segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Melanoma: fique atento

Neste verão tome muito cuidado com a exposição direta aos raios solares. Muitos já sabem do risco de câncer de pele por essa razão, mas os cuidados devem ser redobrados, visto que o câncer de pele pode ser um melanoma.

Pouco conhecido pelos brasileiros, o melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele e, em seu estágio mais avançado, pode ser fatal. O melanoma geralmente tem cura quando é tratado em sua fase inicial.

No entanto, na fase metastática, em que o tumor se espalhou pelo organismo, é fatal em 75% das pessoas diagnosticadas em um período de um ano.

A idade média de diagnóstico da doença é 57 anos e a idade média de óbito é 67 anos. De acordo com dados divulgados pelo Inca, o Brasil deve registrar, apenas em 2013, mais de seis mil novos casos de melanoma.

O melanoma é o câncer de pele com pior prognóstico devido ao seu alto potencial de produzir metástases com bastante rapidez. Trata-se de um câncer caracterizado pelo crescimento descontrolado de células produtoras de pigmentos (melanócitos) localizadas na pele.

Existem muitos fatores de risco para o melanoma, desde o histórico familiar da doença, até mutações genéticas e exposição ao sol, que contribuem para seu desenvolvimento. Geralmente tem maior incidência em pessoas de pele clara e pode surgir em áreas protegidas do sol, apesar de o maior número de lesões aparecerem nas áreas que ficam expostas à radiação solar.

O melanoma, quando descoberto em seu estágio inicial, é tratado e controlado, mas em casos mais avançados a chance de cura é mais difícil. Os diferentes tipos de melanoma têm várias características únicas que auxiliam no seu diagnóstico. Estas características podem ser identificadas por alguns critérios, conhecidos como o ABCD do melanoma:

A = assimetria;
B = borda irregular ou borrada;
C = cor variada, com tonalidades diferentes;
D = dimensão e evolução de um sinal na pele maior que 6mm (tamanho de uma borracha de lápis), embora alguns melanomas possam ser menores.

Nevos cutâneos (mais conhecidos como pintas ou sinais) que têm essas características devem ser examinados por um médico, normalmente um dermatologista, que fará um diagnóstico mais preciso e poderá encaminhar o paciente para avaliação e tratamento mais específico com cirurgiões oncológicos ou oncologistas, se necessário.

Os tipos mais comuns da doença são o melanoma expansivo superficial (de crescimento lento, geralmente nas pernas, costas ou no peito), melanoma nodular (crescimento mais rápido e, na maioria das vezes identificado no peito, costas, cabeça ou pescoço) e lentigo maligno melanoma (geralmente encontrado em pessoas com idade avançada).

Entre os tratamentos já conhecidos, como quimioterapia e radioterapia, o Ipilimumabe é um novo tratamento para casos de melanoma avançado pré-tratado metastático ou inoperável, cuja base de ação é a imunoterapia: o medicamento estimula o sistema imunológico do paciente, de forma que o próprio organismo combata o câncer.

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Fonte: Vila Mulher
Texto: Jessica Moraes

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