segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Gasolina do ar

Pesquisador da Air Fuel Synthesis observa protótipo
Uma empresa emergente inglesa anunciou ter desenvolvido uma tecnologia que permite produzir combustível a partir de ar e água. Mais precisamente, a partir de hidrogênio e gás carbônico, a substância que costuma ser responsabilizada pelas mudanças climáticas. O produto é o metanol, que pode ser processado para produzir combustíveis usados em motores de automóveis.

O princípio empregado pela Air Fuel Synthesis não é novo, embora nenhum grupo de pesquisas tenha conseguido fazê-lo funcionar de forma viável.

Apesar de estar sendo saudado pela imprensa como "gasolina feita de ar" - o próprio nome da empresa sugere isto - o processo está longe de ser eficiente, e nem mesmo compartilha de total entusiasmo dentro da comunidade científica que busca alternativas ao petróleo que sejam ambientalmente sustentáveis.

O protótipo fabricado pela empresa está em operação desde Agosto.

Funcionando em escala contínua, ele produziu cinco litros de combustível desde então.

O projeto agora é construir um reator maior, capaz de produzir uma tonelada de combustível por dia, o que dependerá de acordos com "potenciais parceiros tecnológicos e investidores", segundo a empresa.

A empresa afirma ser possível construir esse reator em escala piloto dentro de dois anos. Uma refinaria em escala comercial, contudo, deverá levar ainda 15 anos de novas pesquisas e aprimoramentos.

A produção de combustível líquido a partir de hidrogênio e CO2 seria uma alternativa para países sem reservas de petróleo, ainda que, no atual estágio, não seja possível estimar o custo do metanol produzido por essa via.

O avanço técnico alcançado pelos pesquisadores da empresa inglesa é significativo.

Mas algumas ressalvas são importantes justamente porque são resultados anunciados por uma empresa, e estarem sendo repassados pela grande imprensa como se a solução técnica já fosse um produto à disposição dos consumidores.

Fonte: Inovação Tecnológica.

Rastro do Halley cria chuva de meteoros

Imagem em cores falsas mostra meteoro sobre Tullahoma, nos Estados Unidos - Foto: Nasa/Divulgação

Como ocorre nessa época do ano, a Terra passa pelo rastro de um cometa. Os detritos, ao entraram na atmosfera do planeta, causam um espetáculo à parte - a chuva de meteoros oriónidas, que tem seu momento de maior intensidade na madrugada de domingo.

"O pico ocorrerá de sábado para domingo (...) uma coisa interessante é que o cometa cujo rastro causa esse fenômeno é o Halley", afirma o O astrônomo Bruno Mendonça, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro. O astrônomo diz, contudo, que a chuva deste ano não deve saltar aos olhos - a Nasa afirma que, normalmente, a oriónidas tem cerca de 20 meteoros por hora.

 Mendonça explica que esses fenômenos ocorrem todos os anos e, de tempos em tempos (geralmente, de décadas em décadas) passam por uma chuva de maior intensidade, com frequência de vários meteoros por minuto. Mas não é o caso desta oriónidas.

Quem quiser ver o espetáculo, deverá olhar para a constelação de Órion (as famosas "Três Marias" - as estrelas Mintaka, Alnilan e Alnitaka - ficam no centro da constelação) na madrugada. É possível ver a chuva em grandes e iluminadas cidades, mas em locais com pouca iluminação fica mais fácil ver as estrelas cadentes menos intensas.

Fonte: Correio do Povo - 22/10/2012.