sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mitu no menu

Se o distinto aí tivesse ido a Liverpool, durante a lamentada Copa do Mundo, ficaria espantado com o grande número de patrícios desembarcados no movimentado porto inglês.

Dizem até que lá chegou um navio da Cos­teira, cheio de torcedor apaixonado, dois dias depois de a seleção brasileira ter ido pra cucuia. Dizem também que o navio voltou de marcha à ré - mas isto eu não afirmo, apenas comento de ouvir dizer.

O que eu vi mesmo foi muito brasileiro se virando pra poder dormir. Lembro-me de uma tarde, em que saímos do Press Center" - eu e o coleguinha Achilles Chirol, que não me deixa mentir. A gente ia saindo e conver­sando em português, porque era muito pedante ficar ali gastando inglês entre si, quando se aproximaram três su­jeitos meio ressabiados. Um deles virou-se para o colegui­nha e perguntou:

— Os senhores são brasileiros?

Nós éramos (e ainda somos). O cara então quis saber se naquele prédio de onde saíamos tinha poltronas no corredor. O Achilles disse que tinha e os três ficaram muito contentes. Entreolharam-se e um deles propôs:

— Vamos entrar aí, turma. Assim a gente dorme um pouquinho nas poltronas.

To contando o caso, para vocês sentirem o drama de quem faz do futebol uma paixão capaz de levar um coita­do a atravessar um oceano para ir dormir em banco de jardim, numa cidade onde chove de duas em duas horas, e onde o verão é tão extenso que — no ano passado — caiu num domingo.

A sorte desses dignos representantes da plebe ignara que foram parar em Liverpool era a quantidade de brasi­leiros presentes. No idioma pátrio eles conseguiam pedir uma ajudazinha e iam maneirando. Mas, depois que o Bra­sil foi eliminado e os jornalistas tiveram que partir para outras cidades, onde prosseguiria o campeonato mundi­al, eles ficaram na maior bananosa, e quem não conse­guiu passagem de volta nos primeiros aviões passou até fome.

Foi o caso do homem que comia mitu!

Deu-se que, uma tarde, descia um grupo de jornalis­tas a principal avenida de Liverpool (cujo nome eu esque­ci, porque de Liverpool não estou querendo me lembrar de nada), quando apareceu o homem que comia mitu. Eu estava no grupo e vi quando ele se aproximou. Disse que era brasileiro, que não falava nem "yes" de inglês, e per­guntou se não podia almoçar com a gente. Vimos logo que ele estava pedindo benção a mendigo e chamando cachorro de dindinho. Quem lhe pagaria o almoço seria mesmo o grupo, mas como éramos vários nesse grupo, concordamos em levá-lo. Saía barato e era menos um nor­destino com fome (o nossa-amizade era pernambucano).

No restaurante, cada um pediu seu prato. O penúlti­mo a escolher pediu costeletas de carneiro com legumes, e o último, como quisesse a mesma coisa, disse, em in­glês, para o garçom:

— Me too!

Quando vieram os pratos o fominha olhou para as costeletas, depois olhou pro garçom e — como ouvira a pedida — apontou para o prato e disse:

-Mitu!

Ora, "mitu" pode ser "me too", e o garçom trouxe o mesmo prato para ele também.

Depois soubemos que o distinto dava o golpe em tudo que era brasileiro que entrava em restaurante. Pedia para almoçar junto e era o último a pedir: — Mitu! — e o garçom trazia.

Mas aí o Brasil entrou bem, os brasileiros se manda­ram e ele ficou lá. Consta que, depois de muita luta, arran­jou uns "shillings" e entrou num restaurante. Quando o garçom se aproximou, fez a pedida:

- Mitu!

O garçom não entendeu nada. Parece que, depois que os brasileiros foram embora... o mitu acabou.
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

Um predestinado

Os dois estavam na esquina, paquerando as mulheres que passavam. Era uma esquina de Copacabana e passava mulher às pampas. E os dois ali, numa abstenção dolorosa. Em se tratando de mulher, estavam mais atrasados que o interior de Mato Grosso. Quando passava uma mais bonitinha pouquinha coisa, um catucava o outro com o cotovelo e dizia, quase babando: — Olha que coisinha!

O catucado concordava e iam ambos virando a cabeça devagarinho, à medida que a boa ia passando. Daquele jeito não iam apanhar ninguém: no máximo, um torcicolo. Também, eu vou te contar, eram ambos tesos de fazer pena. Duros que só nádega de estátua.

Fizeram-se amigos casualmente. Os dois tinham vindo do interior para "fazer" o Rio. Um de um Estado do Sul, outro de um Estado do Norte. Copacabana era uma fascinação; por isso moravam em vaga de apartamento.

Uma dessas velhotas, que lutam com as maiores dificuldades e alugam quarto para rapaz respeitador e de boa família, alugou a cama da esquerda para um deles, o que veio do Norte e trabalhava num banco, agência de Copacabana, é lógico. Um mês depois chegou o do Sul, leu o anúncio no jornal: "...para rapaz de respeito. Alugo quarto com café da manhã".

— Ao menos o café da manhã eu garanto - pensou, e ficou com a vaga, cama da direita. A solidariedade da pobreza os fez amigos.

Um tinha 27 anos e o outro eu não sei, mas era mais ou menos da mesma idade. A necessidade do amor, da ternura feminina, de um carinho enternecedor, fazia do quarto um ambiente irrespirável. Por isso, de noite saíam, comiam uma besteirinha ali mesmo, debaixo do prédio, num restaurante anônimo, mas que poderia perfeitamente chamar-se "As Mil e Uma Moscas", e depois ficavam numa esquina de movimento, vendo passar mulher.

A intenção não era apenas ver passar. Havia sempre a esperança de que uma olhasse e desse bola. Neste caso o contemplado saía atrás e atropelava a caça, metia uma conversa. Mas bola mesmo só recebiam das profissionais. No começo chegaram a confundir, e um deles entrou na maior gelada. Pensou que estivesse agradando, foi em fren¬te, e depois, na hora de pagar, teve que deixar o relógio na cabeceira da piranha.

Isto não acontecia mais. Estavam com muita prática; só que não conseguiam atropelar bulhufas. Era desesperador; há meses que estavam invictos e um deles estava pensando justamente nesse recorde, quando passou um carro conversível com uma loura bacanérrima. A loura sorriu para o cara gordinho que dirigia, passou o braço pelo seu pescoço e sapecou-lhe um beijo na bochecha.

Os dois se entreolharam, enquanto o carro sumia: — Viste que covardia? — perguntou um.

- Vi — gemeu o outro.

- E viste o cara que estava com ela?

- Parecia uma foca. E nós dois aqui. Dois boas-pintas.

— ...boas-pintas mas tesos — lembrou o que achara covardia um sujeito tão feio com uma mulher tão legal.

Voltaram para o quarto numa fossa de fazer inveja a Franz Kafka. No dia seguinte, o que trabalhava num banco (o outro era comerciário e descontava para o IAPC, coitadinho) estava em sua cama, fazendo hora para o jantar no "As Mil e Uma Moscas", quando o companheiro chegou. Entrou no quarto, deu um boa noite alegre e começou a cantarolar, enquanto desembrulhava umas compras. Mostrou:

— Olha só. Comprei uma calça que é o fino, uma camisa italiana bárbara e este mocassim aqui que só falta falar.

— Quem te deu a dica? — perguntou o amigo, deslumbrado.

— Que dica?

— De que o mundo vai acabar?

— Não é nada disso, velhinho. Hoje, no trabalho, eu estive pensando. Só quem apanha mulher é dinheiro. As minhas economias que vão para o diabo. Você não viu ontem? Mulher, quando vê homem gastando, a gente nem precisa atropelar. Elas é que atropelam a gente, morou? O papai aqui vai mudar de tática. Vou mandar brasa. O Frank Sinatra, por exemplo...

— Que qui tem o Sinatra?

— As mulheres vivem atropelando ele. É claro: elas sabem que o homem ganha os tubos.

— Mas você não ganha.

— Mas vou fingir, ora essa! — meteu as roupas novas, penteou-se no caprichado e se mandou. Antes de sair, ainda disse pro outro: — To com um palpite, meu camarada. Hoje elas é que vão me atropelar.

O que trabalhava no banco não teve ânimo de acompanhar o amigo. Ficou onde estava, deitado na cama da esquerda. Foi aí que ouviu a freada. Correu para a janela.

O outro estava estatelado no asfalto. Um carro se afastava rápido do local, com uma loura na direção. Como era do Norte, pensou assim:

— Virge! Num é que os pensamento dele deu certo, esse menino?

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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

O padre e o busto

Foi na esquina das Ruas Leopoldo Miguez e Ba­rão de Ipanema. A flor dos Ponte Preta mora pertinho e sua janela dá para o lado da Igreja de São Paulo Apóstolo, que fica justamente num dos quatro cantos da menciona­da esquina. Explicado o  cenário, vamos à cena.

Passa muita mulher jeitosinha pelo local, vindo ou indo para a praia, banhar-se nas águas azuis do Atlântico Sul. Claro, passa também muito xaveco, muita gorda, muita magricela, mas quem for membro do SNP (Serviço Nacional de Paquera) e tiver um pouco de paciência vê passar cada certinha de fazer deputado largar Brasília.

Era assim a mocinha que vinha vindo. Ela caminhava pela Barão de Ipanema, no sentido contrário às outrora alvas areias de Copacabana. Tinha dado o seu mergulhinho, sem dúvida, e vinha com seus curtos cabelos pin­gando e a pele toda molhada e brilhante do óleo que pu­sera para se proteger do sol.

Eu disse que ela vinha caminhando? Besteira. Ela vi­nha era flutuando rente ao chão, balançando legal os seus pedaços mais encantadores. Uma sandalinha sumária, um pano colorido a que chamam "pareô" envolvendo-lhe a cintura, mas numa parte remota, a ponto de deixar-lhe o umbigo de fora e, daí pra cima, de atrapalhar a visão havia somente a parte superior do biquíni, um sutiã tão mixuruca que mais parecia uma gravatinha borboleta pregada ao busto. Trazia na mão direita uma cesta de palha com seus teréns de maquiagem e sob o braço esquerdo uma esteirinha enrolada.

E lá ia ela indiferente ao ronco dos homens que cru­zavam o seu caminho, até que chegou na esquina e parou no meio-fio, observando o trânsito. Foi aí que apareceu o padre. Para falar a verdade eu não vi de que lado veio o padre e vocês vão me perdoar o detalhe, mas é que, com aquilo tudo de mulher atravessando a rua, como é que eu ia observar padre, não é mesmo?

O que eu sei é que, de repente, ficaram os dois lado a lado. O Padre e a Moça. Eu até que me lembrei do poe­ma de Carlos Drummond de Andrade, sobre esse tema; poema que vem de ser transformado num belo  filme com a Helena Inês. Só que, no poema, o padre fica encantado pela moça e, ali na esquina, o padre era velhusco e gordo e estava era indignado com a exposição dos encantos da moça. Seu olhar de censura envolveu a bonitinha de alto a baixo, parando nos olhos, no pescoço, nos ombros, no busto, no umbigo, enfim, parando por ali tudo. E não se limitou à inspeção o piedoso sacerdote. Da minha janela eu ouvi quando ele chamou a certinha de sem-vergonha:

— Isto é uma falta de pudor. Suas carnes serão quei­madas pelas chamas eternas do Inferno — ele gritou.

Ela reagiu. Encolheu-se um pouco, mas reagiu:

— O senhor não tem nada com isso.

— Engana-se — retrucou o padre. — Tenho sim. Todos nós temos — e olhou em volta, buscando parceirada, mas — pelo jeito — estava todo mundo contra. O padre resolveu dar-se ao trabalho da catequese. Já tinha gente às pam­pas. Ele pigarreou e lascou: — São moças sem pudor, rapa­zes sem os freios da educação, que estão botando o mun­do a perder.

E tome de blablablá. A moça, irritada com o ataque, titubeou um pouco no meio-fio e procurou abrir cami­nho para se mandar dali. Uma mulher mulata e barriguda tentou impedir, mas a mocinha tinha as suas mumunhas. Deu um empurrão na mulata e foi saindo. E o padre lá:

— É por isso que a mocidade de hoje conhece me­lhor o busto de Gina Lolobrigida ou Sofia Loren (o padre era um bocado cinematográfico) do que os bons princípi­os. Deve ter achado a imagem boa, porque repetiu:

— A mocidade conhece melhor o busto das atrizes do que os bons princípios.

A mocinha já ia lá longe, mas ainda assim tinha um advogado de defesa que, virando-se para o padre, ponde­rou:

— Seu padre, os bons princípios não têm decote e o busto das atrizes tem. Vai ver que é por isso.

Risada da turba ignara. O padre queimou-se. Saiu pi­sando duro, a turba foi se diluindo, em pouco tempo na esquina estavam a carrocinha de sorvete, a banca de jornaleiro, um ou outro passante.

De dentro da igreja vinha o som do órgão, suave, suave!
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

Curry, o tempero mundial

O curry em pó varia conforme as regiões em que é utilizado e o tipo de receita (peixe, frango, carne de vaca...) em que é empregado, podendo conter mais de 20 tipos diferentes de especiarias, ervas e sementes. As mais utilizadas são o cardamomo, sementes de mostarda, canela, cravo-da-índia, feno-grego, cominho, semente de coentro, semente de erva-doce, noz-moscada, macis (casca da noz moscada), semente de papoula, pimenta chiles, tamarindo, açafrão, cúrcuma e gergelim.

Na Índia, o curry é feito em casa, pois quando vendido pronto já perdeu parte de seus aromas e sabores. A forma em pó, hoje comercializada em todo o mundo, foi difundida no Ocidente pelos ingleses. Segundo a lenda, no fim do século 19, era possível encontrar o curry em pó à venda na Índia. Então, o inglês Sharwood, jantando com o Maharajah de Madras, foi informado sobre um mestre na mistura de especiarias, chamado Vencatachellum. Quando o visitou, descobriu o curry em pó que em seguida levou para Londres, causando enorme sucesso (FONTE: Gazeta do Povo, 2008).

O perfume se sente de longe e as tonalidades que pincelam o alimento imprimem um requinte especial ao prato. Resistir à tentação de prová-lo é praticamente impossível. As receitas com curry são assim. Sem muito esforço, transformam simples filés de peixe e cozidos em deleites para os olhos e o paladar.

Foram os indianos que tiveram a idéia de misturar especiarias e ervas para formar uma pasta e com ela incrementar o sabor e a aparência de suas receitas. No entanto, o curioso dessa história é que foi a pimenta trazida do México no período das grandes navegações, no fim dos anos 1400, a responsável pelo sucesso do tempero. Uma simbiose perfeita entre Ocidente e Oriente.

Na Índia, ainda hoje, cada dona-de-casa tem sua própria maneira de preparar o curry, também conhecido como massala. E essa mesma variação acontece mundo afora. O curry mais apimentado do planeta é o mexicano. Já na Índia e Tailândia, ele é mais suave e cremoso devido ao uso do leite de coco na maior parte das receitas, conta a chef tailandesa Tasanai Phian-O-Pas, que vem sempre a São Paulo para supervisionar a cozinha de um de seus restaurantes.

Em sua passagem pela capital paulista, em julho, ela falou sobre a riqueza desse tempero, suas variações (há o vermelho, o amarelo e o verde) e ensinou como preparar a receita. No preparo tradicional, os ingredientes são jogados numa cumbuca de pedra e amassados até obter uma pasta, que é cozida com carne ou legumes. O segredo do sabor está na pressão do pilão sobre os condimentos. Quanto mais macerados, melhor o resultado, diz Tasanai.

No Brasil, o curry, ou caril, chegou pelas mãos dos ingleses, que ao colonizar a Índia resolveram industrializar o produto e distribuí-lo para a Europa e as Américas. Aliás, poucos pratos representam tanto a Inglaterra como o frango ao curry. Por isso, no Ocidente é mais comum encontrá-lo em pó, pronto para consumir.

O curry vermelho, feito com pimenta vermelha, é o que ficou mais popular entre os brasileiros, lembra a chef. Mas ela dá algumas dicas. Para pratos marinados, o amarelo é o mais indicado. Já para cozinhar junto com frango, carne e camarão, a pedida é o verde. Tudo é uma questão de gosto. Na Tailândia, esse tempero é corriqueiro. Ele está presente tanto na cozinha do dia-a-dia como na culinária real tailandesa, fala.

Apesar das variações de região para região, os ingredientes básicos do curry são alho, galanga (uma raiz da família do gengibre), erva-cidreira, cúrcuma, coentro, cominho, cardamomo, noz-moscada, manjericão e páprica. E, lógico, a pimenta, a estrela do condimento, a pièce de resistance, que dá o tom apurado do sabor e a cor predominante da receita (FONTE: Bons Fluidos, 2007).

Existem relatos muito antigos do poder afrodisíaco de alguns alimentos; e muitos com associações com o sexo de forma inusitada, seja pelo formato, química ou cheiro. O curry teria efeito afrodisíaco pelo seu efeito fisiológico de aumentar as batidas do coração e suor que são similares aos sinais de excitação sexual (FONTE: Nutrição afrodisíaca BBel, 2008).

Um pequeno estudo clínico realizado por pesquisadores do Johns Hopkins mostra que uma pílula combinando compostos químicos encontrados em tempero extraído do açafrão da Índia, uma especiaria usada em curry, e de cebolas reduzem tanto o tamanho quanto o número de lesões pré-cancerígenas no trato intestinal humano. No estudo, cinco pacientes com uma forma de pólipos pré-cancerígenos no intestino conhecidos como polipose adenomatosa familiar (FAP) foram tratados com doses regulares de curcumina (o composto químico encontrado no açafrão da Índia) e quercetina, um antioxidante encontrado em cebolas, durante uma média de seis meses.

O numero médio de pólipos diminuiu 60,4%, e o tamanho médio reduziu 50.9%, de acordo com a equipe liderada por Francis M. Giardiello, M.D. da Division of Gastroenterology, The Johns Hopkins University School of Medicine, e Marcia Cruz-Correa, M.D., Ph.D., do Johns Hopkins e da University of Puerto Rico School of Medicine (FONTE: Clinical Gastroenterology and Hepatology, 2006).

Curry em pó caseiro

Ingredientes

# 2 pimentas vermelhas secas
# 1 colher (sopa) de semente de coentro
# 1 colher (sopa) de semente de erva-doce
# 1 colher (sopa) de semente de cominho
# 1 colher (sopa) de macis em pó
# 1 colher (sopa) de pimenta-branca em pó
# Meia colher (chá) de cúrcuma

Preparo

Misture numa tigela as pimentas vermelhas, as sementes de coentro, as sementes de erva-doce e as sementes de cominho. Cubra com água fria e escorra. Coloque a mistura em uma panela de ferro grossa. Coloque em fogo baixo até as sementes secarem e começarem a escurecer, aproximadamente por 3 a 4 minutos. Deixe esfriar. Acrescente o macis, a pimenta-branca e o cúrcuma e passe tudo por um processador de alimentos. Pode ser usado em até uma semana sem alterar seu sabor.

Fonte: http://pt.petitchef.com/receitas/tempero-mundial-curry-fid-137704

Quem definiu o tamanho das horas e dos minutos?

Os babilônios, povo que viveu entre 1950 a.C. e 539 a.C., na Mesopotâmia, foram os primeiros a marcar a passagem do tempo. Ao construir o relógio de sol, dividiram o dia em 12 partes e depois em 24, que são as horas que usamos até hoje.

"Como usavam os sistemas numéricos duodecimal (baseado no número 12) e sexagesimal (baseado em 60), os babilônios dividiram a hora em 60 partes, 'inventando' o minuto", explica o metrologista (especialista em sistemas de medida) Pedro Luiz Montini, do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP). 

"Dividindo o minuto em 60 partes,, eles chegaram à definição do segundo, embora só tenha sido possível detectá-lo com precisão séculos depois", completa.

Ano

Em 46 a.C., o general romano Júlio César adaptou o calendário egípcio - de 3000 a.C. O modelo juliano dividiu o ano em 365 dias - equivalente ao ciclo solar conhecido à época - e 12 meses. Em 1582, o papa Gregório XIII corrigiu imprecisões e estabeleceu o modelo atual, o gregoriano.

Mês

Babilônios, egípcios e antigos chineses dividiam o ano em dez períodos, nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos foram os primeiros a dividir o ano em 12 partes. Os nomes do sétimo e do oitavo mês, porém, eram quinctillis e sextillis - julio e agosto surgiram depois, em homenagem a Júlio César e ao imperador César Augusto.

Em 8 d.C., o senado romano jogou um dia de fevereiro para agosto. É que o mês de César Augusto tinha um dia a menos do que o de Júlio César (julho).

Semana

A definição do ciclo de sete dias tem origem dupla. De um lado, os astrólogos de Alexandria, capital do Egito por volta de 300 a.C., organizaram os dias em grupos de sete para seguir a ordem dos sete planetas até então conhecidos. De outro lado, a tradição hebraica do Shabbath, que estabelece um dia de culto a cada sete, no qual os judeus descansavam.

Os sumérios já observavam o ciclo de sete dias - relacionado às fases da Lua - antes de egípios e hebreus, porém sem formalizar o sistema.

Dia

Os babilônios precisavam medir o tempo em frações menores que o dia e a noite. Para isso, inventaram o primeiro relógio da humanidade, o relógio de sol. Ainda não dava para marcar as horas com precisão, mas a trajetória da sombra separava o dia em 12 partes. Com o mesmo raciocínio, dividiram a noite também.

Hora

A definição de horas, minutos e segundos era conhecida desde os babilônios, mas demorou até alguém medir o tempo com precisão. O relógio mecânico só surgiu no século 14 e atrasava 15 minutos por dia - um dia a cada três meses! Em 1656, com o relógio de pêndulo, o atraso diminuiu para um minuto por semana.

O segundo equivalia a 1/60 do minuto até 1967, quando o Sistema Internacional de Unidades definiu sua duração baseado na radiação do átomo do césio 133.

Outras medidas

Com o avanço tecnológico, surgiu a necessidade de medir intervalos de tempo menores. É o caso do microssegundo (milionésima parte de um segundo), do femtossegundo (1 quadrilhão de vezes menor que um segundo) e do attossegundo (mil quadrilhões de vezes menor que um segundo), o menor tempo já medido por cientistas.

Países orientais mantém calendários bem diferentes do que os usados no Ocidente. A Índia segue um calendário baseado no ciclo lunar, com o ano zero equivalente a 79 d.C. Para os chineses, o ano tem 354 dias e a medião do tempo é lunissolar, ou seja, considera o movimento da Terra em relação ao Sol e à Lua. Para não perder a sincronia com o ciclo solar, a cada oito anos mais de 90 dias entram no calendário. O calendário dos judeus também é lunissolar. Os meses têm 29 ou 30 dias e, para compensar os dias perdidos em relação ao ciclo solar, acrescenta-se um 13º mês em alguns anos.

Fontes: Portal das Curiosidades; Pedro Luiz Montini, metrologista do Ipem-SP; livro A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta; site Astronomy & Astrophysics (cds.aanda.org) - Revista Mundo Estranho, edição #111.