Secrets of Christianity ("Segredos Judeus do Cristianismo"), a ser transmitida por uma rede de TV israelense.

Nascido em Israel e criado no Canadá, Jacobovici é autor de diversos filmes e programas de TV em que explora assuntos relacionados à arqueologia e à história, como a série The Naked Archaeologist, transmitida pelo canal History Channel.

Polêmicas
Alguns documentários de Jacobovici sofreram críticas por sua suposta falta de apuro científico. Um deles foi The Lost Tomb of Jesus ("A Tumba Perdida de Jesus"), que afirma que a família de Jesus estaria enterrada em uma tumba próxima à cidade antiga de Jerusalém.

A Autoridade de Antiguidades de Israel, órgão que supervisionou as escavações em 1990, afirma que pregos são frequentemente encontrados em tumbas na região.

A entidade diz, segundo a agência Reuters, que o filme de Jacobovici é "interessante", mas a sua interpretação sobre os pregos é "fantasiosa". O órgão afirma ainda que "Caifás" era um nome comum à época, e que não há provas de que os ossuários contêm os restos do sacerdote.

O documentarista, citado pela agência Xinhua, contesta a Autoridade e diz que o nome era incomum, o que faz com que as caixas de ossos sejam de fato do religioso que entregou Cristo a Pilates.

Já Zvi Greenhut, da Autoridade de Antiguidades de Israel, que foi responsável pela escavação em Armon Hanatziv, negou, em entrevista à rede CNN, que os pregos que estão na Universidade de Tel Aviv sejam os mesmo que ele desenterrou.

Greenhut disse ainda que considera as teses de Jacobovici “imaginativas”.

Fonte: Último Segundo - IG, de 13/4/2011.